31 mar - 2022 • 09:00 > 01 abr - 2022 • 18:00
Justificativa:
Nos
últimos anos, é possível observar um aumento da visibilidade de pessoas adultas
no espectro do autismo — muitas das quais diagnosticadas tardiamente. Este
aumento se dá com influência de múltiplos fatores, incluindo avanços na
compreensão do autismo por parte de profissionais de saúde, o avanço das pautas
do movimento da neurodiversidade, e a própria abordagem do assunto na mídia,
colaborando para uma maior conscientização e busca individual de sujeitos adultos
por profissionais sensíveis ao tema. Junto a este plural grupo de indivíduos
que se deparam com um nome para suas dificuldades, chegam também a público sua
vontade e reivindicação de inclusão no mundo acadêmico e no mundo do trabalho.
Pessoas
autistas com ou sem diagnóstico na infância/adolescência que vivem na sociedade
atual cresceram cercados rótulos de origem capacitista, sendo alvo de inúmeras
violências psicológicas (e eventualmente físicas), como no caso de vítimas de
bullying. Hoje, inseridas no ambiente universitário e estudantil, enfrentam o
desafio de superar o tabu do diagnóstico e enfrentar preconceitos e barreiras
que tanto atrapalham a prosperidade acadêmica do indivíduo do TEA desde o
início da sua vida escolar. O aumento das responsabilidades e da necessidade de
autogestão durante a trajetória no ensino superior — somadas ao grande conjunto
de mudanças que vêm com um novo modo de aprendizagem e, para muitas pessoas, a
adaptação a outra cidade e a morar longe da família — que já são desafiadores
para estudantes de neurologia típica, tendem a
representar estressores consideráveis para a saúde psicológica e emocional de
autistas.
O
Autismo é uma condição humana com direitos reconhecidos em 2012 através do
Estatuto do Autista e consolidado em 2015 através da Lei Brasileira de
Inclusão, o que traz uma série de direitos e reconhecimentos importantes ao
desenvolvimento e proteção de estudantes
em todas as fases do ensino, e que traz enriquecimento e amplitude de
aprendizagem a todos os indivíduos do ambiente escolar.
Um
objetivo central deste encontro é a defesa de um ponto de vista que não negue à
pessoa autista a autonomia que ela é capaz de exercer sobre sua própria vida.
Trocar experiências sobre a importância de redes de suporte e aconselhamento —
na forma da família biológica, mas também de amizades, colegas de trabalho e
profissionais da saúde mental — no desenvolvimento de cada pessoa, mas também
refletir sobre a importância de estas redes de suporte não se tornarem redes de
controle, minando a capacidade e autonomia da pessoa autista para consigo
própria e a sociedade ao redor. O principal ponto é o de que uma sociedade
realmente inclusiva deva ser construída com participação de todos que pretende
incluir, permitindo a estes sujeitos a possibilidade de advogar em prol de suas
necessidades — independente de eventuais dificuldades de expressão, como no
caso de autistas não-verbais.
Para
mediar esse processo de conscientização de toda a sociedade e fortalecimento
dos alunos neste período tão desafiador que vivemos de pandemia, o Conselho de
Representantes Discentes Autistas das Universidades Estaduais Paulistas – CORDIAU/SP,
constituído pelos dirigentes dos coletivos autistas da USP, UNICAMP e UNESP, em
parceria com a Liga de Psiquiatria e Saúde Mental (LPSM) da Faculdade de
Ciências Médicas da Unicamp dá sequência em suas atividades organizando o TEAx –
Imersão no Universo Autista nos dias 31 de março e 1° de abril de 2022, em
ambiente virtual.
Carga
horária:
16h
Programação
Dia 31 de março de
2022 - manhã |
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Horário |
Palestrante |
Tema |
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9h - 9h30 |
Andressa Samanta da
Silva (UNESP), Gia Martinovic (USP)
e Guilherme de Almeida
(UNICAMP) |
Mensagem de acolhimento
e apresentação do Conselho de Representantes Discentes Autistas das
Universidades Estaduais Paulistas – CORDIAU/SP |
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9h30 - 11h00 |
Érica Constantini e
André Torres Mediação: Guilherme
de Almeida |
Mesa-redonda 1: A
psicologia fenomenológica
a serviço da investigação psicodiagnóstica.
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Dia 31 de março de
2022 - tarde |
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Horário |
Palestrante |
Tema |
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13h - 14h |
Dr.
Rodrigo Ambrosio Fock Mediador: Bruno
de Sousa Moraes |
Genética e TEA
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14h - 15h |
Sandra Braghini
(CAPSi) e Dra. Fernanda Duarte Rosa Mediador: Me. Bruno
de Sousa Moraes |
O acesso ao diagnóstico
e tratamento do autismo na rede pública. |
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15h - 16h |
Arthur Ferreira
Garcia Mediador: Giovanna
Romaro |
A exclusão e
marginalização de pessoas autistas na área da educação. |
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16h - 17h |
Ana Muhlethaler Mediador: Giovanna
Romaro
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Autismo na mídia e
o impacto na vida real. |
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17h - 17h30 |
Intervalo |
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17h30 - 18h30 |
Sheila Geriz Mediador: Ângela
Aboin |
Quando a mãe se torna protagonista
na construção de políticas públicas para os filhos |
|
18h30 - 19h30 |
Me. Débora Gambary Debatedor: Dr. Rubens
Venditti Jr. Mediadora:
Ângela Aboin |
Reflexões e
perspectivas pela abordagem bioecológica do desenvolvimento humano |
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Dia 01 de abril de
2022 - manhã |
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Horário |
Palestrante |
Tema |
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9h - 10h |
Mariane Donato e Tatiane
Trevisan Mediadora: Guilherme
de Almeida |
Mesa-redonda 2: Equoterapia
e TEA
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10h - 11h |
Me. Rodolfo Moraes Debatedor: Dr. Rubens Venditti Jr. |
Jogos no
desenvolvimento das altas habilidades |
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Dia 01 de abril de
2022 - tarde |
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Horário |
Palestrante |
Tema |
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13h - 14h |
Dra.
Ana Carolina Wolff Mota Mediadora:
Laura Cristina Gonçalves ou Bruno de Sousa Moraes
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Família: antes,
durante e a partir do Autismo |
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14h - 16h
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- Arthur Ferreira
Garcia - Gabriela Livon - Laura C.
Gonçalves - Michelle Garcia - Pedro Melim - Sabrina
Nascimento - Tio Faso (Fábio Sousa) - Tito Aureliano - Veridiana Mellilo Mediador: Me.
Bruno de Sousa Moraes |
Nada sobre nós sem
nós |
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16h - 17h |
Palestrante: Dr. Vinícius
Barbosa Mediadora: Ângela
Aboin |
Cannabis medicinal
e TEA |
|
17h - 18h |
Célia Leão (aguardando confirmação)
Mediação:
Mahan Vaz |
Homenagem ao
Autista de Nível 2 e 3 |
|
Realização:
- Coletivo Autista da UNESP – CAUESP
- Coletivo Autista da Unicamp
– CAUCamp
- Coletivo Autista da USP –
CAUSP
- Conselho de Representantes
Discentes Autistas das Universidades Estaduais Paulistas – CORDIAU/SP
Apoio:
- Coletivo Autista da UFRJ –
CAUFRJ
- Coordenadoria de Ações
Afirmativas, Diversidade e Equidade – CAADI/UNESP
- GeneOne: Genômica e Testes
Genéticos
- Laboratório De Atividade
Motora Adaptada, Psicologia Aplicada e Pedagogia Do Esporte – LAMAPPE/UNESP
- Liga de Psiquiatria e
Saúde Mental (LPSM) da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp
- Secretaria de Estado dos
Direitos da Pessoa com Deficiência
- Torres Clínica de Psicologia
Organizadores:
- Bruno
de Sousa Moraes
- Guilherme
de Almeida Prazeres
- Maria
Ângela Aboin
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CAUCamp - Coletivo Autista da Unicamp
O CAUCamp - Coletivo Autista da Unicamp, fundado em 21 de julho de 2021, é um movimento social cuja finalidade é defender, de modo ininterrupto, o acesso e a permanência de autistas na universidade pública.
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