Que histórias seu corpo carrega? Como ouvir memórias inscritas na pele, nos gestos, nos silêncios? Este curso é um convite para explorar a escrita como uma ferramenta de investigação do corpo como espaço de memória e criação. A partir de reflexões, visitas a bibliografias e exercícios práticos, vamos explorar como nossas vivências corporais podem ser traduzidas em narrativas , ressignificando dores, descobrindo afetos e criando novas possibilidades de existência no mundo.

Por qual palavra seu corpo é obcecado? Essa é a pergunta pela qual vamos começar esse percurso e investigar onde surgem nossas obsessões e o que o nosso corpo diz sobre elas. Como podemos escrevê-las? De que maneira dá para ficcionalizar nossas vivências?  

Objetivo

Aqui, vamos começar, juntes, um percurso de investigação do desejo do corpo, usando a escrita como ferramenta. Essa oficina objetiva capacitar os participantes a utilizarem a escrita criativa como uma ferramenta de autoinvestigação e expressão, reconhecendo o corpo como um arquivo vivo de memórias e histórias. O curso estimula a produção de textos literários, poéticos e autobiográficos, conectando as experiências corporais à prática da escrita.

O que você encontra?

Encontro 1

O corpo como arquivo

Neste primeiro encontro, vamos começar com uma reflexão sobre o corpo como espaço de memória. Faremos uma introdução a autores e textos que exploram a temática e exercícios para conectar vivências pessoais e a escrita. Vamos investigar quais são as histórias que nosso corpo conta. Quantas vezes inscrevemos e escrevemos o nosso corpo? Quais histórias guardamos e carregamos conosco? O que nosso corpo enuncia ao mundo?

Encontro 2 

Café com monstros 

Como nossos movimentos e nosso corpo influenciam nossa prática de escrita? Como os corpos lidos como monstruosos aparecem e são tratados na literatura contemporânea? Quando corpo e voz se encontram? A autoficção/escrevivência é um movimento de criação a partir do corpo? Existe uma autoficção corporal? O quanto de verdade há nos textos feitos com o corpo? O que de fato aconteceu? O que é memória e o que é ficção? Há lugar para os corpos dissidentes na literatura? Como estes corpos e vozes encontram profusão nas ruas e fazem literatura a partir dela? A quem serve a normatividade corpórea? A monstruosidade é um lugar ou não-lugar de escrita? Quais as obsessões de escrita dos corpos?

Neste encontro, vamos explorar as cicatrizes e marcas corporais como fontes narrativas, bem como o papel da vulnerabilidade na criação literária.

Encontro 3

O texto que rebola 
Neste último encontro, faremos uma Investigação do corpo em relação ao prazer e à celebração. Como gestos, danças, sensualidade e afetos podem inspirar histórias. Como derramar o corpo e encontrar imensidão de existência a partir das próprias memórias e vivências utilizadas como arquivo? 

Para quem é o curso?

• Escritores iniciantes ou experientes que desejam explorar novas temáticas.
• Pessoas interessadas em processos de autoconhecimento por meio da escrita.
• Profissionais da área de literatura, educação, saúde ou artes que buscam integrar corpo e narrativa em seus trabalhos.
• Qualquer pessoa curiosa sobre como o corpo pode inspirar histórias. 
• Qualquer pessoa apaixonada por literatura.