Após um ano de ensino remoto, com os aspectos positivos e negativos e já com uma certa distância no tempo desta experiência educacional provocada pela pandemia, novas questões se colocam.

O distanciamento físico e o uso contínuo das telas deixam marcas visíveis no desenvolvimento das crianças e dos jovens. A comunicação entre os alunos, que a escola proporciona no ensino presencial, é fundamental. Pesquisas, assim como dados de avaliação em vários países, mostram que houve menor aprendizagem, principalmente, em matemática. Em muitos casos, houve diminuição do vocabulário e a oralidade das crianças menores parece, de fato, ter sido especialmente impactada. Por outro lado, experiências curriculares alternativas parecem ter tido um feito positivo por insistirem na interação pela literatura e pela poesia. Interessante observar que a realização de diários pessoais favoreceu em muito a saúde mental dos alunos, conforme estudos recentes. 

Voltamos, assim, a uma questão para a qual neurocientistas já chamavam atenção bem antes da COVID-19: a importância de escrever à mão com letra cursiva. Não somente pela escrita em si, mas pelo impacto que tem no cérebro o ato de traçar com a mão para o desenvolvimento integral das pessoas. Destacamos as questões de identidade e consciência para as quais a  escrita com a cursiva possibilita. 

Não se trata de negar o uso da tecnologia, mas de se direcionar para o uso equilibrado de atividades com tela e sem a medição de equipamentos tecnológicos. Este equilíbrio é necessário pois a exposição excessiva à tela tem inconvenientes a serem considerados.