20 ago - 2022 • 11:00 > 20 ago - 2022 • 13:00
Quem escreve a nossa história?
Em 2015, o fotógrafo/antropólogo Luiz Eduardo
Robinson Achutti recebeu uma mensagem enigmática em sua rede social: “Você tem
a minha história!”. A mensagem havia sido enviada por uma jovem de 20 anos, até
então “desconhecida”.
A interpelação, intempestiva, ficou em suspenso.
Mas insistiu, retornando de tempos em tempos, como nossas
lembranças.
A jovem persistente,
Diênnifer, foi retratada por Achutti com 1 ano de idade, no colo de seus pais,
enquanto ele fotografava a primeira experiência de coleta seletiva de material
reciclado do Brasil. As fotos eram parte do trabalho de sua dissertação
de mestrado que teve lugar na Vila Dique, em Porto Alegre/RS.
Para Diênnifer e seus familiares, os retratos que compõem o livro
oriundo da dissertação de Achutti transformaram-se em fotos de família. As
fotografias digitais eram um futuro nada previsível. Não chegara a época dos
celulares com câmeras e dos selfies em número infinito. Ser
fotografado ou revelar uma foto era um luxo. Ainda mais onde o “lixo”
tinha por objetivo transformar-se em renda. E, por que não, em memória.
Diênnifer buscou Achutti mais de duas décadas depois, atualizando um
encontro, uma história, uma memória, uma narrativa. Ou fotoetnografia, conceito
cunhado pelo fotógrafo quando da elaboração deste trabalho, em que a imagem
compõe a narrativa.
Muitas histórias e
memórias foram lembradas posteriormente ao encontro virtual. Histórias
individuais e coletivas que se entrecruzam e que se presentificaram neste
trabalho. Memórias que contam muitas vidas: do jovem fotógrafo, de um bebê, de
um pai, de uma mãe, de trabalhadores, de uma comunidade, de uma cidade, de um
país.
O Museu das Memórias
(In)Possíveis, fazendo jus ao seu caráter, acompanhou o reencontro de
Achutti com Diênnifer em 2019, razão dessa exposição. Esse (re)encontro não se
deu apenas entre os dois, mas com muitos outros que fizeram e começaram a
compor outras narrativas e memórias. Diênnifer revelou com seu ato que também
tinha a história de Achutti, assim como ela supunha que ele tinha a dela. E,
com essa exposição, você soma-se a nós podendo, então, contá-la.
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