As chuvas abundantes que estão ocorrendo no verão deste ano levantam a discussão sobre a possível redução das bandeiras tarifárias cobradas sobre a energia elétrica produzida no Brasil aos padrões de menor valor, que são a bandeiras verde e a amarela. Há quem defenda que as chuvas copiosas dos últimos meses deveriam encerrar as medidas adotadas em função da pior seca dos últimos 91 anos no país para garantir segurança energética, como o acionamento das usinas termoelétricas (mais caras) e adoção da bandeira tarifária de “escassez hídrica”, que eleva, para o consumidor final, os custos de produção de energia elétrica no país. 

Por outro lado, um olhar de mais longo prazo pode indicar que talvez ainda seja cedo para qualquer mudança no sistema de bandeiras tarifárias. Para discutir as alternativas que existem para que o Brasil tenha segurança no fornecimento de energia elétrica, a SME, com o jornal “Diário do Comércio”, está realizando o seminário “O Desafio da Segurança Energética”, que irá reunir especialistas em busca de soluções para este desafio.

O evento será realizado no próximo dia 16 de março, de 10h às 13h, em formato híbrido e com mediação de dois ex-presidentes das Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás), os engenheiros José da Costa Carvalho Neto e Aloísio Vasconcelos, e a participação quatro especialistas no tema, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocci; o presidente-executivo da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), Flávio Antônio Neiva; o presidente-executivo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abracel), Rodrigo Ferreira, e o deputado estadual Gil Pereira, presidente da Comissão Extraordinária das Energias Renováveis e dos Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa de Minas.

O evento acontecerá no formato híbrido, com apresentações presenciais em Belo Horizonte, na sede da SME, à rua dos Timbiras 1.514, no bairro de Lourdes, e remotas (via Web), em conformidade com todos os protocolos sanitários. Em breve, será disponibilizado o link para inscrição e acompanhamento do evento, que pode ser seguido pela página: https://sme.org.br/

Criada há 91 anos, em 1931, a SME é uma entidade sem fins lucrativos que reúne todas as categorias de engenheiros, arquitetos e agrônomos. Sua missão é integrar, desenvolver e valorizar as engenharias e seus profissionais por meio do aprimoramento tecnológico, científico, sociocultural e econômico da sociedade, em especial, a de Minas Gerais. A entidade acredita que a integração entre organizações é capaz de fortalecê-las e torná-las mais eficientes, perenes, cumpridoras de suas responsabilidades para com a sociedade e, no contexto, com potencial transformador para um cenário socioeconômico mais próspero, justo e ambientalmente equilibrado.

A Segurança Energética – definida pela Agência Internacional de Energia como a oferta e disponibilidade de serviços energéticos a todo momento, em quantidade suficiente e a preços acessíveis – é tema central para o desenvolvimento do país. A matriz elétrica brasileira depende, em cerca de 65%, da geração hidroelétrica, um insumo dependente de variações climáticas. A adição de novas fontes renováveis aumenta o desafio da segurança energética.

10h – Abertura, pela presidente da SME, engenheira Virgínia Campos;

10h20 – Visão do Operador Nacional: Planejamento e Operação para o Suprimento Elétrico – Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS;

10h50 – Matriz Elétrica: Planejamento e Uso dos Reservatórios – Flávio Antônio Neiva, diretor-executivo da Abrage;

11h20 – A Visão dos Consumidores: Impactos associados às Medidas para Segurança Energética – Rodrigo Ferreira, presidente-executivo da Abracel;

11h50 – Novas Alternativas Renováveis de Suprimento: Repensando a Matriz Eletroenergética – deputado Gil Pereira, presidente da Comissão Extraordinária das Energias Renováveis e dos Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa de Minas.

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