Apresentar conceitos de vulnerabilidade costeira e a importância dos serviços ecossistêmicos e de estratégias de adaptação na resiliência da linha de costa, no contexto das mudanças climáticas.
A zona costeira encontra-se sob crescente pressão de modificações induzidas pelo homem e pelo clima. A vulnerabilidade costeira é a capacidade da costa de resistir ou se adaptar aos impactos causados por eventos naturais, como por exemplo tempestades, ciclones, marés altas, aumento do nível do mar. Os impactos possíveis abrangem erosão da linha de costa, perda de habitat de animais e plantas, aumento do risco de inundações, intrusão salina, deslizamentos de terra, destruição de estruturas urbanas existentes na orla, perda de vidas e danos econômicos. A adaptação da zona costeira às pressões exige uma compreensão abrangente e interdisciplinar dos sistemas naturais e dos serviços ecossistêmicos, da interação dos mesmos com o homem e das mudanças ambientais em diferentes escalas (temporais e espaciais) e seus impactos à sociedade. Estratégias de adaptação dos sistemas costeiros aos impactos das mudanças climáticas são fundamentais para que possamos enfrentar de forma resiliente os desafios impostos pela atual conjuntura ambiental global-local, como exemplos temos os mapeamentos de áreas de risco para prevenção de desastres, os planos de contingência municipais, sistemas de avisos de ressacas/inundação. Os planos de adaptação à mudança do clima visam reduzir os impactos do aquecimento global e se preparar para os danos que já estão ocorrendo nas diversas partes da costa. No Brasil, o Plano Nacional de Adaptação (PNA) à Mudança do Clima e o Plano Clima são os principais instrumentos para este fim.