HUMANIZAÇÃO E CIDADANIA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR:

 a inclusão de pessoas com deficiência, as habilidades socioemocionais no percurso acadêmico e a perspectiva da extensão universitária como promotores de um novo fazer.

A Faculdade Santa Terezinha - CEST em seu desenvolvimento institucional busca superar os desafios cotidianos impostos diariamente pelas demandas socioeducacionais que perfazem a natureza técnica, política e pedagógica do seu trabalho.

Para garantir que as superações dos problemas sejam de fato efetivas, o diálogo passa assim a permear a prática dos colaboradores no afã de, juntos, entenderem as dificuldades e traçarem novas possibilidades de ação.

Durante esse processo de mediação entre o mundo e os objetos da educação e o Outro, sujeito educativo, a instituição se forja e se compreende como um organismo vivo e pulsante, não estanque, traduzindo o seu propósito e missão nas microrrelações e nas intersubjetividades latentes e emergidas a partir dos diversos encontros entre as pessoas que constroem uma educação diferenciada.

Os anos de 2020 e 2021 acumularam diversas intempéries, problemas e desafios que foram em boa parte superados, porém, alguns mais complexos ou mesmo mais enraizados em outros problemas sociais, passaram a compor um quadro sistêmico de situações aparentemente percebidas, mas sem alcance imediato nas suas pretendidas soluções.

Por meio desses diálogos constantes entre professores(as), coordenadores(as), Diretorias, Assessorias e corpo discente, um panorama visando a uma educação humanizadora foi delineado como instrumento metodológico e filosófico para o fomento de ações pragmáticas que pudessem resolver questões inquietantes eclodidas na dinâmica da sala de aula, do currículo e das relações humanas, a saber: saúde mental e inclusão educacional do público acadêmico como determinantes da autonomia cidadã de cada um e do coletivo, na construção de pessoas responsáveis e promotoras de um bem-estar social.

Essa noção fora construída nas seguintes perspectivas: a) alunos(as) com problemas emocionais constantes, graves e acentuados pela dinâmica acadêmica; b) conflitos socioemocionais entre o corpo discente e docente, trazendo problemas educacionais; c) resistência na inclusão de pessoas com deficiência e falta de diálogo sadio entre os sujeitos envolvidos; d) baixo engajamento dos alunos e alunas nas atividades autogerenciadas, diminuta noção do seu papel enquanto cidadão(ã), dos deveres e direitos seus e dos demais, e da instituição e da sua responsabilidade com a comunidade como um todo.
A partir dessas materialidades, foram construídas algumas frentes de ação cujos temas foram delimitados para um trabalho de reflexão das práticas e vivências nas quais os os problemas são experienciados. Esses temas foram: educação socioemocional, educação inclusiva no ensino superior e novos paradigmas para a extensão universitária. Todos esses temas convergem em uma educação humanizadora, cada um orientando uma dimensão diferente dos fazeres necessários para novos comportamentos capazes de transformar as realidades subjacentes.

Assim, organiza-se a proposta desse projeto que objetiva iniciar um processo de sensibilização, reflexão e instrução das coordenações de cursos e do corpo docente acerca dos aspectos psicológicos (socioemocionais) com embasamento científico aplicados à educação superior, aspectos legais e psicopedagógicos que tratam da educação inclusiva de pessoas com deficiência, e da dinâmica pedagógica da extensão nos cursos superiores e sua curricularização, trazendo a noção de uma educação humanizadora, cidadã e promotora de autonomia e responsabilidade.

Somente com o corpo docente instrumentalizado se torna viável a busca de novos caminhos e fazeres, devendo esse profissional ser devidamente habilitado e capacitado para conhecer, debater, refletir e desenvolver o trabalho nas concretudes do fazer acadêmico.

Convidamos assim, todos e todas a estarem conosco nos dias 4 e 5 de agosto para juntos discutirmos caminhos possíveis para uma educação humanizada e cidadã.

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