Criado em São Paulo em 2017, num período entre o impeachment da presidenta Dilma e a morte de Belchior, o bloco toma emprestado as canções mais políticas do compositor cearense para gritar em alto e bom som que, apesar das derrotas, seguiremos na luta. Além de clássicos como Apenas Um Rapaz Latino-Americano e Como Nossos Pais, e de canções potentes como Alucinação e Comentário a Respeito de John, o bloco toca composições próprias e músicas de outros artistas que dialogam com o universo político de Belchior, como Baioque (Chico Buarque), Menina Amanhã de Manhã (Tom Zé), Divino

Maravilhoso (Caetano e Gil) e Sulamericano (Baiana System), além de fazer citações a Chico Science & Nação Zumbi, Rage Against The Machine e White Stripes.

Com uma bateria que quando completa chega a 40 integrantes, o Esse Ano Eu Não Morro conta ainda com seis vozes, guitarra, cavaquinho, baixo e trompete. Em arranjos sempre surpreendentes, o bloco vai do funk ao maracatu; do frevo à pulsação do samba, numa presença de palco e rua que muitas vezes remete ao pop e ao rock.

Evoluções, bandeiras, projeções em vídeo, alegorias e palavras de ordem fazem das apresentações experiências únicas, que trazem para o universo carnavalesco referências de manifestações políticas, do teatro e das artes visuais.

Desde o Carnaval de 2017, o bloco marcou presença em diversas manifestações políticas e também em espaços culturais como Al Janiah, Casa Natura Musical, Casa do Baixo Augusta, Estação Rio Verde, Estúdio Bixiga, Trackers, Ocupação Nove de Julho e Pinacoteca do Estado de São Paulo, sempre esbanjando energia e engajamento para enfrentar tempos obscuros.

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