Descrição do Evento
Prepare-se para uma experiência teatral única com a peça Cesária. Com uma montagem que desafia a linearidade do tempo, o espetáculo nos transporta para uma trama envolvente, onde o passado e o futuro se entrelaçam. A busca do Filho pelo pai no passado se contrasta com os planos da Mãe de assassinar o patriarca no futuro, revelados através de cartas enviadas ao pródigo. Embarque nessa jornada emocionante e surpreendente!
Programação do Evento
- 1º a 10 de setembro de 2023
- Sextas e sábados, às 21h
- Domingos, às 19h
Local
O espetáculo Cesária será realizado no Teatro Cacilda Becker, localizado na R. Tito, 295 - Lapa, São Paulo - SP, 05051-000. O teatro é conhecido por sua estrutura moderna e aconchegante, proporcionando uma experiência teatral única para o público.
Como Comprar na Sympla
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Chamada à Ação
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Cesária
Em São Paulo/SP
Local: Teatro Cacilda Becker
Endereço: R. Tito, 295 - Lapa, São Paulo - SP, 05051-000
1º a 10 de setembro de 2023 - Sextas e sábados, 21h. Domingos, às 19h.
Gratuito - Retirada de ingressos pelo Sympla
Ficha Técnica
Dramaturgia e direção: Morgana Olívia Manfrim
Elenco: AIVAN (mãe), Morgana Olívia Manfrim (filho) e Nata da Sociedade (Cesária)
Cenografia e pintura: Max Ruan
Cenotécnicos: Leandro e Zito Rodrigues
Design e operação de luz e projeção: Benedito Ximenez
Composição de trilha e bateria: Henrique Kehde
Letrista: Nata da Sociedade
Beleza: Camila Britto
Figurino e costura: Amber Luz
Assistência de figurino e costura: Dandara Marya
Rigger: Lui Castanho
Coordenação de Produção: Morgana Olívia Manfrim
Produção executiva: Karen Sobue e Flora Terra
Assistente de produção: Max Ruan
Camêra Performance: PJ AFROP
Fotografia e Vídeo: Vine e Bruna Carvalho
Design do programa: Gabriel Franco
Assessoria de Imprensa: Canal Aberto Comunicação
Realização: Coletiva Profanas e CASA8
Este é um espetáculo financiado pelo EDITAL PROAC Nº 40/2022 – CIDADANIA CULTURAL / PRODUÇÃO E REALIZAÇÃO DE PROJETO CULTURAL / CULTURA LGBTQIA.
Mais informações: @coletivaprofanas www.coletivaprofanas.com.br
A Coletiva Profanas estreia dia 1º de setembro, sexta-feira, no Teatro Cacilda Becker (Rua Tito, 295 - Lapa), em São Paulo, o espetáculo Cesária, com elenco composto por AIVAN (Mãe), Morgana Olívia Manfrim (Filho), Nata da Sociedade (Cesária) e trilha sonora ao vivo com o baterista Henrique Kehde. Em uma montagem fragmentada que não se detém à passagem tradicional do tempo, o espetáculo parte de uma trama em que o filho procura pelo pai desaparecido e que começa a escrever-lhe cartas que se misturam ao passado e ao presente. Nessa busca pelo pai, o filho encontra sua mãe e Cesária, a travesti grávida de um planeta. As tramas remetem a tempos epi-pandêmicos - recentes e de outrora - , como a de HIV/AIDS, iniciada no fim dos anos 1980 e a da COVID-19, de 2020. A menção às pandemias não está implicada de modo objetivo, mas sim num campo de ambientação dessas duas épocas que se encontram.
A peça toca exatamente no assunto da travestilidade, porque desafia o público a entender seu olhar sobre uma pessoa transicionada em diversas gerações. - A dramaturgia surge com a necessidade de afirmar que pessoas trans não nasceram em um corpo errado e que a cisgeneridade não é uma condição intrínseca ao ser humano. Ninguém nasce cisgênero, vocês se tornam! - , conta Morgana Olívia Manfrim, que além de estar em cena como o Filho, interpretando um suposto “homem cisgênero”, sendo ela travesti, também assina direção e dramaturgia. A artista complementa que a escrita desta peça, que começou a ser criada em 2020, parte de um desejo de falar, tanto para o futuro quanto para o passado, que é necessário confiar no sonho de se tornar quem se deseja ser.
A construção do encenação (cenografia, figurino, efeitos especiais e iluminação) inicia em paralelo com o estudo da dramaturgia pelo elenco. Cesária, que não obedece ao cronológico propondo uma espiralar temporal que inverte a lógica de nascer e morrer para morrer e nascer, se torna um fator fundamental para a construção da montagem da cenografia, trilha e a constante transmissão de vídeo ao vivo, que também está presente no espetáculo. Além da inversão de morte e vida, a dramaturgia e a direção dialogam com paradoxos da grávida, feto e médica de um corpo só, a travesti grávida de um planeta e a auto-cesárea sem bisturi.
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Todas nós morremos. Toda transformação tem desejo. E desejo é impulso de morte, porque é reconhecimento de falta. E para suprir um desejo, preencher uma vontade é preciso matar essa lacuna. Portanto, eu preciso matar também a Mãe. Pois, é o que um dia eu mais quis e agora me preenche. Se eu não matar a Mãe ficarei para sempre parada.
Você seria capaz de matar? Capaz de matar sua Mãe? Para descobrir quem matou o pai é preciso matar a Mãe. Eu de fato estou em casa e você irá me encontrar. Mas apenas se seguir minhas regras. Volte para a casa de Cesária e faça o que é preciso. Não sei se estou morta ou se estou viva. Mas uma coisa eu sei: Eu hoje sou Mãe. E você não será o eterno filhinho!
Trecho de Cesária
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Telas pintadas à mão em tinta acrílica pelo artista plástico e homem trans Max Ruan, compõem o cenário e indicam transições de planos ao dividirem espaço com telas digitais compostas por códigos binários de computadores que falham, trazendo novos caracteres para o sistema, que passa a codificar à sua própria maneira. "Está tudo presente, movimento e inércia, envelhecimento e nascimento, morte e vida, descoberta, procura, transmutação, identidade, medo, sonho e glória. Ancestralidade é para frente e para trás.", diz Morgana que ressalta que para pessoas transgêneras as fases de infância, adolescência, adulta e idosa coexistem de diferentes formas relacionadas ao momento de sua transição “Chegamos a recontar nossa idade depois de nossa consciente transição de gênero. Mas isso não quer dizer que antes não éramos trans.” A dramaturga, atriz e diretora conta que a palavra Cesária, além de nomear a peça, também parte de uma das possíveis origens desse termo - uma referência ao nascimento do Imperador Júlio César, cuja mãe teria morrido durante o parto, fazendo com que sua retirada da barriga fosse feita via incisão abdominal. "Desde de quando surge a cesariana no mundo é um ato de morte e vida por ser um corte no ventre da mãe morta para salvar o feto. E mesmo que ela estivesse viva, antes do surgimento da anestesia na medicina, era certo que a cesariana gerava órfãos, como Júlio César. E isso tem a ver com o espetáculo - essa relação de matar e morrer para que se possa ser si mesmo. De matar o homem ou o filho dentro de si para se tornar a mulher que se é. De tornar-se identidade no mundo, independente de cis ou trans.", explica a diretora.
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