SOBRE O CURSO:
A retomada da identidade racial no Brasil é um fato. Mais e mais pessoas tem conseguido se autodeclarar quanto pessoa indígena ou negre. Mas, e as pessoas que estão nesse caminho, ou melhor, nessa jornada? Que ainda não se sentem confortáveis em se autodeclarar, entretanto sentem a necessidade de um espaço, onde além da parte teórica de estudos raciais indígenas e negres possa ter uma espaço vivencial, se conectando cada vez com sua própria história. Um espaço onde o aprender também é o sentir e o sentir é aprendizado que se carrega para vida. Sendo assim a Wilifa surge com o curso Teórico - Terapêutico: A jornada da identidade racial no Brasil, um curso que une a teoria da nossa história indígena e negre, com atividades vivenciais de autopercepção e conhecimento de si. Esse curso é para você, que se questiona: " Mas afinal, eu sou negra? Sou indígena? O que sou? Para responder à essas questões dois fatores precisam estar alinhados, conhecer e se apropriar da nossa verdadeira história brasileira indígena e negre e se conhecer, consequentemente, construir sua autoconfiança de forma sólida e que agregue no seu processo de identidade racial. Nesse curso você sairá com sua autoestima e autoconfiança elevadas, autopercepção melhorada, e entendimento da jornada que muitas, assim como você, fazem para conseguir se autodeclarar nesse país que ainda possui cabeça de escravizado, em sua grande maioria.

Programação:

22/11 -  Tema: Pretos, pardos e afroindígenas: processos de construção da identidade negra no Brasil
Professora:Ma. Sulamita Rosa da Silva

Objetivo: Conhecer o processo de construção de identidades negras no Brasil, buscando a autodefinição e a autoavaliação de subjetividades.

A proposta é discutir sobre o processo histórico de discriminações raciais no Brasil oriundas desde o tráfico transatlântico e das invasões coloniais interpretadas por “descobertas” nos livros didáticos, mas enfatizando, ao mesmo tempo, o protagonismo de mulheres negras na construção da sociedade brasileira, contribuindo com processos de autodefinição e reivindicação de identidades, tendo como aporte teórico: Fanon (2008), Gonzalez (2018), Jesus (2012), dentre outros. Discutiremos também sobre o que é ser preto e o que é ser pardo no contexto brasileiro, instigando em debates sobre os significados de ser negro, afroindígena, entre outros processos de subjetivação tendo como base: Gomes (2019), Nascimento (2018), Munanga (2004), Mello (2017), Kilomba (2019), dentre outros autores.

23/11 - Tema : Identidade e resistência das mulheres Shanenawa: reavivando conhecimentos
Professora Ma Edilene Machado Barbosa

Objetivo: Visibilizar a resistência das mulheres indígenas da Aldeia Morada Nova, bem como, seus processos de construção identitárias em forma de contação de histórias/narrativas autobiográficas.

A proposta é visibilizar a construção de identidades e o protagonismo de mulheres indígenas, tendo como foco as narrativas autobiográficas de professoras indígenas Shanenawa da Aldeia Morada Nova em Feijó, interior do estado do Acre. Será discutido conceitos relacionados a importância da sustentabilidade, ao sagrado feminino e a segurança alimentar para a comunidade indígena.

24/11 - Tema: Grupo Vivencial 
Psicóloga Lhayla Thalyta Moraes Joaquim Basílio

Objetivo: Encontro terapêutico a partir de temas trazidos pelas próprias participantes nas aulas interiores com o objetivo de dar significado ao processo que estão passando de identidade racial e construção de autoimagem, com a mediação da psicóloga Lhayla Basílio.

Após as integrantes participarem das duas aulas introdutórias das professoras, serão convidadas a participar de um grupo suportivo. Levando em consideração que o curso pretende, para além de estudar os temas propostos, modificar a vivência dos integrantes.

No contexto desse trabalho, a expressão aprendizagem teórico-vivencial é utilizada para referir um processo de aprendizagem em que a experiência do aluno é tomada como objeto de reflexão, enquanto significante dos conteúdos teóricos propostos como temas para a aprendizagem. Esse modelo de aprendizagem tem como pressuposto que as mudanças que ocorrem como consequência da aprendizagem implicam uma modificação na forma de perceber a si mesmo e à realidade externa, envolvendo tanto aspectos intelectuais como afetivos. (JAPUR, LOUREIRO,CAMPOS, MUNARI. 1992)

Neste sentido, a partir do que for despertado nas aulas, as participantes poderão falar de uma perspectiva individual e subjetiva, a fim de com o compartilhamento, se sentirem apoiadas e fortalecidas por outras mulheres com vivências parecidas.

Só vem porque tá fodaaaaaaa

QUEM FAZ:
@wilifa.br
Somos a Wilifa uma produtora sociocultural que coloca a pauta racial no meio da conversa e através de diálogos causa mudanças na sociedade.

INFORMAÇÕES: 
Datas: 22/11 + 23/11 , 24/11
Horário: 19h às 21h

Valor: R$80,00 geral e R$40,00 para mulheres negras, indígenas e pessoas trans.
INSCRIÇÃO SOCIAL: se você quer fazer este curso mas não dispõe de recursos financeiros no momento, mande um e-mail para oi@bravasp.com.br contando um pouquinho de você e como esse conteúdo pode ser importante <3
Serão disponibilizadas 1 bolsa integral a cada 10 inscrições pagas!

Curso online e ao vivo, via plataforma Zoom
Todas as aulas são gravadas e disponibilizadas para quem estiver inscrite (vídeo disponível no drive por um mês após a realização do curso)
Emissão de certificado de participação para quem assistir às aulas ao vivo.