Nesta edição do Programa de Contação de Histórias MCI, recebemos Abi Poty para performar o experimento cênico intitulado “Wirapu’ru”, obra autobiográfica do artista Potyguara, escrita em coautoria com seu companheiro Xipu Puri. A peça é uma criação em torno de memórias familiares do neto do xamã, Uirapuru.
Xipu Puri apresentará o conto presente no livro “O Passarinho Que Viu o Vento” – sobre a brevidade do canto de um passarinho, a sabedoria inscrita sobre o território ancestral. A hsitória é escrita em kwaytikindo (idioma Puri), com tradução para o português.
Sobre Xipu Puri
É bacharel em História e Mestre em Letras: Estudos da Linguagem, pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), e atua no Núcleo de Transformação e Saberes do Museu das Culturas Indígenas (NUTRAS-MCI). É um dos autores da dramaturgia “Siaburu”, que integra a “Caixa de Dramaturgias Indígenas” (N-1 Edições). Como produtor e um dos diretores criativos da produtora MIRIPONAN, já assinou projetos como a série “Intermundos” e a concepção da exposição “KAAPORÔ. Produziu os álbuns de experimentação literária e musical “taheantah tri” e “Pindobeat” e contribuiu na produção musical do espetáculo “Siaburu”. Assina diversas obras (canções, monólogos, contos, poesias, artigos e ensaios) em periódicos, portais culturais, serviços de streaming e livros e é indígena Puri, compondo o rol de artistas e jovens intelectuais de seu Povo.
Sobre Abi Poty
Indígena do Povo Potyguara, nascido na Comunidade do Acari, Zona Norte do Rio de Janeiro (RJ). É artista visual e diretor de audiovisual, com formação em Fotografia, pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Firjan SENAI). É cofundador da Associação Cultural LGBTQIAPN+, intitulada Humanização no Asfalto, no Rio de Janeiro, e diretor da produtora MIRIPONAN. Coordenou a Direção Geral de Audiovisual no Selo de artistas indígenas AZURUHU e assinou como Assistente de Arte e Produção de Objetos no programa “The Taste Brasil 7” (TV Globo / GNT), na série documental “B de Brasil” (Canal History Channel Brasil) e “Que Seja Doce” (GNT). Suas técnicas e pesquisas nas Artes Visuais envolvem a performance e a colagem digital com a proposta de construir novos mundos e pontes invisíveis entre passado, presente e futuro, trazendo o corpo, o tempo e ancestralidade.
Sobre o Programa de Contação de Histórias MCI
Programa mensal do Museu das Culturas Indígenas (MCI) para crianças e suas famílias, com foco nos saberes dos povos originários, que possibilita experiências de interação e compreensão da diferença, a valorização da pluralidade de vozes e vivências, a partir do compartilhamento de narrativas sobre os modos de viver, estar e cuidar do mundo pela perspectiva de diferentes povos indígenas. Realizado mensalmente, acompanhe a programação:
20 de janeiro | História do Toopi, com Lilly Baniwa
17 de fevereiro | Mandí Reko – o conto de Mandí, com Luã Apyká
16 de março | História de Txopay Itôhã, com Natan Kuparaka
20 de abril | Histórias do Povo Terena, com Dario Machado, Gerolino Cézar e Ranulfo Camilo
11 de maio | Cosmovisões do Povo Magü’ta, com Kuenan Tikuna
15 de junho | As Aventuras de Kara’i Tukumbó, com Djagwa Ka’agwy Kara’i Tukumbó
20 de julho | “Ceuci, a mãe do pranto” e lançamento de “Terra, Rio e Guerra: a sina de um curumim”, com Cristino Wapichana
10 de agosto | João Piraí – Protetor do Território Akroá Gamella, com Énh xym Akroá Gamella
21 de setembro | Contação de Histórias MCI: Contos da Nação Kariri, com Coletivo Kanewí
31 de outubro | Contação de Histórias MCI: Histórias Assustadoras Indígenas
16 de novembro | Contação de Histórias MCI: rituais de passagem Xavante, com Tserenhõ’õ Tseredzawê
21 de dezembro | “Wirapu’ru” e “O Passarinho Que Viu o Vento”, com Xipu Puri e Abi Poty
- com exceção de crianças de colo, com até 24 meses incompletos, todas as pessoas necessitam de ingresso, respeitando a quantidade de vagas disponíveis;