Ciclo de Performance Aquilombô

Eu

Jeiza Fernandes

Jeiza da pele preta apresenta a performance solo entitulado “Eu”. Que tem como matriz a vivência do corpo negro feminino no palco. A performance traz a contemporaniedade circense com o aparelho Roque Cyr e a ancestralidade da dança afro brasileira.

Um corpo Dentro

William Araújo

Abandonar a concepção do corpo eurocêntrico e enxergar o corpo de uma outra forma. No poder que carrega os corpos negros.

Nossos olhos estão codificados a procurar o ideal colonialista, corpos estão para ser veículos dos antepassados.

20:30hs - Esperando Zumbi com Cristiane Sobral

A dramaturgia de Esperando Zumbi foi concebida durante a pesquisa de Mestrado em Teatro de Cristiane Sobral, com orientação da Prof. Dra. Roberta Matsumoto (UnB, 2016) O espetáculo começou como uma performance homônima processo que  permitiu a construção de um texto móvel até a configuração mais ampla do texto em 2018, quando estreou no Festival Melanina Acentuada em Salvador. A protagonista Esperax é uma mulher negra, uma subjetividade violentada através dos séculos, está a espera do seu homem, um herói negro sem face, sem pátria, sem corpo, sem caixão. Onde está Zumbi? Será que ele vem? A espera escreve, reescreve e inscreve. Esperax age, agoniza, resignifica sua identidade diante dos fragmentos de uma diáspora estilhaçada.  Será que você aguenta?

Esperando Zumbi é um manifesto sensível a partir de um ponto de vista afrocentrado e feminino. Na ação, uma mulher negra espera e desespera ansiosamente seu homem e enxerga a si mesma diante dos paradoxos da construção e desconstrução da sua identidade múltipla, brasileira, negra e feminina.

21:30hs - Lançamento da Série Aquilombô : com a apresentação do livro “Uma Boneca no Lixo” de Cristiane Sobral públicado no âmbito do Fórum Permanente das Artes Negras

A série de livros Aquilombô é uma ação coletiva criada como uma das tantas atividades de residência artística do Aquilombô – Fórum Permanente das Artes Negras. Nosso objetivo é ser uma alternativa para escoar a relevante produção negra em letras, independente do segmento. Por isso, trabalhamos com a mais variada gama de gêneros textuais, tais como: poesia, teatro, ensaios, prosa e, também, com propostas que seja, ainda, desconhecidas para nós. Nossa meta é criar um espaço democrático de compartilhamento da produção intelectual e artística negra se preocupando com uma paridade, tanto regional, como de gênero das nossas escritoras e escritores negros, indígenas e trans. Buscamos, ainda, ser uma centro de promoção e escoamento de produção em arte e pensamento, fundamentados na noção de aquilombamento como resistência e da geração de material impresso como forma de disputar a narrativa. Como exemplo, nossa primeira edição foi o livro Uma boneca no Lixo, de Cristiane Sobral, cujo lançamento se deu, no 11 Encontro da Cooperifa, realizado na cidade de São Paulo em 2018. Este texto, de fundamental importância para as artes negras, ficou inédito por vinte anos, mesmo sendo a autora uma das referências da literatura negra no Brasil comprovando a dificuldade de artista negros em acessar os espaços editoriais. Além disso, enquanto uma atividade de residência, nosso objetivo é descobrir os talentos negro, indígenas e trans. da literatura e do pensamento nacional. Neste último caso, promoveremos, via edital simplificado de financiamento, que artistas e intelectuais possam, à revelia dos grandes mercados editoriais, compartilhar suas formas de agir e pensar por meio de um registro permanente, por meio das publicações Aquilombô.