11 mar - 2025 • 20:00 > 27 mar - 2025 • 22:00
11 mar - 2025 • 20:00 > 27 mar - 2025 • 22:00
R$ 480,00 (+ R$ 48,00 taxa)
em até 12x R$ 54,61
Vendas até 20/03/2025
Total
R$ 528,00
Total
R$ 528,00
Este curso oferece um panorama introdutório sobre os contextos contemporâneos da arte indígena no Brasil, com ênfase na crescente visibilidade dessas produções no cenário artístico.
Na primeira parte, a partir da análise de obras de artistas indígenas e de manifestações tradicionais de diferentes povos originários, as pessoas participantes serão convidadas a refletir sobre as perspectivas dos próprios indígenas em relação às suas formas de expressão artística. Também serão exploradas as múltiplas temporalidades que permeiam as práticas de artistas e curadories indígenas, considerando como essas práticas se vinculam às cosmovisões de seus povos, aos seus sistemas de arte e à resistência multissecular à colonização.
A segunda parte do curso será dedicada a estudos de caso. Analisaremos curadorias e projetos artísticos desenvolvidos por artistas indígenas em instituições e museus do sistema de arte não indígena, com destaque para as exposições Véxoa (Pinacoteca de São Paulo, 2020), Moquém_Surarî (MAM-SP, 2021), Nakoada (2022) e o Pavilhão Hãhãmpuá (Bienal de Veneza, 2024). Além disso, será discutida a experiência maxakali da Aldeia-Escola-Floresta como um projeto indígena de arte-educação comunitária, voltado para o fortalecimento dos conhecimentos tradicionais e a revitalização do território.
O curso será encerrado com uma sessão dedicada à análise de um último estudo de caso, escolhido pela turma, que servirá como base para uma reflexão final sobre os temas abordados ao longo das aulas, apontando possíveis desdobramentos e caminhos de pesquisa no campo das artes indígenas.
Datas: 11, 13, 18, 20, 25 e 27 de março de 2025
Terças e quintas-feiras
Horário: das 20h às 22h
Duração: 6 encontros
Público: interessados em geral
Investimento: R$ 480,00
Curso online
Ao vivo, via plataforma de videoconferência
Aulas gravadas disponibilizadas apenas por tempo determinado
Contempla certificado no final
Programação
Aula 1 – Artes Indígenas em seus próprios termos
- Cosmovisões indígenas e sistemas de arte;
- Práticas artísticas tradicionais e contemporâneas: temporalidades cruzadas;
- Arte indígena contemporânea ou arte contemporânea indígena?
Aula 2 – Encontro entre mundos, encontros entre sistemas de arte
- Guerra colonial como modalidade de encontro e de relação;
- Formas de representação dos povos indígenas e de suas manifestações expressivas em diferentes momentos da história da arte ocidental no Brasil;
- Sentidos múltiplos das “apropriações” e “empréstimos” em contextos em que pessoas, objetos, conceitos e linguagens circulam entre mundos.
Aula 3 – Artes Indígenas, lutas políticas e ativismos
- “Camada da resistência” sempre presente nas proposições artísticas e curatoriais indígenas;
- Arte Indígena Contemporânea e suas condições de possibilidade histórica;
- Protagonismos e auto-representações indígenas como forças de contra-efetuação das armadilhas coloniais;
- Artes indígenas e a possibilidade de construção de alianças.
Aula 4 – Curadorias Indígenas: estudos de caso
Análise de algumas experiências de curadorias indígenas em instituições de arte:
- Véxoa: nós sabemos, organizada em 2020 na Pinacoteca de São Paulo por Naine Terena;
- Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea, organizada por Jaider Esbell e Paula Berbert no MAM - SP em 2021;
- Nakoada: estratégias para arte moderna, organizada por Denilson Baniwa e Beatriz Lemos no MAM - RJ em 2022;
- Pavilhão Hãhãwpuá, organizado por Arissana Pataxó, Denilson Baniwa e Gustavo Caboco Wapichana na Bienal de Veneza de 2024.
Aula 5 – "Arte Indígena Contemporânea de base comunitária": estudo da experiência maxakali da Aldeia-Escola-Floresta
- Os Tikmũ'ũn e seus yãmĩyxop;
- A luta dos Maxakali por seu território e a retomada da Aldeia-Escola-Floresta;
- Arte indígena maxakali de base comunitária: reflorestamento como land art e oficinas de arte-educação.
Aula 6 – Estudo de caso à escolha da turma e fechamento do curso
- Análise da obra de um artista ou de projeto curatorial escolhido pela turma;
- Síntese dos conteúdos debatidos ao longo do curso;
- Perspectivas de pesquisas no campo das artes indígenas.
Sobre a professora:
Paula Berbert é antropóloga e arte-educadora, especialista em práticas curatoriais. Trabalha com o povo Maxakali desde 2015, atualmente realizando pesquisa na Aldeia-Escola-Floresta e contribuindo para a estruturação das ações de arte-educação desta comunidade. É doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da USP, onde investiga as práticas artísticas tradicionais e contemporâneas dos Maxakali da Aldeia-Escola-Floresta. É pesquisadora associada do Centro de Estudos Ameríndios da USP (CEstA) e também do projeto de cooperação internacional USP-Cofecub "Coleções Compartilhadas: os acervos franco-brasileiros de Lévi-Strauss". Em seu trabalho com artistas indígenas de diversos territórios, tem acumulado ampla experiência nos campos da curadoria, da mediação intercultural e da produção artística. Foi coordenadora de projetos da Galeria Jaider Esbell de Arte Indígena Contemporânea (Boa Vista - RR), compondo a equipe de curadoria e pesquisa desta instituição entre 2019 e 2024. Destaca-se também sua atuação como assistente de curadoria da exposição "Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea", organizada por Jaider Esbell no MAM SP (2021), e também como pesquisadora dos projetos realizados por este mesmo artista, por Sueli Maxakali e por Gustavo Caboco Wapichana na 34a Bienal de São Paulo. Seus focos de interesse, pesquisa e atuação cruzam os campos da etnologia indígena, da arte indígena, da antropologia da arte e dos acervos, da arte-educação e das práticas curatoriais colaborativas.
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