No Brasil, com suas dimensões continentais, cabem vários países. Isso você já sabia. Mas um dos seus estados há muito é tratado, por seus habitantes, meio de brincadeira, meio a sério, como um país à parte. Ao longo de sua história, Pernambuco foi o epicentro de restaurações, revoluções e revoltas diversas contra invasões estrangeiras e o despotismo político.
Bairristas, orgulhosos e um tanto exagerados, os pernambucanos adoram afirmar que sua terra é uma nação independente do resto do país. Portanto, nada mais justo do que reconhecer o “País Pernambuco” através da sua relação com outra nação, os Estados Unidos da América.
Uma história que começa pela ida de uma colônia de judeus recifenses para Nova York no século 17, passa pela primeira representação diplomática estadunidense no Brasil, estabelecida na capital pernambucana no século 19, e segue pela instalação do comando de todas as operações dos Aliados na área do Atlântico Sul durante a Segunda Guerra Mundial, com a vinda da Quarta Frota Naval Americana ao Recife em 1942. E não para por aí. Foi um tal de Joaquim Nabuco atuando como primeiro embaixador brasileiro em Washington, Paulo Freire dando aulas em Harvard, Robert Kennedy discursando em frente ao edifício JK, e muito, muito mais.
Por isso, a ABA, com apoio do Consulado Geral dos Estados Unidos em Recife e AMCHAM lança a mostra “Dois países: A história compartilhada de Pernambuco e os Estados Unidos” - em celebração ao bicentenário das relações diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos.
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