23 set - 2024 • 19:00 > 27 set - 2024 • 21:00
23 set - 2024 • 19:00 > 27 set - 2024 • 21:00
Explore a fascinante relação entre o espaço urbano e o cinema
Inspirado pelo livro "As Cidades Invisíveis" de Italo Calvino, o crítico de cinema, cineasta e professor Sérgio Moriconi aborda como as cidades vão além de simples cenários, tornando-se protagonistas e elementos fundamentais nas narrativas cinematográficas. O curso "As Cidades e o Cinema" será realizado de 23 a 27 de setembro de 2024, na Fundação Athos Bulcão. Com uma carga horária de 10 horas, os encontros ocorrerão de segunda à sexta, das 19h às 21h.
Sérgio Moriconi - Crítico de cinema, cineasta e professor. Foi programador do Cine Brasília, é autor do premiado curta-metragem "Athos", um documentário sobre o artista plástico Athos Bulcão que recebeu o Prêmio Especial do Júri do Festival de Brasília. Foi crítico de cinema e música do Jornal de Brasília e ministrou cursos de cinema em instituições como o Espaço Cultural 508 Sul, Funarte, UnB e o Ministério da Cultura. Já integrou o júri do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e realizou a curadoria de inúmeras mostras de cinema na cidade.
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Sobre o curso
O
curso As Cidades e o Cinema quer
discutir a relação que o espaço urbano tem com os filmes, não apenas como
cenários onde se passa a ação, mas principalmente como um elemento fundamental
do drama cinematográfico. Nossa inspiração é o livro do escritor italiano Ítalo
Calvino, “As Cidades Invisíveis”. Nele, Calvino apresenta a ideia de que as
cidades não existem apenas como uma geografia concreta de ruas, casas etc. As
cidades são construções imaginárias, simbólicas, repletas de mitos coletivos
ancestrais e, ainda, têm diferentes significados para cada um dos indivíduos
que nelas habitam. As cidades forjam as identidades dos indivíduos. Eles, os
indivíduos, introjetam aspectos históricos, tradições, mitos, crenças e todo um
imaginário e simbologia herdados de seus antepassados e da bibliografia
existente. É claro que a As Cidades e o
Cinema é especialmente relevante para uma cidade como Brasília, cidade utópica
que vai comemorar seus 65 anos em 2025.
Como todas essas questões aparecem nos filmes? Nas exibições que complementam o curso, diferentes diretores, de diferentes nacionalidades, apresentam as cidades como elementos preponderantes da narrativa. Os conflitos desenvolvidos em diferentes filmes ganham contorno e densidade específicos porque acontecem num espaço urbano específico. Eles não poderiam se dar em outro lugar. Direta ou indiretamente os dramas cinematográficos são construídos a partir de um espaço carregado de história e simbolismo. Mas há, claro, filmes em que a cidade é a grande protagonista e tema, casos de La Seine a Rencontré Paris, de Joris Ivens, À Propos de Nice, de Jean Vigo, e Roma, de Federico Fellini, obras em que cada um dos seus realizadores transforma a câmera num flâneur que revela recônditos segredos dos lugares elegidos a partir da percepção que cada um dos autores têm deles.
As Cidades e o Cinema quer igualmente fazer o espectador reencontrar o espírito inspirador do livro de Italo Calvino. Em “As Cidades Invisíveis” – tal como Sherazade, que conta, noite após noite, mil e uma histórias ao sultão – o escritor se vale aqui do viajante Marco Pólo. No texto, ele descreve para Kublai Khan, a quem serviu durante muitos anos, suas impressões sobre as incontáveis cidades do imenso império do conquistador mongol. É esta mesma vertigem, provocada por uma geografia urbana vária e fantástica, que queremos fazer refletir com o nosso curso. Esta é uma das razões por que programamos distintos filmes, e sequências de filmes, que restituem em nós o espírito de uma fábula narrativa, assim como obras experimentais que proporcionam um olhar poético sobre a paisagem urbana.
Obras como Tókio Ga e O Céu de Lisboa, ambos do alemão Win Wenders, Felizes Juntos (passado em Buenos Ayres), do taiwanês Wong Kar-Wai, Manhattan, de Woody Allen, Berlim, Alexanderplatz, de Rainer Werner Fassbinder, trazem diferentes abordagens do urbano e das metrópoles na segunda metade do século XX. Mas a curiosidade dos cineastas face às cidades teve início desde que o cinema tomou consciência de si mesmo. Dois célebres exemplos são Um Homem Com Uma Câmara, de Dziga Vertov, filme que esquadrinha a cidade de Odessa de 1929, e Berlim, Sinfonia da Metrópole, de 1922, de Walter Ruttmann. Ambos são clássicos incontestáveis da história do cinema. As Cidades e o Cinema também vai contemplar realizadores e obras do novo milênio, assim como a perspectiva visionária da urbe dos filmes fantásticos, de ficção-científica e das obras experimentais.
Contato
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