Cavaquinista e compositor de 84 anos realiza primeira apresentação do novo trabalho, o EP Encantado, na Casa do Choro, no dia 28 de julho 

Ele acompanhou nomes como Cartola e Pixinguinha e tem mais de 60 anos de carreira. Aprendeu a arte do cavaquinho de maneira autodidata, ainda menino, na década de 1950, e criou um método original de tocar, com harmonias inspiradas no acordeon, seu primeiro instrumento. Ele é José Siqueira de Alcântara, também conhecido como Mestre Siqueira, que, aos 84 anos, faz show de lançamento do seu novo trabalho, o EP "Encantado", na Casa do Choro, no dia 28 de julho, quinta-feira, às 19 horas. 

O cavaquinista se apresenta ao lado de seu regional em formação intimista, composto por Wanderson no cavaquinho, Wellington Monteiro no violão 7 cordas e Dizzy do Pandeiro no pandeiro. O show ainda terá participação especial do cantor e compositor Marquinho China. A produção é de Camilo Árabe e a realização é do Coletivo Sindicato do Samba em parceria com a Casa do Choro. 

Encantado

O EP "Encantado" dá continuidade ao registro da obra autoral de Mestre Siqueira e apresenta 5 faixas inéditas. São três sambas que ganharam arranjos de amigos e músicos notórios, como o também cavaquinista Alceu Maia, que assina "Um Doce Olhar", samba que tem a participação especial do cantor, compositor e partideiro, Marquinho China.  

O repertório também traz "Mangueira do Amanhã", música que Siqueira divide a voz com o sambista Léo Pereira em arranjo de Paulão 7 Cordas, enquanto o cavaquinista Wanderson Martins foi o responsável por harmonizar "Indiferença". O trabalho ainda conta com dois choros: "Encantado", música que dá nome ao EP e apresenta o flautista Josias Nunes, e "A Caminho de São Paulo", música gravada em formato ao vivo e que teve a participação especial de Luizinho 7 Cordas, notório instrumentista paulistano. 

Viabilizado graças ao êxito de uma campanha de financiamento coletivo, o projeto tem coordenação e produção do jornalista e produtor musical Camilo Árabe e dos músicos Wellington Monteiro e Pedro Cantalice. As artes de capa são da ilustradora Helena Bousquat e a realização do projeto é do Coletivo Sindicato do Samba. As gravações foram realizadas no WM Estúdio, no Rio de Janeiro, entre o final de 2021 e abril de 2021, com exceção da faixa "A Caminho de São Paulo", gravada em março de 2020, no Biriguibam Estúdio, na cidade de São Paulo.