28 set - 2020 • 19:30 > 06 out - 2020 • 21:30
28 set - 2020 • 19:30 > 06 out - 2020 • 21:30
Escola de samba: estética em desfile -Visualidade e conceito na criação dos carnavalescos
Curso com
Leonardo Antan, pesquisador da equipe do site Carnavalize, e
Daniela Name, crítica de arte e curadora da Revista Caju.
Este curso propõe uma discussão sobre grande artistas da história do carnaval carioca. Reconhecendo os desfiles das escolas de samba como um campo autônomo e fundamental da História da Arte brasileira, os encontros vão traçar uma rede de referências, narrativas e apontamentos sobre os nomes abordados. A cada aula, uma dupla de carnavalescos será discutida colocando em panorama toda a sua trajetória, pensando sobre a constituição de personalidades artísticas, buscando assim discutir a importância desses artistas dentro da festa. A escolha dos pares coloca em discussão uma década em especial, diferenciando e aproximando as narrativas apresentadas no período.
Aula 2 - Dia 29 de setembro, 3a feira, 19h30 -Joãosinho Trinta e Maria Augusta (Anos 70)
Herdeiros do grupo de artistas
formado na Revolução Salgueirense, Joãosinho Trinta e Maria Augusta são
responsáveis por uma disputa que buscou definir os rumos estéticos na década
que deu sequência ao processo de espetacularização e crescimento dos desfiles.
Numa parte da aula, o “luxo do
brilho” de Joãosinho Trinta promoveu uma série de inovações nas narrativas e no
aspecto visual do período. Na sequência de cincos títulos que conquistou ao
longo de 1974 e 1978, o maranhense com seu enorme poder discursivo, centralizou
uma série de discussões importante sobre os rumos do carnaval.
Na segunda parte, o “luxo da cor” de Maria Augusta propôs um outro caminho estético para a festa ao abordar enredos abstratos e uma estética pautada em elementos cotidianos na União da Ilha do Governador. A via que seguia o rumo oposto do estilo de Joãosinho acabou não se consolidando ao não faturar um campeonato.
Aula 3 - Dia 5 de outubro, 2a feira, 19h30 - Fernando Pinto e Luiz Fernando Reis (Anos 80)
Na década de 1980, um ponto de
virada decisivo na trajetória das escolas de sambas foi a chegada de “enredos
sociais e políticos” que versaram sobre o processo de redemocratização após a
ditadura civil-militar brasileira. Na primeira parte do encontro, recontamos a
trajetória de Fernando Pinto, o artista marcado pela herança tropicalista e da
contracultura carioca dos anos 1970. Em mais de treze anos atuando na festa,
Fernando promoveu enredos vinculados à cultura popular e à cultura de massa,
importando elementos do teatro de revista e da chanchada. É nesse período, na
Mocidade Independente de Padre Miguel, que o artista fez seus enredos mais
marcantes, com narrativas delirantes e forte subtexto contextual. Quem também
brilhou no carnaval da época foi Luiz Fernando Reis, o outro artista do período
a ser discutido. Na Caprichosos de Pilares, o carnavalesco desenvolveu enredos
de forte cunho crítico, dialogando com seu contexto e apostando em carnavais
que se destacavam por sua mensagem bem marcada, símbolos cotidianos e sambas
animados. Aos seus modos, os dois profissionais retrataram diferentes espíritos
da sua época.
A última aula chega na rivalidade
entre dois nomes que marcou a década de 1990, apontando os estilos que
constituíram uma memória artística das mais simbólicas da festa. Na primeira
metade da conversa, um passeio pelo imaginário de Rosa Magalhães e seus
carnavais na Imperatriz Leopoldinense. Rotulado como “barroco”, o visual
requintado da carnavalesca constituiu uma poética marcado por enredos
viajantes, com histórias prosaicas e que celebram a ideia de um Brasil festivo
e mestiço, com forte herança modernista e romântica.
No outro ponto, chegaremos ao estilo que Renato Lage desenvolveu na Mocidade Independente de Padre Miguel. O chamado “high-tech” do artista teve uma assinatura marcado pela força de seus formas alegóricas e inovações tecnológicas, através de enredos que propunham mergulhos temáticos sobre diferentes aspectos culturais.
SOBRE OS MEDIADORES
LEONARDO ANTAN é historiador da arte, curador e escritor. Graduado e mestre em História da Arte pela UERJ, onde pesquisou a linguagem artística dos desfiles das escolas de samba. É editor do projeto multi-plataforma Carnavalize, que realiza eventos voltado à história do carnaval. Integrou o coletivo curatorial “Dia de Glória’’, em parceria com a Casa de Estudos Urbanos. Cursou Imersões Curatoriais no Paço Imperial, onde curou coletivamente a exposição “Limiares”. No carnaval, já atuou como aderecista em escolas como Unidos da Tijuca e Portela, além de fazer parte da criação do desfile da Unidos das Vargens. Como curador, realizou ainda de exposições na Casa de Estudos Urbanos, Museu da História e da Cultura Afro-brasil, Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica e no Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporânea. Entre as exposições estão “Uma delirante celebração carnavalesca: o legado de Rosa Magalhães” e “O rei que bordou o mundo: poéticas do carnaval da Acadêmicos da Cubango”. Na área literária, é editor do Selo Carnavalize, que pertenceu a Rico editora, voltado para publicação de obras sobre a folia brasileira. Além de já ter publicado dois romances e antologias de ficção LGBT+ pelo Se Liga Editorial.
DANIELA NAME é curadora e crítica de arte. Doutora em Comunicação e Cultura e mestre em História e Crítica da Arte, ambos os títulos pela UFRJ, atua como curadora independente e editora e curadora-geral da Caju, plataforma que reúne a Revista Caju e a Caju Conteúdo e Projetos. É autora dos livros “Amélia Toledo – Forma Fluida” (2015), “Almir Mavignier” (2014) “Norte”, sobre a obra do artista Marcelo Moscheta (2013) e “Espelho do Brasil – Arte popular vista por seus criadores” (2008).
O CURSO EMITE UM CERTIFICADO PARA OS/AS/ES PARTICIPANTES, ENVIADO POR E-MAIL ATÉ 15 DIAS ÚTEIS APÓS A CONCLUSÃO DAS AULAS. O cerficado será assinado pela curadoria da Caju
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