25 out - 2022 • 20:00 > 25 out - 2022 • 22:00
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CUIDADO QUANDO FOR FALAR DE MIM + RODA DE CONVERSA com a Infectologista Márcia Rachid
Direção e Idealização: Ricardo Santos
Dramaturgia: Carolina Lavigne
Elenco: Juracy de Oliveira, Laura Araújo, Maurício Lima, Nina da Costa Reis, Taye Couto, Vinicius Teixeira e Whiverson Reis
Duração: 70 minutos | Classificação Indicativa: 16 anos
“CUIDADO QUANDO FOR FALAR DE MIM”. Idealizado e dirigido por Ricardo Santos, e conta com encenação da peça e rodas de conversa nasceu nas trocas estabelecidas em reuniões de acolhimento da ONG Grupo Pela Vidda, onde o diretor indicado ao Prêmio Shell 2019 pelo espetáculo O Rinoceronte, foi convidado a ministrar uma oficina teatral. A oficina não chegou a acontecer, mas, a partir desses encontros, Ricardo percebeu o quanto era urgente falar do HIV, seus impactos na vida da população, os avanços da medicina e os estigmas de uma doença social.
“Fiquei com a ideia na cabeça e segui na pesquisa para além do Grupo. O ponto de partida está em falar das relações que se estabelecem quando atravessadas pelo HIV, vivendo ou convivendo com o vírus. Ao longo de dois anos de pesquisa entrevistamos transexuais, homens e mulheres cisgênero, lésbicas, gays, pessoas na terceira idade, enfim, foi uma ampla amostragem. A partir dos depoimentos colhidos, percebemos nessas trajetórias um aprofundamento e uma forma de refletir sobre grupo de risco, morte civil, violência doméstica, aborto, feminização do vírus, superação, acolhimento etc. São trajetórias que esbarram em muitas outras questões para além do HIV”, salienta Ricardo.
Tendo a dramaturgia construída com base em fatos, o espetáculo encontra o ficcional em alguns pontos e traz o cotidiano como forma de aproximação, criando pontes de identificação. “Em cena, as trajetórias dos personagens têm em comum o atravessamento pelo HIV, não o vírus. Não pretendemos trazer na essência da montagem o olhar da vitimização, tampouco o lugar de inferiorização”, salienta o diretor, que encontrou uma nova forma de levar o depoimento à cena atravessado pelo tempo e o espaço, como forma de deslocar o presente do futuro e do passado.
“Ao passo que a ciência muito avançou em relação ao HIV, o estigma e o preconceito em quase nada avançaram. Não se fala sobre o HIV, simplesmente teme-se o vírus”, pondera. “Porque é possível dizer sem rodeios que se é diabético ou hipertenso e não se fala do mesmo modo sobre o HIV, se todos têm a mesma classificação técnica de doença controlada? O HIV é um vírus social, carregado de estigmas e repleto de fantasmas do passado, que vive impenetrável no imaginário e no consciente coletivo”, ressalta o diretor.
Assegurar o direito de ser respeitado, independente da sorologia, é de suma importância para Ricardo, que acredita que o silêncio adoece e mata. “A frase do título é uma forma de alerta. Envolve o respeito. Pressupor o que de fato não se conhece é uma forma de preconceito. Os espaços de diálogo conquistados por meio da mobilização estão abalados por um crescente silêncio que sufoca as vozes críticas. Hoje é possível viver bem com HIV, mas não é como viver sem ele”, finaliza.
FICHA TÉCNICA
Direção e Idealização: Ricardo Santos
Dramaturgia: Carolina Lavigne
Assistente de direção e vídeos: Isabella Raposo
Elenco: Juracy de Oliveira, Laura Araújo, Maurício Lima, Nina da Costa Reis, Taye Couto, Vinicius Teixeira e Whiverson Reis
Participação em Vídeo: Jordhan Lessa
Figurino: Tatiana Rodrigues
Direção musical: Rodrigo Marçal
Iluminação : Eugenio Oliveira
Assessoria Técnica / Palestrantes: Márcia Rachid e Regina Bueno
Técnico: Igor Gouvêa
Assessoria de Imprensa: Marrom Glacê Assessoria – Gisele Machado & Bruno Morais
Produção Executiva: Leticia Napole e Julio Luz
Márcia Rachid
Mestre em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela UFRJ. Membro do Comitê Técnico Assessor para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde. Coordenadora da Câmara Técnica de Aids do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro. Cofundadora do Grupo Pela VIDDA RJ (fundado em 1989). Coautora do livro Manual de HIV/Aids (décima edição em 2017). Autora do livro Sentença de Vida, primeira edição 2020.
A renda obtida com a venda dos ingressos será revertida integralmente para a produção do espetáculo.
Cancelamentos de pedidos serão aceitos até 7 dias após a compra, desde que a solicitação seja enviada até 48 horas antes do início do evento.
Saiba mais sobre o cancelamentoVocê poderá editar o participante de um ingresso apenas uma vez. Essa opção ficará disponível até 24 horas antes do início do evento.
Saiba como editar participantesAvenida Ataulfo de Paiva, 269 Leblon
Rio de Janeiro, RJ
Midrash Centro Cultural
Inaugurado em 2009, o Midrash Centro Cultural foi idealizado e concebido pelo Rabino Nilton Bonder e hoje é referência na Cidade do Rio de Janeiro como centro de estudos judaicos e de um espaço de cultura. As atividades ocorrem nas diferentes áreas do fazer, sentir, pensar e ser, em busca de sentido e aperfeiçoamento. Cursos, palestras, grupos de estudo, eventos musicais e artísticos. Sem fins lucrativos, o Midrash oferece eventos gratuitos e cursos pagos.
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