20 out - 2020 • 20:00 > 30 out - 2020 • 22:00
20 out - 2020 • 20:00 > 30 out - 2020 • 22:00
Curso 100% online | 5 encontros de 2 horas, total 10 horas | Canções ao vivo, análises e histórias.
datas: 20, 22, 27, 29 e 30 de outubro das 20h às 22h
Com o Prof. Dr. Maurício Ayer (FFLCH/USP)
Objetivo: Conhecer em profundidade o universo poético das canções de Aldir Blanc (em parceria com João Bosco, Guinga, Moacyr Luz, Maurício Tapajós, Djavan e Cristóvão Bastos)
Público alvo: apreciadores de MPB, poesia, música, cultura e história brasileiras; estudantes e professores de literatura e/ou de música; interessados em geral.
Desconto: estudantes, professores, maiores de 60 anos e músicos têm direito a meia-entrada.
Um dos maiores mestres da poesia cantada brasileira nos foi roubado pela COVID-19, o carioca Aldir Blanc. Nesta série de encontros em forma de aula-espetáculo – misturando música ao vivo, análises e causos –, vamos degustar e aprofundar a compreensão do universo poético das criações de Aldir em parceria com João Bosco, Guinga, Moacyr Luz, Djavan, Maurício Tapajós e Cristóvão Bastos. Ao todo, vamos ouvir e analisar mais de 50 de suas obras-primas, ao longo de 5 encontros virtuais. Ouvir Aldir Blanc é encontrar a riqueza cultural, todo um universo de referências culturais e históricas, a potência das imagens, o amor à natureza e à gente do Brasil... Humor e raiva, delicadeza e porrada, ética e sensualidade, denúncia e política: vamos conhecer e apreciar as mil faces de um verdadeiro símbolo da nação brasileira.
Encontro 1
Delírio carioca – Lirismo, loucura e liberdade
O olhar de Aldir Blanc captura a poesia por toda parte, no surrealismo nosso de cada dia. Seu cenário preferencial é a Zona Norte do Rio de Janeiro, dos bairros, botecos, vendedores de rua, mães de santo e escolas de samba, que vamos percorrer em canções como De Frente Pro Crime (com João Bosco), Saudade de Guanabara (com Moacyr Luz e Paulo César Pinheiro) ou Catavento e Girassol (com Guinga).
Encontro 2
Querelas do Brasil – Nação: corpo, língua e combate
Uma nação que vibra no corpo e na língua, que se ergue para o bom combate (cultural e político) e se afirma acima de todo tabu. Aldir é contra a caretice com a mesma intensidade que defende a cultura popular e combate a submissão aos estrangeirismos – não como um purista, mas na chave do canibalismo cosmopolita de um Oswald Andrade. Querelas do Brasil (com Maurício Tapajós), Baião de Lacan (com Guinga) e Mestre Sala dos Mares (com João Bosco) são exemplos desse recorte.
Encontro 3
Simples e absurdo – Os (im)possíveis do (ir)real
Sob a égide de Exu ou Dioniso, as histórias e personagens são narrados em plena transformação, na abertura aos (im)possíveis, nos devires; é aí que a música se faz ritual e celebra o interstício entre vida e morte, o cômico e o trágico, o banal e o mítico, em canções como Tiro de Misericórdia (com João Bosco), Medalha de São Jorge (com Moacyr Luz) e Aquele Um (com Djavan).
Encontro 4
Falso brilhante – Crônicas de existências precárias
Aldir tinha especial sensibilidade para o anti-heróico, o precário, a delicadeza na subcultura, nos quais descobria sentidos de que todos nós, em alguma medida, compartilhamos. Contemplando as existências malogradas com melancólica ironia, o poeta procura habitar dimensões da cultura popular muitas vezes tratadas como tabus: o brega, o cabaré de interior, o quixotismo mais patético ou o malandro em crise, domado pela mulher. Tudo isso se desvela em canções como Latin Lover, Miss Suéter e Incompatibilidade de Gênios (todas com João Bosco).
Encontro 5
Transversal do tempo – Poesia e transcendência
Conversar com o tempo, descobrir a esperança equilibrista nos passos sinuosos de um bêbado, atravessar intempéries contra toda impossibilidade: são muitas as situações em que o poeta se vê na condição de enxergar além e cantar mensagens apaixonadas, como garrafas de um náufrago lançadas no infinito mar. A transcendência do real imediato, da limitação em suas diversas dimensões – existencial, política, da linguagem etc. –, é o que abordaremos neste encontro, em canções como Anjo da Velha Guarda (Com Moacyr Luz), Resposta ao Tempo (com Cristóvão Bastos) e Corsário (com João Bosco).
*Maurício Ayer é professor de literatura francesa na FFLCH/USP, doutor e pós-doutor em literatura pela USP e Universidade de Paris 8, além de escritor, tradutor, editor e cachaceiro dedicado. Autor do blog Molhando a Palavra: cachaça e literatura, convenceu-se de que tudo está ligado com tudo e dedica-se a procurar os fios de conexão. A cachaça tem ajudado muito nesse processo.
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Outras Palavras
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