Alguns falam em alimentos da biodiversidade, outros acham mais fácil se referir a cubiu, xuru, pariparoba, jacatupé... Todos conhecem a icônica vitória regia, mas só poucos tratam ela como comida, e menos ainda têm ideia de como cozinhá-la. Quem pede azeite pensa em oliva, raramente em patauá. E é difícil que alguém se arrisque – por falta de conhecimento - a comer um entre as centenas de cogumelos da Amazônia, embora aqui tenhamos a maioria daqueles que fazem sucesso, em versão selvagem ou cultivada, mundo afora.

Um evento sem precedentes promete proporcionar assim uma oportunidade para a Amazônia descobrir a Amazônia. Será em Belém, nos dias 8 e 9 de abril. A informação sobre existência, uso e distribuição das plantas alimentícias não convencionais – que ganharam recentemente o apelido da sigla PANC – é privilégio de mateiros tradicionais de nossas comunidades, além de alguns cientistas, pesquisadores e cozinheiros.