AÇÕES PACÍFICAS EM TEMPOS EXTREMOS

ideias para favorecer a dignidade humana

Dias violentos, tempos extremos. Ar carregado, pesado, denso e tenso. As forças violentas estão soltas. Os marcos civilizatórios em discussão. As conquistas do mundo iluminado questionadas. Ameaças aos direitos humanos: sociais, civis e políticos. Ideias, atitudes e palavras que deveriam ter ficado na poeira da história encontram espaços privilegiados nas pautas contemporâneas: racismo, machismo, misoginia, homofobia, ditadura, tortura, xenofobia e toda sorte de preconceitos que promovem a estratificação e a segregação social. A violência está na ordem do dia. Hostilidade, animosidade e agressividade aos poucos e sorrateiramente se impõem como modus operandi das relações cotidianas. Os medos e fobias, as doenças da alma que se alastram como epidemia – stress, burnout, crises de ansiedade, esgotamentos emocionais – alto índice de conflitos e rupturas relacionais indicam que os tempos são extremos.

Quais são as possibilidades da moral em tempos de competição selvagem? Como favorecer a dignidade humana quando os dias são maus? Onde buscamos os recursos e suplementos de alma para manter a sanidade e a satisfação interior que fazem a vida valer a pena? Quais são as ações pacíficas para promover a equidade das relações e o bem estar coletivo? É possível ainda viver de utopia? A gramática contemporânea comporta ainda expressões como generosidade, compaixão e acolhimento? Estamos mesmo condenados à luta pela sobrevivência em categorias darwinistas, ou existem caminhos de prevalência de uma humanidade mais solidária e amorosa? Em tempos extremos, a urgência do diálogo, da conversação inclusiva, dos encontros plurais. Ideias que favorecem a dignidade humana ganham potência quando disseminadas por ações pacíficas. É preciso coragem para fazer a paz.