O curso propõe uma reflexão sobre a presença e contribuição das artistas mulheres em algumas experiências modernistas internacionais, notadamente na França e no Brasil. O curso é voltado para um público geral, acima de dezoito anos, sem necessariamente ter amplos conhecimentos em história da arte. Uma parte da bibliografia recomendada será em inglês, francês ou espanhol.
Datas: 11, 18, 25 de março e 01 de abril
Segundas-feiras
Horário: das 19h às 21h
Duração: 4 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 320,00
Curso online
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Programação
Aula 1 - Os gêneros do modernismo: mulheres impressionistas
A primeira aula discutirá o modo com que as imagens associadas aos artistas modernos (tais como o “gênio”, o “revolucionário”) são generificadas. Abordaremos em especial a figura do flâneur e o modo com que as artistas mulheres atuantes no último quartel do século 19 lidaram com tais questões.
Aula 2 - Nus: territórios da vanguarda
A segunda aula abordará o modo com que algumas mulheres artistas procuraram se inserir nas vanguardas francesas a partir de um tem caro à arte moderna: as representações dos nus. Trata-se de entender como elas passaram de objetos da representação a sujeitos dos mesmos.
Aula 3 - Mulheres artistas em outros centros: modernistas brasileiras
Nesta aula propõe-se uma reflexão sobre o caso particular do Brasil, em que duas figuras femininas lograram uma consagração ímpar: Anita Malfatti, vista como a introdutora do modernismo no país, e Tarsila do Amaral, figura central na década de 1920. Ambas assinalam modos de consagração generificados.
Aula 4 - Modernismos expandidos: mulheres e artes decorativas em tempos modernistas
A partir do caso de Regina Gomide Graz, introdutora das artes modernistas têxteis no Brasil, a quarta aula abordará o modo com que diversas artistas mulheres dedicaram-se às artes decorativas, em especial as artes têxteis, nos circuitos modernistas internacionais. Nesse sentido, elas promoveram uma crítica às hierarquias tradicionais da história da arte e ampliaram o próprio conceito de “articidade” em suas épocas.
Sobre a professora:
Ana Paula Cavalcanti Simioni é professora no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. Desde 2000, dedica-se à pesquisa das relações entre arte e gênero, especialmente no contexto brasileiro. Destacam-se entre suas publicações: "Profissão Artista: Pintoras e Escultoras Acadêmicas Brasileiras" (SP: EDUSP/FAPESP, 2019) e "Mulheres Modernistas: Estratégias de Consagração na Arte Brasileira" (SP: EDUSP/FAPESP, 2022). Foi curadora das exposições "Mulheres Artistas: As Pioneiras" na Pinacoteca Artística do Estado de São Paulo em 2015 e "Transbordar: Transgressões do Bordado na Arte" no SESC Pinheiros em 2020-2021. Além disso, atuou como curadora associada da exposição "Tornar-se ORLAN" no SESC Paulista de setembro de 2023 a janeiro de 2024.
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