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antiespecismos subversivos: abordagens dissidentes da animalidade

07 abr - 2025 • 19:00 > 09 abr - 2025 • 21:00

Evento Online via Zoom
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antiespecismos subversivos: abordagens dissidentes da animalidade

07 abr - 2025 • 19:00 > 09 abr - 2025 • 21:00

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Contribuição
valor consciente - Idealizado

R$ 110,00 (+ R$ 11,00 taxa)

em até 12x R$ 12,51

Contribuições até 07/04/2025

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valor consciente - Intermediário

R$ 85,00 (+ R$ 8,50 taxa)

em até 12x R$ 9,67

Contribuições até 07/04/2025

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valor consciente - mínimo

R$ 60,00 (+ R$ 6,00 taxa)

em até 12x R$ 6,83

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A taxa de serviço permite a manutenção de nossa plataforma e a continuidade dos serviços prestados pela Sympla.Saiba mais.
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Descrição do evento

SOBRE:

São bastante latentes as inquietações em relação às existências que a Modernidade colonial designou como “outre”, isto é, existências violentadas, oprimidas e subalternizadas até os dias de hoje. Em função disso e, quem sabe, a partir do conhecimento e percepção de que estas outridades não são necessariamente Humanas, as discussões antiespecistas têm buscado ocupar um lugar sob esse guarda-chuva contracolonial como forma de reafirmação da resistência a tudo aquilo que é normativo e hegemônico.


Nota-se que, ao falar de Humanidade ou Humano, utilizamos maiúsculas pois reconhecemos as operações coloniais de opressão sob as quais nem todas as vidas pertencentes a (essa suposta) espécie Homo sapiens ocupam o lugar de centralidade moral e política: isto é, algumas vidas humanas são conjugadas sob a sub-humanidade ou não-humanidade em virtude de desviarem de um padrão normativo - este padrão corresponde ao homem heterocis branco, dito saudável, neurotípico, do Norte-global, magro, entre outros.


Diante disso, este (per)curso nasce a partir das nossas existências subalternizadas para reivindicar narrativas novas e milenares em relação ao que é nomeado enquanto não-humano e que, por isso, torna-se, sob os braços do cistema, menos merecedor de contemplação ética-moral e política. Isto é, busca-se reconhecer o especismo enquanto opressão, mas não só… trata-se de reconhecer a colonialidade e o colonialismo enquanto forjadoras de um mundo (globalizado e geocentrado sobre o Norte-Global) especista em sua estrutura, abarcando aspectos culturais, políticos e econômicos.


Quando Lugones (2014) afirma que a dicotomia central da Modernidade - imposta no período colonizatório e presente até os dias de hoje - é a de Humano X não-humano, podemos desenvolver ou visibilizar críticas antiespecistas decoloniais que reconheçam o recurso animalizatório enquanto ferramenta de inferiorização ética e política e que, portanto, alcança tanto seres humanos como animais mais-que-humanos.


Ao apresentar uma genealogia colonial do especismo, situando-o enquanto opressão estrutural e estruturante, buscaremos trazer visibilidade e/ou construir antiespecismos sob a inevitável lente contracolonial. Por conseguinte, o curso abordará o antiespecismo enquanto prática ao apresentar alternativas que buscam enfrentar o aparente monopólio do Veganismo (também em maiúsculas) enquanto única narrativa possível para se articular respostas em prol das existências mais-que-humanas. Sendo assim, abordaremos esses antiespecismos de formas plurais, sempre a partir das perspectivas das dissidências de gênero, anticapitalistas, anticapacitistas, antirracistas e originárias.


Iniciaremos este (per)curso debatendo o conceito de especismo, sua estruturalidade na sociedade vigente e sua relação com a colonialidade, evidenciando a imposição de binarismos (Humano x não-humano e outros) no que diz respeito à leitura do mundo colonial. Serão abordadas também as problemáticas do Movimento Vegano enquanto narrativa única e/ou dominante para a libertação animal e suas alternativas anticapacitistas.


No segundo dia, contaremos com um debate sobre antiespecismos originários, trataeremos do Bem Viver enquanto cosmopercepção alternativa e as múltiplas possibilidades de construção de comunidades interespécies serao trabalhadas coletivamente.


Para encerrar, realizaremos com uma roda de conversa cujo elemento disparador será uma declamação de “muito mais-que-humana: a desistência da espécie enquanto práxis decolonial”, uma poesia-manifesto-automitobiografia, que dialoga com muitas das referências expostas ao longo dos dois primeiros dias e introduz alguns outros conceitos, como o da desistência da espécie, que a autora propõe enquanto elemento fundamental para uma revolução epistêmica, a qual julga necessária frente ao colapso ambiental inerente ao sistema capitalista colonial moderno. Vem com a gente?


Dia 1

O que é o especismo?

Especismo estrutural

Relação com a colonialidade

Especismo como binarismo

As problemáticas do Movimento Vegano

Antiespecismos anticapacitistas


Dia 2

Antiespecismos originários

Bem viver

Comunidades interespécies


Dia 3

muito mais-que-humana

desistência da espécie

coletivas multiespécie

alianças selvagens

confabulação de mundos outros



IDEALIZAÇÃO E FACILITAÇÃO:

Mar Revolta (@mar.revolta) é travesti sapatão não-binária, desistente da espécie, tatuadora, educadora ambiental e idealizadora do podcast Revolta Climática. Militante ecossocialista pelo Subverta (@subvertamos) e antiespecista pelo C.A.V.A.L.O. (@coletivocavalo). Graduada em Engenharia Mecatrônica pela Escola Politécnica da USP e mestra em Engenharia Mecânica pela TU-München. Também concluiu os cursos de extensão em Emergência Climática (52h) e Limites Planetários, Colapso Ambiental e Antropoceno (60h) pela Universidade Estadual do Ceará. E-mail: mar.revolta.23@gmail.com


Martina Davidson (elu/ela) é sapatão não-binárie, transfeminista decolonial, anarquista e militante em prol da libertação animal. Mestrie (UFF) e doutorande (UFRJ) em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva. Professore e pesquisadore nas temáticas de gênero, animalidade, decolonialidade e anticapitalismos. Autore do livro "Repensando o Veganismo", publicado pela editora Ape'ku (2021).


Okara Yby (elu/ela): é indígena em diáspora e retomada. Integra o Arco Potyguara RJ e a Comissão de Saúde Indígena em Contexto Urbano do Rio de Janeiro. Graduou em Psicologia (UFF) e é mestrande em Relações Étnico-Raciais (CEFET). É uma pessoa agênero/contrabynárie e com deficiência (fibromialgia).



INFORMAÇÕES:

Datas: 07/04 + 08/04 + 09/04, das 19h às 21h


Valores conscientes, você paga o quanto pode no momento!

Opção 01 - Mínimo: R$60

Opção 02 - Intermediario: R$85

Opção 03 - Ideal: R$110


BOLSA INTEGRAL/PARCIAL: se você quer fazer este curso mas não dispõe de recursos financeiros no momento, mande a sua solicitação de bolsa através do seguinte formulário: https://docs.google.com/forms/d/1PgC3ZiV1l3Xba7KJ_0z8rSakIdkPLdLT5E2AMDs0Ksg/preview


Curso online e ao vivo, via plataforma Zoom

Todas as aulas são gravadas e disponibilizadas para quem estiver inscrite (vídeo disponível no drive por um mês após a realização do curso)

Emissão de certificado de participação para quem assistir às aulas ao vivo.

Política do evento

Cancelamento de pedidos pagos

Cancelamentos de pedidos serão aceitos até 7 dias após a compra, desde que a solicitação seja enviada até 48 horas antes do início do evento.

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Sobre o produtor

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BRAVA

Um espaço de construção de comunidades a partir do compartilhamento de conhecimentos e à produção de saberes contra-hegemônicos. Os caminhos desenhados pela Brava passam por cursos, oficinas, aulões, rodas de conversa e outras iniciativas educacionais, centradas em discussões sobre raça, classe, sexualidade, gênero, colonialidade e pela formação de um pensamento crítico no geral, idealizadas e facilitadas por sujeites que moldam suas vozes a partir do enfrentamento à esses sistemas.

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