21 fev - 2025 • 20:00 > 24 fev - 2025 • 20:00
21 fev - 2025 • 20:00 > 24 fev - 2025 • 20:00
Depois
de se apresentarem no Edinburgh Fringe e no Brigthon Fringe, o espetáculo português
“1,2,3. M*RDA. É o meu TOC”; inicia turnê internacional pelo Brasil, em
fevereiro de 2025.
Monólogo tragicômico aborda o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) e a Perturbação de Stress Pós-Traumático (PSPT), causados por violência e abuso sexual, baseada nas estatísticas de Portugal.
1,2,3. M*RDA. É o meu TOC”, desmistifica o TOC e os desafios psicológicos que acompanham os traumas, abordando com sensibilidade, humor e profundidade temas muitas vezes estigmatizados. A peça é baseada em histórias reais, da plataforma AMUART (uma plataforma anônima onde pessoas escrevem as suas histórias relacionadas ao trauma/violência sexual), ao mesmo tempo que convida o público a rir e a sentir empatia pela protagonista.
"1,
2, 3. M*RDA. É o meu TOC."
é uma meditação sobre a vida com Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Neste
monólogo, Bibi Couceiro utiliza uma combinação de comédia e tragédia para
retratar as dificuldades de viver com TOC, dando vida aos desafios muitas vezes
negligenciados que acompanham esta condição. Através de uma mistura de verso e
prosa, Couceiro ilustra as manias, frustrações e momentos de humor negro que
caracterizam a sua experiência com o TOC, e contando também para isso, com as
participações especiais, em voz em off., das atrizes/atores Guida Vianna,
Carolina Virgüez, Theodora Duvivier, Valen Bandeira e António Terra.
O
espetáculo é uma reflexão sobre a saúde mental, usando o humor para abordar
temas sérios e oferecendo uma perspectiva sobre o que significa "não se
sentir normal".
A
peça semi-autobiográfica transporta o público através das medidas, por vezes
devastadoras, por vezes hilariantes, que a personagem tomou para lidar e
esconder as suas compulsões. O espetáculo traça o caminho que percorreu para
aceitar o seu diagnóstico num mundo obcecado por rotular qualquer sinal de
diferença, e como, apesar dos seus esforços, o seu transtorno acabou por
infiltrar-se nas suas relações amorosas. Assim, a peça cria uma intimidade
direta entre a atriz e o público, permitindo uma imersão nos conflitos internos
da protagonista. A linguagem cênica combina humor com momentos dramáticos
(incluindo as vozes em offs das histórias reais), enquanto o uso de iluminação
e som serve para sublinhar as transições emocionais e psicológicas da
personagem.
Este
é um trabalho muito ousado e audacioso. Fiquei impressionado que a escritora
(Bibi Couceiro) e a diretora (Ana Bel Golim) estavam dispostas a ir fundo nesse
transtorno para trazer suas entranhas à tona. É incrivelmente contundente e
ousa levar o público a um lugar sombrio. Foi difícil e me fez sentir muito
pesado em certos pontos da peça. Alguns dos pensamentos e momentos intrusivos
que a personagem principal vivenciou na peça foram muito relacionáveis. Uma vez
que eu estava com ela empaticamente, eu me senti preso com ela nos ciclos. As
partes em que ela não "parecia normal" também pareciam relacionáveis
e me fizeram ter empatia profunda com a personagem. No final da peça, eu saí sentindo
todo o peso do que eu tinha acabado de ver e eu senti esse peso muito depois
que a peça terminou.
Vulnerável, corajoso e ousado. Esta é uma peça desconfortável que mergulha o
público na experiência de passar pelo TOC – Fringe Review. Daring Work. Por
Bem Aarons. 10.8.24.
O
TOC da personagem também foi agravado quando experienciou trauma em segunda
mão. Como referência a isso, Bibi Couceiro ao escrever fez uma parceria com a
AM•UAЯT, uma plataforma que defende as vozes de sobreviventes de agressão sexual:
histórias reais estão entrelaçadas na narrativa, lançando luz sobre as
repercussões psicológicas e às vezes inesperadas, deste tipo de trauma.
Sinopse:
Num
mundo repleto de feiura, desespero e pessoas que te tocam com mãos sujas, o
Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) tornou-se um mecanismo de defesa. Mas não
é o típico TOC do dia-a-dia; é aquele que se torce no estômago e aparece, sem
convite, na mente. "Ela" tenta esconder os seus sintomas, como tocar
em coisas três vezes, mas isso está no seu DNA. Para seu desconforto, o mundo
começa a notar. Mas calma. É uma comédia. Bem, uma tragicomédia. Um monólogo
cheio de 1, 2, 3's, que alterna entre verso e prosa, desconstruindo as razões
de como e por que "Ela" vive com essa condição. Esta curta peça
aborda a Perturbação de Stress Pós-Traumático (PSPT), causado por violência
e/ou abuso sexual, que agravou o TOC desta jovem, levando-a a não se sentir
"normal". Baseada em histórias reais.
Sobre
Bibi Couceiro: atriz
e produtora portuguesa. Após estudar Teatro na Universidade de Warwick e na
American Academy of Dramatic Arts em Nova Iorque, interpretou Liz em Just
One Question? Pode ser vista também nos cinemas portugueses, no papel de
Leonor em Chuva de Verão. Também produziu e participou o documentário One
Week 'Till Doomsday, que acompanha uma equipa de cineastas numa viagem pelo
país nos dias que antecederam as eleições presidenciais americanas de 2020 (com
a participação de Bob The Drag Queen, Henry Rollins e Christian Walker).
Sobre
Ana Bel Golim: guionista,
escritora e encenadora, com participações em guiões de cinema e televisão e
publicidade. Licenciada em Comunicação Social e Cultural pela Universidade
Católica de Lisboa e pós-graduada em Storytelling pela Escola Superior de
Comunicação Social, também em Lisboa. Com participação em guiões de séries
para OPTO como “Azul” e “Santiago”, e
programas de entretenimento para SIC e TVI. Autora do livro "Quando a Vida
Acontece" e host e criadora do podcast "E Agora?". Recentemente
estreou-se como encenadora no festival Fringe de Edimburgo e de Brighton com a
peça “1.2.3. Shit. That´s my OCD”.
Repleta
de verdades que desafiam mitos e de anedotas sinceras, este espetáculo funde-se
num monólogo que vai fazer questionar o que se pensa saber sobre o TOC.
Baseada
em histórias reais de Portugal
A
peça é baseada em histórias reais e toca em questões de extrema relevância no
cenário atual. Dados da Associação de Apoio à Vítima (APAV) revelam que, em
2022, foram registrados cerca de 2.000 casos de crimes sexuais em Portugal. No
entanto, estima-se que o número real seja muito maior, já que muitas vítimas
não denunciam o abuso devido ao medo, vergonha ou falta de apoio. Entre as
crianças e jovens, o Estudo Nacional sobre a Violência Sexual contra Crianças e
Jovens de 2020 aponta que cerca de 20% deles já foram vítimas de algum tipo de
abuso sexual.
Esses
números evidenciam a urgência de se abordar o tema do abuso sexual e do trauma
associado a ele. A violência sexual continua a ser um tema de difícil discussão
na sociedade, e muitas vítimas convivem em silêncio com as consequências
psicológicas desse trauma. Esta peça tem como objetivo criar um espaço de
diálogo e reflexão, proporcionando ao público uma nova perspectiva sobre a
saúde mental e o impacto do trauma.
No
cérebro de uma pessoa com TOC, há uma combinação de hiperatividade cerebral,
desequilíbrios neuroquímicos e respostas exageradas a ameaças percebidas, o que
torna os pensamentos obsessivos e os comportamentos compulsivos difíceis de
controlar. A compreensão dessas mudanças neurofisiológicas reforça a
necessidade de empatia e cuidado no tratamento do TOC, o que será refletido na
obra.
Acreditamos
que este projeto tem o potencial de tocar e transformar, ao mesmo tempo que
provoca risos e reflexões. O teatro, como espaço de troca, é uma ferramenta
poderosa para abordar questões difíceis, e esta peça oferece a oportunidade de
discutir traumas e transtornos de uma maneira inovadora e acessível.
Ficha
Técnica:
Texto
e atuação Bibi Couceiro
Adaptação
e direção Ana Bel Golim
Figurino Milhanas
Iluminação
Ana Bel Golim
Trailer
Custard Club Studios (dirigido por Sofia Couceiro)
Fotografia
poster Joana Calejo Pires
Fotografia
de cena Christopher Fernandez
Artes
gráficas Joana Bruno
Parceria
ONG Catarina Couceiro
Produção
AM•UART e Bibi Couceiro
Histórias
reais AM•UART e Elizabeth Wakefield
Serviço:
Dias
21 a 24 de fevereiro de 2025.
Horário: Sexta, Sábado e Segunda as 20h e Domingo as 19h
Local: Sede da Cia dos Atores
Endereço: Rua Manuel Carneiro, 12
Classificação: 12 Anos
Duração: 50 min.
Lotação: 68 lugares
Instagram: @123.shit.thatsmyocd
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Saiba como editar participantesRua Manuel Carneiro, 12 Santa Teresa
Rio de Janeiro, RJ
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