CORPOS INVENTADOS, TRAVESSIA PERFORMÁTICA PELA POESIA DE MANOEL DE BARROS

 MARTIN DOMECQ

SERVIÇO

carga horária : 18h

dias: terças, sextas e sábados do dia 07 ao dia 18 de janeiro

horário: das 9h às 12h

mostra final : dia 26 de janeiro às 10h

vagas: 20

público alvo: atores/atrizes, dançarinos/as, performers,poetas, leitores/as, inquietos/as, palhaços/as, desterrados/as e crianças acima de 18 anos

Sinopse da oficina

 Performar a poesia, ler com o movimento, com os sentidos, com os afetos, com vozes secretas, com artefatos imaginários, através de lugares recordados, com o que passa no mundo, com corpos inventados. Habitar o poema e ouvir: o que o poema diz sobre nós, sobre hoje, sobre agora, sobre os descompassos de nosso tempo e nosso andar no mundo. Acolher desconcerto, desobediência, destempero, desafino. Pular pela janela aberta da palavra “não”. Doar palavras à performance, criar escritas com o movimento, inscrever no corpo os movimentos das palavras, inventar danças de silencio, abraços estremecidos a paisagens íntimos. Seu Manoel, como sua didática da invenção reinventa nossos corpos? A oficina será um espaço de experimentações poético-performáticas, um tempo para degustar, explorar, e mergulhar no gesto inconformista da poesia que mantem os olhos arrepiados da pele abertos ao acontecer. A oficina acolherá atores/atrizes, dançarinos/as, performers, poetas, leitores/as inquietos/as, palhaços/as desterrados/as e crianças maiores de dezoito anos. A travessia culmina com um recital de performopoeamas.

 Martin Domecq é graduado em filosofia pela Universidade de Buenos Aires (UBA), Doutor em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), formando em psicanálise clínica (CEAPP). Trabalhou como encenador em Buenos Aires e em Salvador. Sua produção se caracteriza pelo seu caráter experimental e pela hibridação das linguagens. De seus trabalhos em Buenos Aires destacam-se Aparición de Ofelia, peça para bailarina e piano baseada em poemas de Juan L. Ortiz, e Iglú peça para bailarino, atriz e piano com música contemporânea interpretada por Nora Garcia. De seus trabalhos em Salvador destacam-se  Fora de casa (texto e direção), Fases  (direção) e Gaza 2018 (texto e direção). Por Fora de casa, a atriz Sonia Leite foi indicada para o prêmio Braskem  melhor atriz. Também  colaborou com vários trabalhos do diretor baiano Márcio Meirelles (entre eles Drácula).  Participa como colaborador da Universidade Livre de Teatro Vila Velha desde sua fundação. Junto com a Livre em 2022 dirigiu um trabalho de pesquisa sobre encenação em espaços de paisagens naturais que originou duas encenações: Experimento Caymmi e Antologia dos mares. Em 2023, colabora com a encenação Bumba meu jegue, de teatro popular de rua na cidade de Itabuna. Na atualidade continua pesquisando sobre o potencial cênico de textos poéticos e sobre modalidades de encenação em espaços naturais. O projeto Fases desenvolvido na orla de Salvador com a atriz Adriana Gabriela foi seu primeiro experimento nesta linha. Além de participar ativamente no primeiro momento da Universidade Livre de Teatro Vila Velha, integrou a equipe que desenhou o curso Artes do Corpo em Cena do Centro de Formação em Artes da UFSB. Foi Vice-decano desse Centro de Formação e foi coordenador do Bacharelado Interdisciplinar em Artes da UFSB, no Campus Jorge Amado. Realiza regularmente oficinas no teatro Vila Velha (as últimas foram: Entre o Não dito e o Não dançado II: não somos transparentes (2019), Oficina do silêncio (2020), Performar a palavra poética (2022), Poéticas das distâncias (2023). Desde 2015 atua como docente e pesquisador na Universidade Federal do Sul da Bahia. É autor dos livros El conejo coronado (Editora Del Naranjo) e Pensar-escribir-pensar (Editora Lugar). Junto com os artistas Iaggo Berbet e Anderson Almeida Ribeiro desenvolveu o projeto e criou o grupo Palavraemdança que ganhou o Prêmio Jorge Portugal em 2021. O grupo continua pesquisando relações entre poesia, dança e música eletro-acústica e prepara sua segunda monatagem "solo". No contexto de seu trabalho na UFSB coordena os projetos Filo & Arte (que pesquisa interfaces entre arte e filosofia) e Diversar: tornar o mundo mais diverso! (sobre neuro/diversidades).