05 set - 2020 • 20:00 > 05 set - 2020 • 21:00
05 set - 2020 • 20:00 > 05 set - 2020 • 21:00
Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia dirigem Pedro Osório em 'A Peste', de Albert Camus
ONLINE AO VIVO
Pedro
Osório em cena fotografada por Renato Mangolin
"Na verdade, ao ouvir os gritos de alegria que vinham da
cidade, Rieux lembrava-se de que esta alegria estava sempre ameaçada. Porque
ele sabia o que esta
multidão eufórica ignorava e se pode ler nos livros: o bacilo
da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido
nos móveis e na roupa,
espera pacientemente nos quartos, nos porões, nos baús, nos
lenços e na papelada. E sabia, também, que viria talvez o dia em que, para a
desgraça e ensinamento dos homens,
a peste acordaria os seus ratos e os mandaria morrer numa
cidade feliz."
AC
Considerado o principal romance do escritor franco-argelino Albert Camus, A Peste, escrito em 1947, dez anos antes de ganhar o Nobel de literatura, ganhou adaptação teatral e retorna temporada, no formato ONLINE - AO VIVO, a partir de 05 de setembro, depois de passar pelo Rio de Janeiro, por Belo Horizonte e São Paulo, em bem-sucedidas temporadas.
Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia dirigem Pedro
Osório num monólogo, que concentra a dramaturgia na figura e na perspectiva do
personagem-narrador do romance, o médico Bernard Rieux interpretado pelo ator
Pedro Osório. O trabalho começou há dois anos, quando Osório convidou Leme para
dirigi-lo em uma obra de Camus. O diretor havia atuado em 2009 numa versão para
“O estrangeiro” dirigida por Vera.
O espetáculo pode traduzir e fazer refletir o
momento em que vivemos. Por isso, ganha versão online em um formato diferente
do feito para os palcos. Feito ao vivo, diretamente da casa de Pedro Osorio,
com transmissão ao vivo, a montagem ficou enxuta para valorizar o texto e a
conexão, mesmo que à distância, com o público. A plateia também terá a chance
de bater papo ao final das sessões. A Plataforma utilizada
será o Zoom, pela Sympla Streaming.
A PESTE
Sob o signo da miséria
moral que se instala em uma sociedade, o texto da peça apresenta um recorte no
romance que trata da história de Orã, cidade no litoral da Argélia, infestada por ratos e devastada por um mal súbito,
que dizimou sua população. O médico Bernard
Rieuxse dirige ao público após passar um ano preso lutando contra o
bacilo da peste expressando, em metáfora amplificadados males da Guerra,
especificamente da ocupação da França pelos nazistas, o flagelo de uma civilização contemporânea sob o signo da miséria
moral.
“O texto é como uma
vacina, que nos ajuda a enxergar através de uma tragédia ficcional a tragédia
na nossa sociedade hoje. Assim podemos impedir e não sucumbir”, diz Osório.
“A Peste reflete sobre a empatia, a prioridade do coletivo e a
existência colocada como prioridade em contraponto ao indivíduo egoísta, em um
estado febril dentro de uma sociedade doente. O personagem não é um herói, mas
um homem que acha a saída através do trabalho cotidiano e honesto”, conclui o
ator.
Em cenário árido que faz alusão a outra obra de Camus,
“O Mito de Sísifo”, o médico, enquanto questiona a existência, a
individualidade, o coletivo, a solidão, a morte e a resignação passa quase todo
o tempo diante de pilhas de carvão.
Albert Camus (1913-1960)
escritor e dramaturgo francês, nascido na Argélia. Militante da Resistência
Francesa, construiu suas obras a partir de discussões morais e existencialista
sobre o mundo destruído e miserável do pós-guerra, principalmente em seu
continente natal, África. Recebeu o Prêmio Nobel em 1957.
Serviço:
A PESTE de Albert
Camus
Classificação etária |
16 anos
Gênero | Drama
Duração | 45 minutos
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Produtora Cultural, a Mladar esteve presente e atuante desde sua constituição, em 19/08/1999 até os dias atuais, cumpre salientar o papel de produtora e proponente, junto à Lei Rouanet e Proac, a exemplo do projeto Os Recicláveis, peça infanto-juvenil de autoria de Toni Brandão, com patrocínio do Refresco Tang, e produção e administração da Mladar que estreou em maio de 2015 e fez temporada em são Paulo até 2018.
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