20 dez - 2019 • 18:00 > 21 dez - 2019 • 02:00
20 dez - 2019 • 18:00 > 21 dez - 2019 • 02:00
Black Machine
São dez anos de carreira acreditando no funk e no soul, como “a música que nos move, move nossos corpos, deixa a pista cheia. É o suingue, o calor, o movimento que escapa do controle”, diz Rafael. “Isso é muito forte. Por ser tão forte e importante, demonstramos nosso respeito pedindo ao nosso público que também respeite o funk conosco!”, completa e justifica o título do novo álbum.
“Respeite o Funk!”, primeiro disco ‘cheio’ da banda foi gravado no estúdio Bunker Analog (hoje rebatizado como Galeria Resistor, um dos espaços sônicos mais interessantes da cidade), e como o nome já dá pistas, seguiu um padrão vintage de registro. Conduzidos pelo músico e produtor Anderson Guerra, que capturou o som da Black Machine através de equipamento analógico, como microfones antigos, amplificadores valvulados.
“Tudo muito quente e aveludado”, garante o guitarrista, justificando que a opção por fazer à moda antiga também se deu pelo fato de tentar emular algumas características sonoras que são referências para o grupo, do deep soul de Detroit, ao black Brasil de Lady Zu e União Black, Tim Maia etc. “Como parte deste processo de imersão, acabamos usando também técnicas de gravação usadas classicamente nos estúdios antigos, como a Motown, Decca, entre outros. Entre essas técnicas estão o “hard pan” e a compressão paralela, por exemplo, magistralmente empregadas pelo nosso produtor Anderson Guerra”, explica Rafael.
Naturalmente, todo esse conteúdo foi pensado para seu suporte ideal: o vinil. Como o grupo assume, trata-se da mídia natural para eles, que sempre tiveram o formato por perto e nunca deixaram de ouvir música nesse formato. “É o fechamento de um ciclo, quando ouvimos nossas músicas no vinil. Sem falar nas qualidades e vantagens técnicas que o suporte apresenta, como durabilidade, por exemplo”. Desta forma, faixas como “Paraná com Tupis” (uma homenagem à esquina mais black de BH), “Se Dei Bem” (sobre personagens que povoam os bailes de todos os tempos) e chamegos como “Pretinha” chegam ainda mais encorpadas para os sulcos dos vinis; balanços potentes que fazem jus à tradição.
Nesse sentido, um dos pontos altos de “Respeite o Funk!” é justamente a participação de um dos sinônimos de funk/soul music no Brasil: Gerson King Combo. Tudo começou quando a Black Machine foi convidada para ser a banda de apoio do lendário cantor carioca em um baile organizado pela Comunidade do Soul. “Passamos três dias juntos ensaiando e ouvindo histórias desse incrível soulman brasileiro, um verdadeiro Forrest Gump do Brazilian Soul, um cara que, além de escrever uma página imortal na nossa música, conheceu de fato James Brown, Stevie Wonder, entre muitos outros”, lembra o guitarrista. Do encontro nasceu uma amizade; a amizade justificou a presença do clássico flow gutural de King Combo na faixa “Falou e Disse”.
A benção completa do para a Black Machine você pode ler no texto a seguir, uma porta de entrada luxuosa para o novo disco da banda e um convite para celebrar uma década de dedicação à sagrada black music, feita, como manda a tradição, com muito suor por uma banda que, realmente, respeita o funk!
Hoje a Black Machine conta com nada menos que 12 integrantes, elegantemente paramentados, com pinta de big band mesmo. Além de Valnei Blecaute e Rafael Carneiro, respondem pelo grupo Arthur Rezende (bateria), Caio Valente (baixo), Walner Lucas (teclados), Danilo Skilo (percussão), Tiago Ramos (sax barítono), Jonas Vitor (sax tenor), Juventino Dias (trumpete), Danilo Mendonça (trombone) e Dj Mestre Lau (pick-ups).
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A DO AR é um espaço de múltiplas experiências. O principal objetivo da casa é proporcionar ao público vivências únicas, individuais e coletivas. Café, coworking, restaurante, casa de show, bar, espaço para arte e design e muito mais. Todas essas vertentes se encontram e conversam num ambiente agradável, elaborado por Éolo Maia, importante nome da arquitetura pós-moderna. No cardápio, produtos locais são protagonistas desde os pratos até os drinks e vinhos, passando pelos chopes especiais.
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