O Brasil precisa  fortalecer seu compromisso com um novo ciclo de políticas públicas onde se articulem na concepção e implementação as conexões entre as desigualdades, a pobreza, a Insegurança Alimentar e Nutricional (InSAN) o meio ambiente e a crise climática.

Os sistemas alimentares afetam e são afetados pelas mudanças climáticas. Sabe-se que aproximadamente 31% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) estão relacionadas à atividade agro-pecuária. A produção em monoculturas, com o uso de agrotóxicos, muitas vezes em terras desmatadas, além da pecuária. O aumento das temperaturas, a mudança no padrão das chuvas, o aumento na severidade das secas e das inundações, o aumento na intensidade dos eventos extremos são condições que afetam a produção de alimentos. 

E mais, as mudanças climáticas, afetam desproporcionalmente as pessoas e comunidades em situação de maior vulnerabilidade aprofundando os determinantes da pobreza. 

A convocatória para a transformação dos sistemas alimentares é revestida de disputa de perspectivas seja pelo aprofundamento das desigualdades que podem resultar de alternativas tecnológicas excludentes, seja pelo mercado, por exemplo, dos produtos denominados plant-based, entre outras.

A luta contra a fome e todas as formas de má nutrição precisa necessariamente considerar a crise climática e vice-versa. A proposta de realização de uma Conferência Livre com esse tema vem para democratizar a discussão de como o enfrentamento das mudanças climáticas precisa estar integrado à agenda da Segurança Alimentar e Nutricional e do Direito Humano à Alimentação Adequada.

Para a realização da inscrição na Conferência Livre de Segurança Alimentar e Nutricional clique em adicionar 1 ingresso e prossiga no cadastramento. A Conferência será totalmente virtual.