17 jul - 2022 • 20:00 > 17 jul - 2022 • 21:00
17 jul - 2022 • 20:00 > 17 jul - 2022 • 21:00
Espetáculo “Corpo Minado” reforça a importância da presença feminina negra, periférica e LGBTQIA+ no setor artístico e cultural
“A gente nunca quis falar da dor dessas mulheres que é algo dado, mas, apesar disso, ela não é a protagonista da história das mesmas”, ressaltou a diretora Desirée Santos
Após a suspensão por quase dois anos diante da pandemia de Covid-19, está de volta aos palcos o espetáculo “Corpo Minado”, no próximo dia 7 de julho, no Teatro Sérgio Porto, Humaitá, no Rio de Janeiro, evidenciando a fragilidade, força, pluralidade, potência e a luta de mulheres negras, periféricas e LBTQIA+ para conquistarem espaços pelo setor artístico e cultural do Brasil.
Vencedora do prêmio Programa de Fomento à Cultura (FOCA), na categoria “Arte antirracista”, a peça, que segue até dia 17 de julho, elucida as complexidades da estrutura social enfrentada por mulheres marginalizadas na intercecção de gênero, sexualidade, raça, classe e território em suas trajetórias.
A diretora Desirée Santos destacou a importância deste projeto. “Estamos muito felizes com este espetáculo idealizado pelo Grupo Atiro que para nós é uma grande retomada. A gente nunca quis falar da dor dessas mulheres, ela não é a protagonista da história das mesmas. O espetáculo aborda na ficção a importância da oralidade como tecnologia ancestral e contemporânea de um jeito lúdico e bem humorado, reunindo memória, e corpo como principais pilares construtores da cena”, ressaltou.
“Corpo Minado” é uma proposta do ‘Grupo Atiro’, oriundo da Maré, em atividade desde 2016. Iniciado em 2020, depois do intervalo do período que acontecia no teatro do SESC Ginástico devido ao cenário pandêmico, o projeto atual conta com a remontagem cênica e dramatúrgica do espetáculo, apresentações e debates com o público. E, antes disso, a peça já realizou temporadas pelo Centro de Artes da Maré (2018), UNIRIO (2019), Mostra SESC Regional de Artes Cênicas da Zona Norte (2019), no SESC Ginástico (2020) e a versão virtual “Corpo Minado em quarentena” no mesmo ano.
SOBRE O ESPETÁCULO
O espetáculo “Corpo Minado” aborda as complexidades da estrutura social enfrentada por mulheres negras periféricas na intercecção de gênero, sexualidade, raça, classe e território em suas trajetórias. No palco cinco atrizes encenam narrativas sob diferentes perspectivas, além das suas ações no cotidiano no seu aspecto tecnológico e afetivo. No jogo cênico, elas encontram espaço para suas perspectivas, através de uma escrita autobiográfica que perfura a trama fictícia, na maneira particular de como uma organização milenar atravessa suas vidas, ressaltando a importância da ocupação de mulheres negras, periféricas e LBTQIA+ na Cultura.
Corpo Minado faz parte do Projeto Agora Sei o Chão Que Piso, composto por quatro dramaturgias distintas que encontram, na memória dos integrantes do Grupo Atiro, fagulhas que fazem da cena canais de denúncia de uma estrutura que por anos violenta corpos periféricos.
SINOPSE
Num salão de beleza, sobreviventes de um massacre formam um esquadrão secreto que luta para garantir um futuro onde mulheres negras continuem a existir.
FICHA TÉCNICA
Direção: Desirée Santos e Wallace Lino
Assistente de Direção: Paulo
Victor Lino
Elenco: Jaqueline Andrade, Kamyla Galdeano,
Vanessa Azevedo, Vanu Rodrigues e Vicentina Flôr
Atrizes que também escreveram essa história: Adrielle Vieira, Barbara Assis, Camila Rocha, Lais Lage, Livia
Laso, Luciana Barros, Nádia Bittencourt e Priscilla Monteiro
Participação Especial: Dominick
di Calafrio, Leda Horsth, Luciana Barros e Sofia Santos
Figurino: Desirée Santos, Paulo
Victor Lino e Wallace Lino
Cabeças: Retinto Fercar
Direção Musical: Adrielle
Vieira
Direção de Luz: Tainã
Miranda
Direção de Movimento: Camila
Rocha
Direção de Produção: Wellington
de Oliveira
Assistência de Produção: Paulo
Victor Lino
Produção de Vídeo: Mariluci
Nascimento
Direção de Vídeo: Cafuné
na Laje e Iury de Carvalho Lobo
Vídeo Cenário do Gamer: Miguel Bandeira e Rebecca
Moure
Imagens Maré: A. F. Rodrigues, Fagner França e Ratão Diniz
Imagem do Mar: Coletivo Bonobando
(captação: Rodrigo Savastano)
Captação de Audio e Vídeo: JV
Santos, Jonas Rosa e Gustavo Guimarães
Still: Eduardo Santos
Operadora de Som: Lais
Lage
Operador de Vídeo: Paulo
Victor Lino
Arte Gráfica e Fotografia: Matheus
Affonso
Social Midia: João Pedro Zabeti
Dramaturgia: Wallace Lino
Colaboração Dramatúrgica: Adrielle Vieira, Barbara Assis, Caju Bezerra, Camila Rocha, Desirée Santos, Jaqueline Andrade, Kamyla Galdeano, Lais Lage, Livia Laso, Luciana Barros, Marcos Diniz, Nádia Bittencourt, Phellipe Azevedo, Priscilla Monteiro, Vanessa Azevedo, Vanu Rodrigues e Vicentina Flôr
Referências Bibliográficas: Tornar-se
Negro - Neusa Santos Souza; O que é lugar de fala? - Djamila Ribeiro; O templo
dos meus familiares - Alice Walcker; O caminho de Casa - Yaa Gyassi; Quem tem
medo do feminismo negro? - Djamila Ribeiro; Mamãe & Eu & Mamãe - Maya
Angelou
Assessoria de Imprensa: Monteiro
Assessoria - Laís Monteiro
SERVIÇO
Datas: 07 a 17 de julho | Quinta a sábado, às 20h; Domingo, às 19h
Duração: 60 minutos
Valor: GRATUITO
Classificação Indicativa: 18 anos
Você poderá editar o participante de um ingresso apenas uma vez. Essa opção ficará disponível até 24 horas antes do início do evento.
Saiba como editar participantesRua Humaitá, 163 Humaitá
Rio de Janeiro, RJ
WDO PRODUÇÕES
A WDO Produções é uma produtora cultural, cria da favela do Caju, cuja missão é estimular a voz e a expressão de artistas periféricos e favelados. Seu negócio consiste em oferecer a capacitação e/ou produção a projetos culturais, proporcionando a sua estruturação, com a finalidade de valorizar e projetar a identidade e linguagem dos nossos territórios de origem. Seu objetivo é ampliar e fortalecer uma rede de profissionais das diversas áreas culturais, gerando renda que circule entre os nossos.
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