23 fev - 2022 • 19:30 > 23 fev - 2022 • 22:00
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INSCRIÇÕES A PARTIR DE 01/02/2022
Como parte da programação especial referente ao mês do Centenário da Semana de 22, convidamos a comunidade para o ciclo de palestras 100 Anos da Semana de Arte Moderna: Diálogos
Mediado pelo Setor Educativo do Memorial Paranista, o evento contará com a presença de especialistas nos campos da literatura e das artes visuais, que trarão reflexões contemporâneas acerca do marco histórico de 1922 e seus desdobramentos no Brasil e no Paraná.
Este ciclo de palestras busca fortalecer a posição do Memorial Paranista junto às discussões mais contemporâneas no campo das artes, além de oferecer um espaço de debates e produção de conhecimento para públicos acadêmicos e externos.
PALESTRA: Leituras contemporâneas sobre o Modernismo
O Modernismo Paulista tornou-se um marco na cultura brasileira e definiu muito do que compreendemos sobre a modernidade no Brasil. Embora os momentos que o precedam remontem a 1917, 22 acaba sendo a efeméride mais lembrada. Considerar suas origens e os acontecimentos da Semana é fundamental para podermos fazer uma revisão, 100 anos depois: por que em São Paulo? Quem são os principais artistas envolvidos e sua herança na cultura brasileira? Qual é a visão sobre os acontecimentos e a importância da Semana de Arte Moderna hoje?
Ministrante: Sandra M. Stroparo é professora de Teoria Literária e Literatura Brasileira na Universidade Federal do Paraná. Fez mestrado sobre poesia brasileira e doutorado sobre poesia francesa e tradução. É também tradutora, e alguns de seus livros traduzidos são A ordem do dia, de E. Vuillard e Canção de ninar, de L. Slimani.
PALESTRA: Tão perto, tão longe: a Semana de Arte Moderna de 1922 e os outros modernismos do Paraná.
A trajetória da Semana de Arte Moderna de 1922 é impregnada de contradições, rupturas e permanências. Em pleno século XXI, o evento ainda se mostra parte indissociável dos mais diversos discursos utópicos e distópicos que refletem sobre o lugar e a função das artes no passado e no futuro do Brasil. Sendo simultaneamente enaltecida e criticada por muitos, a Semana de 22 se tornou um dos mais importantes fatos da história do meio artístico-literário e cultural brasileiro.
Preocupados com a renovação estética, os chamados "modernistas da primeira hora", o grupo de artistas e intelectuais que realizaram o evento se esforçou para colocar as produções artísticas nacionais no mesmo nível de "modernidade" que as vanguardas europeias. Nessa jornada, experimentaram e inventaram suas próprias categorias de “nacionalidade”. Contudo, as transformações e inquietações que atravessavam o cenário urbano de São Paulo do entre guerras não eram as mesmas vividas por artistas e intelectuais que pensavam a arte e nacionalidade desde outras regiões desse nosso país-continente chamado Brasil. Assim, embora a “história oficial”, aquela ensinada nos livros didáticos quase tenha nos convencido de que o modernismo brasileiro começou na Semana de 22 e dela nunca se desvinculou, hoje desconfiamos dessa ideia e procuramos compreender que o modernismo é plural, é histórico e, portanto, relativo temporal e espacialmente. Não existe uma manifestação única de modernismo e nem um momento preciso de seu nascimento
Desse modo, nessa conversa, discutiremos os desdobramentos e os efeitos da Semana de 22 sobre a produção de arte moderna no Paraná. Ao invés da tradicional abordagem centro/periferia, pensamos nosso Estado como uma dentre muitas localidades produtoras. Ou seja, procuramos refletir sobre o meio artístico paranaense a partir das suas próprias especificidades históricas e não como uma esfera secundária ou subordinada ao “centro” paulista. Lembramos que ao mesmo tempo em que os artistas e intelectuais paranaenses questionaram a imposição de um “nacional” por parte dos modernistas paulistas também buscaram suas próprias expressões e linguagens estéticas. Com efeito, no período que se inicia nas primeiras décadas do século XX e avança até meados dos anos 60, são tantos os momentos em que os agentes culturais se uniram para renovar as artes visuais no Paraná quantas são as possibilidades de se contar a história desses outros modernismos.
Ministrante: Alice Freyesleben é doutoranda no Programa de Pós Graduação em História da Universidade Federal do Paraná e professora colaboradora no curso de História da Unespar em Paranaguá. Graduou-se em história pela Universidade Federal do Paraná apresentando a monografia intitulada “Retratos, críticas e lições: facetas de Curt Freyesleben no meio artístico curitibano (1940-70)”. No mestrado, realizado também no Programa de Pós-graduação em História da UFPR na linha de pesquisa Arte, memória e narrativa sob a orientação da Prof. Drª Rosane Kaminski, desenvolveu a pesquisa “Os sentidos do ‘moderno’ nos discursos sobre as artes em Curitiba”, no qual analisa uma grande variedades de documentos sobre a crítica artística e literária produzida no meio cultural da capital na primeira metade do século XX.
* Haverá certificado de horas formativas aos participantes
** Todas as ações irão respeitar as regras sanitárias e os decretos municipais de combate à Covid 19. O uso de máscaras e o distanciamento entre pessoas é obrigatório. O limite de capacidade respeitará o decreto municipal vigente no momento da ação.
Você poderá editar o participante de um ingresso apenas uma vez. Essa opção ficará disponível até 24 horas antes do início do evento.
Saiba como editar participantesRua Mateus Leme, 4700 São Lourenço
Curitiba, PR
MEMORIAL PARANISTA
O Memorial Paranista abre suas portas em maio de 2021 como mais um espaço de preservação e difusão de obras de arte em Curitiba. Ele é formado por ambientes expositivos, salas destinadas à pesquisa e formação, moda e gastronomia, além do Teatro Cleon Jacques. Em especial, traz para o público a coleção do artista João Turin, um dos principais escultores paranaenses. Turin, nos anos 1920, associou-se a intelectuais e artistas como Zaco Paraná, Lange de Morretes e João Ghelfi. Juntos, participaram
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