22 mar - 2021 • 19:00 > 23 mar - 2021 • 11:00
22 mar - 2021 • 19:00 > 23 mar - 2021 • 11:00
Devido ao aumento
expressivo de casos de coronavírus na cidade de São Paulo, o Teatro
Sérgio Cardoso, juntamente com a produção da peça Bonita Lampião, optaram
por adaptar a peça Bonita Lampião para versão
online. Escrito por Renata Melo e com direção
de Lena Roque, o espetáculo estreia dia
19 de março, sexta-feira, 20h, com transmissão pela Sympla
Streaming vinculada ao Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da
Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela
Amigos da Arte.
O texto quebra a
estrutura espaço-tempo ao apresentar
uma narrativa fragmentada e linguagem não linear. A escritura cênica do
espetáculo, também a cargo de Lena Roque, verticaliza ainda mais esses
conceitos. O projeto foi contemplado pela 10º Edição do Prêmio Zé Renato da
Secretaria Municipal de Cultura da cidade de São Paulo.
A poética do
espetáculo está centrada na dramaturgia do corpo, na construção imagética da
cena e no trabalho psicofísico dos intérpretes Aysha Nascimento (Bonita)
e Francisco Gaspar (Lampião). Como recursos de linguagem, são
usadas coreografias, partituras físicas, partituras vocais e repetição de
movimentos. A intenção é alterar o enunciado original, subvertendo a lógica
textual para contar a história.
Na peça,
Maria e Lampião são figuras alegóricas, isto é, representam pensamentos,
ideias, qualidades que estão além deles, sendo possível deslocar essas
qualidades para outras pessoas, lugares e situações.
Maria de Déa
(que passou para a história como Maria Bonita), é uma mulher arquetípica que
mostra as muitas “Bonitas Contemporâneas” - negras, indígenas, periféricas,
quilombolas, sem teto, trabalhadoras rurais, trabalhadoras urbanas - mulheres
exploradas pelo sistema, que lutam contra todas as mazelas do cotidiano
brasileiro. A peça também saúda às mais velhas e a ancestralidade negra
feminina, que em cena conduz Bonita.
Já Lampião é
o homem que contribui com este estado de coisas, que é levado a isso, que se
humaniza e se desumaniza na dor de existir e sobreviver. Isso faz com que a
discussão centro do espetáculo seja a violência, o território dos corpos
violados diariamente, sistematicamente de forma institucionalizada,
exterminando corpos negros, alienando a mente das pessoas, devastando a
natureza, instaurando o extremismo político e social.
“Nunca
estivemos em paz, o mito da democracia racial e a invenção do homem cordial,
vendem a imagem de país tropical abençoado por Deus, mas nossa luta diária
mostra que isso é mais uma das fachadas do capitalismo predatório”, diz Lena
Roque.
O cenário de
Paula de Paoli, figurinos de Cleydson Catarina, vídeo de Luan Cardoso música de
Dani Nega, a iluminação de Lúcia Chedieck, as coreografias de Djalma Moura e a
direção corporal e vocal de Jorge Balbyns dialogam com as premissas expostas
acima e interagem com estéticas afros, sonoridade remixada, passeiam pelo
expressionismo, com o cuidado de não abandonar as referências clássicas e
históricas do que foi o movimento do cangaço brasileiro.
FICHA TÉCNICA
Texto – Renata
Melo
Escritura Cênica E
Direção Geral – Lena Roque
Intérpretes
– Aysha Nascimento e Francisco Gaspar
Coreografia e
preparação corporal – Djalma Moura
Direção de corpo e
voz – Jorge Balbyns
Direção Musical
– Dani Nega
Desenho de Luz
– Lúcia Chedieck
Direção de
Fotografia, pesquisa de imagens e edição – Luan Cardoso
Fotos / Arte
– Joca Duarte
Designer Gráfico
– Luiz Basile
Cenotécnico
– Wagner José De Almeida
Pintura Arte
– Alessandra Siqueira
Assistente de
Iluminação E Operador De Luz – Juarez Adriano
Assistente Fotos
– Ilson Pimentel
Produtor Executivo
– Josivaldo Lima
Idealizador do
Projeto – Francisco Gaspar
Operadora som
-Manuela Cruz
Locução Off -
Cleydson Catarina
Cenário e Figurinos
Cena - Paula de Paoli
Adereços e Figurinos
/ Foto - Cleydson Catarina
Sobre o Teatro Sérgio
Cardoso
Localizado no boêmio
bairro paulistano do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso foi inaugurado em 13 de
outubro de 1980, com uma homenagem ao ator. Na ocasião, foi encenado um
espetáculo com roteiro dele próprio, intitulado “Sérgio Cardoso em Prosa e
Verso”. No elenco, a ex-esposa Nydia Licia, Umberto Magnani, Emílio di Biasi e
Rubens de Falco, sob a direção de Gianni Rato. A peça “Rasga Coração”, de
Oduvaldo Viana Filho, protagonizada pelo ator Raul Cortez e dirigida por José
Renato, cumpriu a primeira temporada do teatro. Em 2020, o TSC cumpriu 40 anos
de atividades, tendo recebido temporadas importantes de todas as linguagens
artísticas e em novos formatos de transmissão, se consolidando como um dos
espaços cênicos mais representativos da cidade de SP.
Você poderá editar o participante de um ingresso apenas uma vez. Essa opção ficará disponível até 24 horas antes do início do evento.
Saiba como editar participantesEste evento tem a comodidade e a praticidade de uma transmissão online com a melhor experiência garantida pela Sympla.
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Prepare-se! Para participar é necessário ter o Zoom instalado.
Amigos da Arte
A Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão do Teatro Sérgio Cardoso, trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e iniciativa privada desde 2004. Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo difundir a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos como o Museu da Diversidade o Teatro de Araras.
Os dados sensíveis são criptografados e não serão salvos em nossos servidores.
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