O Teatro Municipal Severino
Cabral, localizado na cidade de Campina Grande, na Paraíba, é um dos mais
importantes símbolos culturais do Estado. Uma das mais importante obras arquitetônicas
do cenário urbano da cidade, construídas no século passado. Inaugurado em 30 de
novembro de 1963 teve, dentre as motivações para sua construção, a pressão de um
grupo de artistas amadores em Campina Grande. Estes reivindicavam a construção
de um teatro, já que as apresentações teatrais na cidade eram realizadas nas salas
dos cineteatros Capitólio e Babilônia.
Sensível à esta reinvindicação da
classe artística, o prefeito Severino Cabral designou Austro de França Costa,
diretor de planejamento e urbanismo da prefeitura de Campina Grande, para a construção
do teatro. O responsável pelo projeto arquitetural foi o arquiteto campinense Geraldino
Pereira Duda. O projeto, inspirado na forma de um apito ou bico de flauta,
utiliza-se do conceito de arquitetura moderna, “uma corrente de tendência
internacional que partiu das vanguardas europeias de princípios do século XX,
apoiadas na teoria e prática da Bauhaus (Gropius, 1972), de Le Corbusier (2000),
que se expandiu ao longo dos anos 1920”. Linguagem esta, consolidada nos
Estados Unidos e muito presente na obra de Geraldino Pereira.
A inauguração do Teatro Municipal
Severino Cabral observou os protocolos de praxe pela manhã. À noite, houve a primeira
apresentação artística, promovida pelo ator José de Vasconcelos, à época
considerado um dos maiores humoristas do rádio no Brasil. Ao longo de dos 58
anos de existência, houve apenas três reformas nas instalações do Teatro. A primeira
reforma ocorreu em 1975, na administração do prefeito Evaldo Cruz. Já a segunda
foi em 1988, com a conclusão definitiva do que fora projetado, no último ano de
gestão do prefeito Ronaldo Cunha Lima. A mais recente reforma do prédio
aconteceu na gestão do prefeito Veneziano Vital em 2010.
No final da década de 1970 e
início da década de 1980, no interior do Teatro Municipal, no andar térreo, foi
construído um teatro com 80 lugares para abrigar espetáculos de menor porte, o
miniteatro Paulo Pontes. Esse detalhe contribuiu em muito com a ampliação do
agendamento de datas de espetáculos a serem realizados no Teatro.
A estrutura do Teatro possui quatro
salas para administração, sala de leitura, o miniteatro Paulo Pontes a Galeria
de Artes Irene Medeiros, dois camarins individuais, cinco sanitários, um hall e
dois depósitos. No primeiro andar pode-se encontrar ainda dois camarins
coletivos, quatro sanitários e hall. No segundo andar, há mais dois camarins
coletivos, quatro sanitários e hall. O terceiro andar conta com sala de
ensaios, vestiário, duas copas, seis sanitários e hall. O quarto andar possui
dois alojamentos, três copas, seis sanitários e hall.
Enquanto equipamento cultural, o
Teatro Municipal organiza-se como um ambiente de fruição da cultura, recebendo
espetáculos locais e de fora da cidade, e um ambiente de incentivo à produção
Cultural e Criativa da cidade de Campina Grande. Através de seus departamentos,
Artísticos, Formação, Produção Executiva, Arte Midiática e Administrativa, o
Teatro desenvolverá a preparação profissional de artistas e produtores. O local
ainda prestará assessoria ao setor cultural e criativo e criará grupos
artísticos nas mais diversas expressões da arte e Produção Cultural.