Cia. Teatrando, Movimento Indigena Ambo Taheantah e A/R Produção Cultural, realiza a produção do espetáculo 'Casca Origem e Tempo' que será apresentado no Teatro Solar.  Com dramaturgia e atução de Adryana Ryal (Petara Puri), o solo narra fatos da vida, do pensamento e da resistência de uma “benzedeira da mata” do povo Puri, que percebe ao longo do tempo, suas matas sendo ocupadas e destruídas e sua vida passando rápido. O espetáculo Casca, Origem e Tempo  estará em carta apenas um dia, dia 05 de outubro e contará com a presença do musicista e guardião de instrumentos sagrados Bruno Rubet Puri.

O espetáculo

A personagem, chamada Raiz, é uma moradora dem meio a mata próximo do rio (Rio do Peixe). Precensiou queimadas, matanças e tantos outros acontecimento, que a tornaram uma guerreira da vida. “Mas Raiz, não desiste de manter seu modo de vida, plantar suas sementes e acreditar nas cascas das árvores, nas raízes e nas folhas que utiliza, diante da ausência das cores da vida; e dos perfumes da natureza”, explica a autora e atriz do espetáculo, Adryana Ryal – de Juiz de Fora (MG), que pertence à etnia Puri.

“A peça é um grito poético, de socorro e pelo respeito à população da originário, de contexto rural, não aldeado, que sofrem invisibilidade, que acreditam nas águas, flora, fauna, origens e cultura que têm sido arrasadas, desde o início da colonização”. A narrativa acrescenta que, para os Puri, o “povo das matas” inclui, além das pessoas, os vegetais e animais – como as aves, tudo tem seu lugar, seu respeito, sua função de vida.

No soolo apresenta-se com traje e adereços típicos, a artista apresenta pequenos instrumentos musicais de sopro, com formas que imitam cabeças de pássaros e cujos sons, autorais, ao vivo, reproduzem os cantos do macuco, do uru, do açu e outros, como o chamado da cabloca de mata, o som da chegada da Ponãn. Diante da devastação da mata do seu povo, Raiz continua a andar, de lugar em lugar, com os objetos e instrumentos sagrados de seu povo, acreditando que um dia as coisas irão melhorar; toca os apitos melódicos; canta e dança, juntamente com o público, em uma atmosfera sonora florestal.

 Na poesia, a base

“Criei o roteiro a partir de poemas, que fiz durante o distanciamento no periodo pandemico, e da reflexão sobre o afastamento, existente desde antes, na sociedade atual”, relata a autora. Nos textos poéticos Cores da Solidão, publicado em Poetize 2021 - Antologia Poética, e Casca descasca raiz de origem, em Poéticas de um Corpo, ambos livros escritos por Adryana, com linguagem figurada, ela critica a “nova era da civilização” e o desrespeito dos governos aos indígenas e à floresta. “Assim se instala o vazio, o desmatamento, as doenças e o caos”, conclui.

Casca Origem e Tempo é um convite a reflexão do tempo efêmero que vivemos, é um pedido de resgate a memória, a origens e ao respeito com povos que vieram muito antes de nós.

Serviço

 Espetáculo teatral

Casca, Origem e Tempo

De 05/10 as 20h

Classificação indicativa: 12 anos

Ingressos: R$ 50 | Meia-entrada: R$ 25
Duração: 50 minutos

Ficha Técnica

Dramaturgia, poética, direção, atuação: Adryana Ryal - Petara Puri

Iluminação: Ryal / Oper:  Tiê Fontoura

Paisagem sonora e instrumentação: Bruno Rubet Puri

Figurino: Luciene dos Reis e  Adryana Ryal

Adornos e Artesanatos Indigenas: Adryana Ryal Puri

Técnica, bilheteria: Luidy Mendonça E Alessandra Danielle

Equipe de Apoio: Ambo Taheantah

Cenário: Cia. Teatrando e Ambo Taheantah

Realização: A/R Produção Cultural

Mais informações sobre o espetáculo
Redes sociais: @cia.teatrando e @ryaladryanapuri
Whats.: (32) 988786189