19hs Abertura Exposição “u n i v e r s o”

Artista Luci Universo

Sinopse: s i m p l i c i d a d e.

Da vontade, da negação, da impossibilidade. Do olhar torto dos meus. Das expulsões às torturas. Da provação e reprovação. Dos amores vívidos nunca vividos. Das experimentações da mente, do corpo. Do som. Dos esboços, dos papéis embolados, do descarte. Da vinda. Das noites, do frio. Do orvalho das manhãs. Do fogo e da pressão na panela. Da terra ocupada, do rio, do alimento. Da água verde e o congelar dos ossos. Do sorriso torto dos nossos. Da dilaceração da carne por prazer. Mentira! Do espelho no chão quebrado, da culpa. Da pele, da textura, dos detalhes, do amargo e agridoce, nunca doce. Do algodão colado ao corpo, da cor no rosto, do pano na cabeça, da leitura, do brilho ferido e não cicatrizado na orelha, da pintura no couro a crescer. Da cor marcada na pele. Da fome, da falta. Da água salgada nos cílios dos olhos. Da falta de teto, de afeto. Da escuridão, do barulho, da podridão, da dor. Das humilhações, da partida. Da unha que machuca a pele, da corda no pescoço, do alvoroço, do gás, da tesoura, da faca, da altura. Do tédio. Dos remédios. Do peso, do suor. Do toque, da necessidade, da sede. Da mente aliviada e conturbada. Das dores inventadas. Do cigarro. Do fogão a cozer matérias, da transformação, do líquido ao sólido. Do sexo dos sexos. Das marcas físicas invisíveis. A criação, a criadora, a criatura que sentia. Universo, eis-me aqui.

20hs - Estreia “Filofobia”

Direção: Rodrigo Jerônimo e André Luís Dias

Platéia no palco

80 pessoas

21hs - Debate após a apresentação

Sobre a “Residência Afro Apocalíptica ”

Afro apocalipse é a distopia negra vivida desde o início das navegações colonizadoras escravocratas mundiais. Considerar os fins do mundo negro a partir da tentativa histórica de eliminação dos corpos negros , e o perigo de sermos apenas resistência e sobrevivência e não agentes da luta para a mudança necessária no mundo,  garantindo a vida dos que são e dos que virão, descolonizar aqui é também destituir de poder político e econômico a colônia, tendo o negro como centro das lutas por um mundo melhor, já que é o seu mundo a ser atacado sistematicamente, chamando a toda a humanidade para se envolver na proteção de todas as pessoas através da luta anti racista.  A partir da Residência Artística entre Grupo dos Dez e Grupo In Cena de Teófilo Otoni. Dois diretores, um dramaturgo e dois atores. A partir da leitura do texto homônimo de Marcos Fábio de Faria (Grupo dos Dez) elaboram, separadamente, o que chamamos de direção às escuras, sua releitura desse texto inédito. O primeiro resultado, que consideramos uma demonstração do processo foi apresentado em caráter inédito no Fringe em Curitiba, e tem como perspectiva o ineditismo não apenas para o público mas também para os cinco artistas envolvidos na experiência, ou seja, nenhum artista havia assistido a obra completa uma vez que ela foi desenvolvida remotamente.

Sinopse: Chegou o futuro e, com ele, o fim das esperanças. Amar é uma fobia coletiva. Nessa distopia , em que amor e ódio são a mesma coisa (se é que já algum resquício disso no mundo), dois personagens, que também são muitos, batalham a existência de alguma humanidade onde só é permitido sobreviver e lutar.