25 jul - 2022 • 19:00 > 27 jul - 2022 • 19:00
25 jul - 2022 • 19:00 > 27 jul - 2022 • 19:00
Mãos que amparam: diálogos sobre o Parir e o Partejar
O universo do gestar, parir e os primeiros cuidados com uma vida nova que chega é coletivo e reforça a identidade de um povo, pois, esses momentos estão cercados por costumes, crenças, saberes e fazeres.
A proposta dos nossos encontros é falar sobre esse ofício que se baseia no cuidado, a parteria tradicional.
As parteiras são essas mulheres que possuem conhecimentos importantes, sendo pessoas relevantes dentro das comunidades em que moram e atuam. Elas acompanham a gestação, o momento do parto e os cuidados pós parto e também a saúde da mãe e do bebê, fazendo parte, portanto, de momentos significativos na vida da família que se forma. Seus conhecimentos e visões de mundo são repassados de mãe para filha, avó para neta, tia para sobrinha, comadre pra vizinha, oralmente.
Em seus repertórios de práticas possuem diversos recursos para diminuir a dor no parto, realizar massagem na barriga para ajeitar o bebê, ajudar a descer o leite, diminuir desconfortos na amamentação, acelerar o trabalho de parto, utilização de banhos e chás, técnicas para ajudar expulsar a placenta, assim como amparo e suporte emocional.
Quando são solicitadas, correspondem ao chamado sem hesitar independente da hora do dia ou da noite. Algumas possuem sua maleta levando material necessário como tesoura, lençóis, fio para amarrar cordão, estetoscópio de Pinard, entre outros, assim como alguma planta, rezas, mas todas levam sua experiência, sua fé e suas mãos para amparar.
1° Encontro: Da casa para o hospital: a mudança de paradigma no cenário do parto e nascimento, no Brasil.
Dia 25 de julho – segunda-feira – 19h às 20h30
Em que momento houve a transformação do cenário onde ocorrem os nascimentos? Bianca Lanu partilhará conosco elementos de sua pesquisa e experiências quemostram com maior nitidez as mudanças sociais que impactaram as formas de parir e nascer.
Palestrante:
Bianca Lanu - em 2012 realizou um levantamento etnográfico sobre as parteiras caiçaras de Cananéia, no Vale do Ribeira, SP, cujo resultado é a publicação Parteiras Caiçaras: Relatos e retratos sobre parto e nascimento, em Cananéia, SP, com apoio do Programa de Ação Cultural. Cientista Social, Arte-Educadora e Mestranda em Antropologia, também acompanha partos domiciliares, além de pesquisar sobre Etnobotânica, Povos e Comunidades Tradicionais.
2° Encontro: A Valorização da Parteria Tradicional – O Museu da Parteira e a realização do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) das Parteiras.
Dia 26 de julho – terça-feira – 19h às 20h30
A partir do encontro com o Grupo Curumim e Instituto Nômades, Dona Zefinha e Dona Prazeres, parteiras tradicionais, puderam concretizar um sonho, o de criar um Museu da Parteira. Vamos ter a oportunidade de entender como é este museu com a participação de Júlia Morim e Elaine Muller, ambas compõem esses coletivos, e Fernanda enfermeira obstetra e filha de Dona Zefinha. Para além, os coletivos Grupo Curumim, Instituto Nômade e Associação de Parteiras de Pernambuco, junto à Universidade UFPE, realizaram o Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) para registro desse ofício como Patrimônio Cultural do Brasil, e trarão uma perspectiva nacional acerca desse bem. Haverá exibição de fotos do fotógrafo e pesquisador Eduardo Queiroga que compõem o acervo do Museu da Parteira.
Palestrantes:
Julia Morim - Graduada em Ciências Sociais (UFPE), mestre em Antropologia (UFPE), especialista em Museus, Identidades e Comunidades (FUNDAJ), é doutoranda em Antropologia no PPGA/UFPE e vem atuando nas áreas de antropologia da saúde, audiovisual, patrimônio, memória e museus. É pesquisadora do Grupo de Pesquisa Narrativas do Nascer (DAM/UFPE), do Laboratório de Antropologia Visual (LAV/PPGA/UFPE) e do Observatório de Museus e Patrimônios Culturais (OBSERVAMUS/PPGA/UFPE). Integra a equipe que vem desenvolvendo a iniciativa Museu da Parteira, um museu em processo, e é representante da sociedade civil no Comitê Estadual de Estudos de Mortalidade Materna de Pernambuco (CEEMM-PE).
Elaine Muller - antropóloga, professora do Departamento de Antropologia e Museologia (DAM/UFPE), integrante do Museu da Parteira, Coordenadora do Expolab (DAM/UFPE). Foi uma das coordenadoras da pesquisa Saberes e Práticas das Parteiras Tradicionais do Brasil, com vistas ao registro do ofício de parteira como patrimônio cultural do Brasil. É mãe de três filhos nascidos com parteiras.
Maria Fernanda da Silva - filha de Zefinha parteira, Parteira Tradicional, enfermeira obstetra por formação e presidente da Associação de Parteira de Caruaru.
3° Encontro: Roda de conversa com parteiras, lideranças de alguns estados brasileiros.
Dia 27 de julho – quarta-feira - 19h às 20h30
No encerramento dos nossos encontros, 27/07, teremos uma roda de conversa entre parteiras tradicionais do norte e nordeste, partilhando seus saberes, os desafios do ofício e como seguem resistindo para viabilizar sua prática em suas comunidades.
O Museu do Folclore emititirá e anviará pela Plataforma Sympla o certificados de participação para quem acompanhar pelo Google Meet após a confirmação de participação.
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Instruções para inscrição:
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Museu do Folclore de São José dos Campos
Centro de Estudos da Cultura Popular – CECP
Tel.: (12) 3924-7318
Whatsapp: 12 997342170 (Clique aqui para enviar mensagem)
Site: www.museudofolclore.org
E-mail: [email protected]
Você poderá editar o participante de um ingresso apenas uma vez. Essa opção ficará disponível até 24 horas antes do início do evento.
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Museu do Folclore
O Museu do Folclore de São José dos Campos é uma unidade da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, gerido pelo Centro de Estudos da Cultura Popular - CEPC, organização da sociedade civil sem fins lucrativos. O museu foi criado em 1987 e possui, atualmente, mais de 2 mil peças em seu acervo, que identificam as diferentes manifestações da cultura popular do Vale do Paraíba, incluindo as da exposição de longa duração.
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