A peça teatral Cidades Mortas é um olhar irônico sobre a naturalização dos meios usados na construção de cidades e vida em sociedade, onde honestidade e corrupção se confundem como modelos de existência social. 

Entre o entretenimento e a reflexão, Cidades Mortas trás “acontecimentos históricos da instalação de uma nação sobre florestas e terras férteis”. A obra aborda questões que permeiam a construção social do país, propondo uma reflexão sobre a cidade versus manutenção da vida, entendendo a relação meio ambiente/cidade/sociedade como uma construção viva.

 O texto escrito por Mauro Zanatta, baseado no conto Um Homem Honesto, de Monteiro Lobato, na carta de Pero Vaz de Caminha e no Sermão do Bom Ladrão, do Padre Antônio Vieira, conduz a uma viagem pelo imaginário de cada um, instigando nosso olhar sobre aquilo que vemos como nação. 

 O espetáculo Cidades Mortas é mais uma voz em meio a muitas, que sente a urgência de um olhar mais criterioso sobre o universo de relações que se estabelecem em nossas cidades. Pois uma desconfiança paira sobre nossas cabeças: Afinal, o que é uma cidade? Ou, como vamos continuar daqui pra frente? E nossa mais sincera desconfiança diz que, talvez, seja dando um passo atrás.