12 mar - 2023 • 10:00 > 12 mar - 2023 • 13:00
12 mar - 2023 • 10:00 > 12 mar - 2023 • 13:00
SOBRE:
A exploração e a precarização do trabalho é base da sociedade capitalista. Ok, isso todas sabemos, o que nem sempre conseguimos perceber por conta do processo de alienação e estranhamento, é que a sociabilidade burguesa transformou o mundo a sua imagem semelhança.
O que significa que essa exploração e precarização do trabalho não está restrita as barreiras das fábricas, pelo contrário, está diluída no discurso do cuidado e do amor, séculos de naturalização da submissão feminina e que se tornou o fio que costura a nossa vida cotidiana. Por esse fio ser fininho, nem sempre percebemos que nossas relações pessoais estão permeadas por esse modo de ser, e por isso, reproduzimos essa super exploração em nossas casas, mas a chamamos de Amor e Cuidado. Esse Amor e Cuidado, então, são a aparência de ser do modo de produção capitalista, e dessa forma nos mantém na reprodução e manutenção de sua dominação, naturalizando formas de abuso e poderio onde cada mulher mantém a produção e reprodução do capitalismo.
Embora, historicamente tenham transformado o trabalho feminino em não produtivo e inerente a sua condição de gênero desvalorizando-o, o resultado disso, é uma ultra precarização, super explorado e não pagamento dessas atividades chamadas de domésticas. É importante compreender que, quando falamos em trabalho doméstico, não estamos tratando de um trabalho como os outros, mas, sim, da manipulação mais disseminada e da violência mais sutil que o capitalismo já perpetuou contra qualquer setor da classe trabalhadora. Óbvio que, sob o capitalismo, todo trabalhador é alienado, manipulado e explorado, e sua relação com o capital é totalmente mistificada. A questão é que em relação ao trabalho doméstico reside o fato de que ele não só tem sido imposto às mulheres como também foi transformado em um atributo natural da psique e da personalidade feminina, uma necessidade interna, uma aspiração, supostamente vinda das profundezas da nossa natureza feminina.
O trabalho doméstico foi transformado em um atributo natural em vez de ser reconhecido como trabalho, porque foi destinado a não ser remunerado. O capital tinha que nos convencer de que o trabalho doméstico é uma atividade natural, inevitável e que nos traz plenitude, para que aceitássemos trabalhar sem uma remuneração.
Vamos pensar sobre essa questão juntes? Vamos desvelar esse cortina de aparência carinhosa e ver que quem segura esse véu é o patriarcado, o racismo e o capitalismo ? Como? Nesse curso, num grande círculo de cultura e trocas de ideias para construirmos teorias revolucionárias para nossas ações revolucionárias.
Tópicos:
O controle dos corpos feminizantes;
A naturalização do cuidado feminino;
Trabalho reprodutivo;
Do lar nada, trabalhadora doméstica não remunerada;
Não existe Brasil sem o trabalho doméstico não pago de corpos negros
IDEALIZAÇÃO E FACILITAÇÃO:
@samara.xavierpe
Educadora social, professora, comunista, antirracista, feminista, do sertão de Pernambuco, mora em São Bernardo do Campo, não sabe se ama mais cuscuz, livros, café ou vinho! ah, sua casa é Corvinal e tem uma queda pelos vilões mais incríveis que a humanidade já produziu: Darth Vader e a Akatsuki.
@leituraspretas
Historiadora. Mestre em História. Doutoranda em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe. Pesquisadora das relações de raça e gênero no Brasil e nos Estados Unidos. Autora do livro "O pensamento de Angela Davis: Perspectivas de liberdade e resistencia"
INFORMAÇÕES:
Datas e horários: 12/03, das 10h às 13h
Valores conscientes, você paga o quanto pode no momento!
Opção 01 - Mínimo: R$30
Opção 02 - Intermediario: R$45
Opção 03 - Ideal: R$60
Opção 04 - Fortaleceu demais: R$75
Social (opção disponível para mulheres negras, indígenas, pessoas trans e pcds) - R$20
BOLSA INTEGRAL: se você quer fazer este curso mas não dispõe de recursos financeiros no momento, mande um e-mail para oi@bravasp.com.br contando um pouquinho de você e como esse conteúdo pode ser importante <3
Curso online e ao vivo, via plataforma Zoom
Todas as aulas são gravadas e disponibilizadas para quem estiver inscrite (vídeo disponível no drive por um mês após a realização do curso)
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BRAVA
A Brava é um espaço dedicado à discussão e compartilhamento de conhecimento e trabalhos feitos por mulheres e pessoas trans. Promovemos cursos de diferentes áreas com trocas horizontais, que subvertem lógicas pré estabelecidas, fomentando um pensamento crítico, atravessado por discussões raça, classe, gênero e sexualidade. Assim movimentamos pessoas, oferecendo um espaço seguro e acolhedor para compartilhamento de saberes em um ambiente pensado para fomentar trocas e expandir conexões.
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