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Clarice Lispector e a poética da escuta na escrita literária

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Clarice Lispector e a poética da escuta na escrita literária

10 mai - 2021 • 19:00 > 10 mai - 2021 • 21:30

Evento Online via Zoom
Evento encerrado

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10 mai - 2021 • 19:00 > 10 mai - 2021 • 21:30

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Descrição do evento

INCLUI
curso Clarice Lispector e a poética da escuta na escrita literária + livro "Escrever de ouvido: Clarice Lispector e os romances de escuta" frete*
*frete válido exclusivamente para território brasileiro (envios para o exterior serão cobrados à parte, basta entrar em contato para solicitar) 

SOBRE O CURSO
Nessa aula, apresentamos e dialogamos sobre a relação entre a escrita e a escuta em diversos escritores e poetas, tendo Clarice Lispector como guia poética, teórica e ética. De Machado de Assis a Mia Couto, de Oswald de Andrade a Veronica Stigger, de Guimarães Rosa a Toni Morrison, de Augusto de Campos a Gustavo Caboco. A proposta é pensar uma história auditiva da literatura, bem como os ecos de oralidade e musicalidade nos textos. Uma nova abordagem nos estudos da literatura a partir da escuta do texto escrito e seu silêncio reverberante. Aula baseada no livro "Escrever de ouvido. Clarice Lispector e os romances da escuta" e pesquisas de Marília Librandi.

Tópicos abordados:
Parte I. A escuta na escrita de Clarice: novos termos para o estudo da narrativa
Escrever de ouvido; romance da escuta; e ecopoética
A escuta nos romances de Clarice Lispector: "Perto do Coração Selvagem" e "A Hora da estrela" 

Parte II. A escuta na escrita de outros autores
Mia Couto e Toni Morrison
Como seria uma história da escuta na literatura brasileira?
A forma do romance da escuta em Machado de Assis e Guimarães Rosa 
Oswald de Andrade e seus ecos em "Delírio de Damasco", de Veronica Stigger
O ouvido afinado da poesia de Augusto de Campos e Haroldo de Campos
O "Ouver" na escrita indígena de Mário de Andrade até Gustavo Caboco 

Parte III. A ética e a poética da escuta: entre oralidade e musicalidades
O ouvido colonial e a ética da escuta contracolonial 
Passar de uma fenomenologia centrada no visual para uma ontologia centrada na escuta
A ressonância como base de todos os sentidos
O “corpo ouvinte” e o “sujeito como diapasão” 
A escuta de vozes, a esquizografia e a poesia
O elo entre a orelha e o útero, a escuta e a infância, a escuta e o luto 
A escuta nas margens: uma semiótica da corporalidade e a performatividade da audição

SOBRE MARÍLIA LIBRANDI
Escritora, pesquisadora e professora de literatura e cultura brasileiras. Doutora em Teoria Literária e Literatura Comparada pela USP, leciona na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, e é professora colaboradora do Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos (Diversitas) da USP. Lecionou na Universidade de Stanford, Califórnia, por 10 anos, e na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia por 4 anos. Autora dos livros "Maranhão-Manhattan", "Ensaios de Literatura Brasileira" (2009) e "Escrever de ouvido: Clarice Lispector e os romances da escuta" (2020). Coeditora do volume "Transpoetic Exchange: Haroldo de Campos, Octavio Paz and Other Multiversal Dialogues" (2020). Coordena o podcast Clarice 100 Ears (clarice.princeton.edu). Palestrante convidada em universidades no Brasil, Estados Unidos e Europa, publicou artigos e ensaios sobre literatura e perspectivismo ameríndio.

ORGANIZADORES
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Literatura, ensaio, poesia, crítica, humanidades, psicanálise, arte. O livro é, por excelência, o relicário das letras.

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É empolgante escrever sobre o que realmente se gosta, ajudando outras pessoas a terem boas experiências através de livros, filmes, playlists, séries, drinks, restaurantes e mais. Esse é o propósito da salvo: uma curadoria de conteúdo desenvolvida pela jornalista @carolineholder e pela publicitária @nastachadeavila. Tudo pronto para você salvar.

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