18 nov - 2018 • 19:00 > 18 nov - 2018 • 22:00
18 nov - 2018 • 19:00 > 18 nov - 2018 • 22:00
Após duas temporadas de sucesso de
crítica e público no Teatro Oficina, musical
“É Samba na Veia, é Candeia”
chega em São Bernardo do Campo no mês da Consciência Negra para única apresentação
Após duas temporadas de sucesso de
crítica e público no Teatro Oficina, em São Paulo, o musical “É
Samba na Veia, é Candeia” chega em São Bernardo do Campo.
Com texto de Eduardo Rieche, direção
geral de Leonardo Karasek, produção executiva e artística de Rita Teles, o
espetáculo conta a trajetória de Antônio Candeia Filho (1935/1978),
mais conhecido como Candeia, um popular sambista portelense. A
apresentação em São Bernardo do Campo contará com uma participação
especial: a da sambista e intérprete Adriana Moreira, que completa 20
anos de carreira e subirá ao palco homenageando Clara Nunes.
Encenado no entorno de uma roda de
samba ambientada na trajetória do artista entre as décadas de 1960 e 1970, o
musical foi encenado pela primeira vez no Rio de Janeiro, em 2008. As duas
montagens evidenciam a genialidade do compositor carioca, bem como destaca a
contemporaneidade de suas letras e de seu pensamento.
A montagem paulista recebeu uma
enorme aceitação do público, que lotou todas as apresentações. Atriz e produtora
executiva do espetáculo, Rita Teles acredita que, além da questão do tema e dos
cuidados com a montagem, a peça se fortaleceu muito por evidenciar o
protagonismo da cena cultural independente, bem como pela representatividade de
um elenco e de músicos majoritariamente oriundos do samba, das artes e de
movimentos sociais afirmativos, sobretudo do movimento negro.
Para o diretor, Leonardo Karasek, o
espetáculo defende o protagonismo de artistas negros que são a parcela
majoritária na formação do elenco. Para ele, “É Samba na
Veia, É Candeia” ultrapassa as definições de um musical e se encaixa,
perfeitamente, como uma peça biográfica. “O cenário reforça todo o simbolismo
da trajetória de Candeia como homem negro e crítico social. A estruturação da
montagem reforça o sentido da imersão do público no universo do compositor. E,
nesse caminho, fazemos um convite para a releitura do mundo nos olhos de
Candeia, com todas suas facetas e vivências como corpo e voz de movimento e
atuação política por meio do samba”, diz.
O ator Marcelo Dalourzi interpreta
Candeia com maestria e paixão. Os aspectos cotidianos da vida do músico, a
utilização do samba como instrumento de resistência cultural da população negra
do subúrbio carioca e a sua maneira singular de compor sobre os amores, as
vicissitudes da vida e seu estilo musical sem perder a possibilidade de
contestar males sociais como o racismo e apropriação cultural ganham destaque
na encenação.
A direção musical é de Edinho
Carvalho, compositor, pesquisador e responsável pela direção harmônica e
melódica do Projeto Samba de Terreiro de Mauá, que faz todo o acompanhamento
musical do espetáculo. A trilha sonora tem arranjos e também direção do músico
Abel Luiz.
“Pintura sem arte”, “Testamento de
Partideiro” e de “De Qualquer Maneira” são alguns dos sambas que compõem a
vasta discografia de Candeia e integram o espetáculo. A trilha também conta com
canções que, exaltadas na voz de outros célebres sambistas, como “Preciso me
Encontrar”, consagrada por Cartola, ícone da Estação Primeira de Mangueira; “O
Mar Serenou”, eternizada pela cantora e madrinha da Velha Guarda Musical da
Portela, Clara Nunes e “Dia de Graça”, defendida pela voz de Elza Soares,
interpretada por Josi Souza.
Outros temas do espetáculo são
composições dos habituais parceiros de Candeia, como “Riquezas do
Brasil”, de Waldir 59; “Me Alucina”, de
Wilson Moreira; “Falsas Juras”, de Casquinha; e “Coisas
Banais”, de Paulinho da Viola. O espetáculo conta, ainda, com a coreografia do
ator e dançarino Jefferson Brito e participação da cantora Sueli Vargas.
Para Rita Teles, “É Candeia, É Samba
na Veia” exerce papel fundamental na releitura do compositor como crítico dos
mecanismos de apropriação cultural dos valores e processos históricos de
identidade negra. “Candeia, quando funda o Grêmio Recreativo de Arte Negra e
Escola de Samba Quilombo com Wilson Moreira e Paulinho Viola e outros
sambistas, posiciona-se para além da música. Ele não somente se coloca
contrário ao processo de industrialização cultural do samba, como o
enxerga como uma ilha de resistência de valores identitários negros diante
desse processo. E, no palco, este lado do poeta Candeia, idealista e ativista
se faz presente”, conta.
Serviço Bernardo do Campo
É SAMBA NA VEIA, É CANDEIA
Quando: 18/11
Horário: às 19h
Duração: 2h30 (aproximadamente)
Classificação etária: 12 anos
Onde: Teatro Lauro Gomes
Endereço: Rua Helena Jacquey, 171 -
Rudge Ramos, São Bernardo do Campo Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$ 25
(professores, estudantes, idosos e classe artística)
Venda>www.sympla.com.br
Ficha técnica
Direção: Leonardo Karasek
Assistente de Direção: Augusto Vieira
Texto: Eduardo Rieche
Direção Musical: Edinho Carvalho
Participação: Adriana Moreira (homenageando
Clara Nunes)
Arranjos: Abel Luiz
Preparação Vocal: Daisy Cordeiro
Coreografia: Jefferson Brito
Produção: Núcleo Coletivo das Artes
Produções
Figurino: Gabriela Rocha
Cenário: Raifah Monteiro
Ilustração: Bruno Will
Criação Gráfica: Zeca Dâmaso
Iluminação: Luana Della Crist
Técnico de som: Pedro Romão
Fotos: Osmar Moura
Elenco:
Danilo Ramos
Denise Aires
Jair de Oliveira
Jefferson Brito
Josi Souza
Jose Nelson Junior
Leo Dias
Marcelo Dalourzi
Sueli Vargas
Rita Teles
Taís de Paula
Viviane Clara
Wallace Andrade
Músicos:
Brito Oliveira
Danilo Ramos
David Silveira
Didi Carvalho
Eder Ventura
Edinho Carvalho
Hosana Meira
Jader Morelo
Jefferson Motta
Leo Dias
Marcelo Glick
Marlene Oliveira
Ocimar Dias
Ronaldo Nunes
Performance:
Dan Rodrigo
SOBRE EDUARDO RIECHE (AUTOR)
Ator, autor, tradutor e produtor,
Eduardo Rieche recebeu o Prêmio Shell 2009 de Melhor Autor pelo texto “Oui,
Oui... a França é Aqui!”, escrito em parceria com Gustavo Gasparani. Prêmio
Coca-Cola 1996 de Melhor Ator, estreou profissionalmente em 1990, no espetáculo
“As Testemunhas da Criação”, com texto e direção de Domingos Oliveira. Ao longo
de 28 anos de carreira, participou de quase 30 espetáculos profissionais, tendo
trabalhado com diretores como Moacyr Góes, João Fonseca, Vinicius Arneiro, Ary
Fontoura, Enrique Diaz, Regina Miranda, Sílvia Monte, Wolf Maya e Márcio
Vianna. Além do prêmio que recebeu, foi indicado a outros quatro em teatro como
Melhor Ator. Foi vencedor do concurso nacional de dramaturgia Brasil em Cena,
promovido pelo CCBB-RJ em 2007, com o texto do musical “É Samba na Veia, é
Candeia”. A montagem, encenada pelo diretor André Paes Leme, rendeu-lhe uma
indicação ao Prêmio Shell como Melhor Autor de 2008. Adaptou, produziu e
encenou o monólogo filosófico “Inquieto Coração”, baseado na obra de Santo
Agostinho, e “Não Sobre Rouxinóis”, texto de Tennessee Williams até então
inédito no Brasil. É autor do musical “As Mimosas da Praça Tiradentes” (nova
parceria com Gustavo Gasparani, indicado ao Prêmio APTR 2012 de Melhor Texto) e
“Chagall – O Poeta com Asas de Pintor” (considerado um dos 10 Melhores
Espetáculos em Cartaz pela revista Veja Rio). Em 2018, chegarão aos palcos do
Rio de Janeiro mais dois musicais de sua autoria: a adaptação (também com Gustavo
Gasparani) de “Romeu e Julieta”, sob direção de Guilherme Leme Garcia, embalada
ao som de Marisa Monte; e “Clube da Esquina – Os Sonhos não Envelhecem”, com
direção de Dennis Carvalho. Eduardo assinou, ainda, a biografia da atriz Yara
Amaral (1936-1988), publicação indicada aos Prêmios Cesgranrio e APTR 2016 e
finalista do 59º Prêmio Jabuti de Literatura.
SOBRE LEONARDO KARASEK (DIRETOR)
Formou-se em Direção Teatral no Curso
Superior de Artes Célia Helena em São Paulo. Realizou uma montagem inspirada em
“O Jardim das Cerejeiras”, de Anton Tchekhov. É pós-graduado em Literatura
Brasileira pela UFRGS, de Porto Alegre. Cursou cinema na Universidade Federal
Fluminense e participou de cursos de roteiro em cinema com Luiz Carlos Maciel,
na Fundição Progresso, e com Jackson Saboya. Com a experiência adquirida,
roteirizou e dirigiu os vídeos “Da Vida Nada se Leva”, “O Castigo” e “Pai”.
Como ator, participou de diversos cursos de teatro: Teatro Tablado, Casa da
Gávea e Casa de Artes de Laranjeiras (RJ), Teatro Ágora e Grupo TAPA (SP);
Estudou com professores renomados, como Moacir Góes, Silvia Soter, Rubens
Correa, Gilberto Gawronsky, Maria Esmeralda, Ian Michalski, Maria Clara
Machado, Louise Cardoso, Bernardo Jablonsky, Ricardo Kosovsky, Luís Carlos
Tourinho, Bia Junqueira, Nara Kaiserman, Domingos de Oliveira, Celso Frateschi,
Brian Penido. Morou dois anos em Nova York (EUA), style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto;
text-align:justify;line-height:normal">SOBRE EDINHO CARVALHO (DIRETOR
MUSICAL)
Edinho faz parte de uma família de
músicos, na qual desenvolveu sua percepção musical, aprendeu a apreciar o samba
de raiz e a tocar cavaquinho. Participou da bateria da Escola de Samba Leões de
Ouro, de Mauá, na qual tocava tamborim. Integrou alguns conjuntos de samba da
cidade até conhecer os músicos com quem veio a fundar, em 2002, o Terreiro de
Mauá. Já tocou com sambistas de renome, como Monarco, Xangô da Mangueira e
Jorginho do Império. Edinho também é pesquisador da história do
samba de raiz e das formas como foi e é executado.
SOBRE ABEL LUIZ (ARRANJOS E DIREÇÃO
MUSICAL)
É um dos fundadores do Samba do
Trabalhador, participando como músico, arranjador e compositor do primeiro CD e
DVD desta comunidade. Faz a coordenação musical do Bloco Carnavalesco Loucura
Suburbana e é o primeiro, no Brasil e no Mundo, a desenvolver ações de reunir
cultura, carnaval, território e saúde mental ao longo de seus 16 anos de
atividade. Atualmente, integra o Projeto Criolice, Roda de Samba e Feira
Cultural, sediada na Arena Fernando Torres; compõe o Trio Choro Novo e o Duo
Onze Cordas.
SOBRE RITA TELES (ATRIZ E PRODUTORA)
Atriz, arte educadora, dubladora,
produtora, graduada em Educação Artística com habilitação em Artes Cênicas pela
Universidade São Judas Tadeu. Iniciou o contato com o teatro em 2002 e cursou
até 2008 o Curso Livre de Teatro ministrado pela Arte & Equilíbrio.
Idealizadora do projeto “Oficinas de Vivência Teatral”, atuando como arte
educadora de teatro em diversas instituições de ensino públicas e privadas.
Fundadora da Cia. Colhendo Contos e Diáspora Negra ao lado de Jefferson Brito.
Atualmente, é produtora e integra o elenco da peça “É Samba na Veia, É
Candeia”. Com a peça narrativa “Contando África em Contos", tem se
apresentado em diversas unidades do Sesc e outras instituições. Pesquisadora de
dança contemporânea, dança negra e simbologia dos orixás. Compõe o corpo de
dança do Bloco Afro Afirmativo Ilú Inã e do Bloco Ilú Obá de Mim. Desde 2013
atua como arte educadora de teatro na Fundação Julita na zona sul de São Paulo.
Atualmente, vem se dedicando à produção e execução de projetos que fomentam a
ocupação de espaços públicos reunindo arte e cultura de matrizes africanas.
SOBRE A COMPANHIA ALVORADA
É uma companhia recém-criada pelo
diretor Leonardo Karasek. Tem o objetivo de pesquisar o sentido literário e
filosófico dos textos e das palavras. Trabalhar além das formas cênicas,
priorizando o sentido das palavras e situações, voltar a valorizar a história,
o mito, a reflexão sobre a condição humana. Seus grandes ídolos são os grandes
produtores de saber intelectual no teatro e na literatura, como Stanislavsky,
Tchekhov, Ibsen, Shakespeare, Brecht, Moliére, Balzac, Proust, Dostoievsky,
Machado de Assis. O trabalho da companhia ainda inclui a pesquisa e inserção de
temas brasileiros nas montagens, como o samba, o choro, o forró, o candomblé, o
carnaval e as festas populares, além da defesa de pautas de direitos humanos,
como o fim dos preconceitos de qualquer espécie e o combate à desigualdade
social no Brasil.
SOBRE O NÚCLEO COLETIVO DE ARTES
Desde sua concepção, dedica-se à
produção de eventos educacionais e acadêmicos. A partir de 2014, os proponentes
passaram a se dedicar exclusivamente à área artística, oficializando suas novas
atividades em 2017, após a mudança de seu objeto e atividade principal da
empresa. Com foco em questões que envolvem a diáspora africana no Brasil, o
coletivo produziu os seguintes trabalhos: Seminário Internacional “Fronteiras
em Movimento” - CCBB (2012), Intolerância Solidariedade no Mundo Contemporâneo
– CCBB (2004), Seminário “A Morte & A Vida em Debate” – CCBB (2006).
Participou na produção de eventos com o Grupo de Articulação Política Preta
(2016/2017), Mulheres Negras em Marcha (2017), Projeto “Oficinas de Vivência
Teatral” – Fundação Julita (Desde 2014), Escola Nacional de Teatro (2015/2016),
Secretaria Municipal da Cultura – SP (2017). Em termos de produções artísticas,
as peças “Vênus de Aluguel” (2014), “Contando África em Contos”
(desde 2016) e, atualmente, “É Samba na Veia, É Candeia”.
SOBRE O PROJETO SAMBA DE TERREIRO DE
MAUÁ
Fundado em 2002, o conjunto é
composto por 13 integrantes. Todos tocam, cantam, pesquisam e dirigem os
eventos. Eles mantêm uma sede própria na cidade de Mauá, o Centro Cultural Dona
Leonor, no qual promovem rodas de samba, saraus, formações e eventos culturais,
além de ser sede do Bloco de Samba “Pega o lenço e Vai”, que tem como objetivo
trazer a história do negro no Brasil por meio de sambas inéditos. Em geral,
executam seus concertos de forma acústica, sem amplificadores, com o objetivo
de se aproximar da forma tocada no passado.
Nas redes:
Facebook
https://www.facebook.com/SambaNaVeiaCandeia/
Instagram
https://www.instagram.com/sambanaveiacandeia/
Rua Helena Jacquey, 171 Rudge Ramos
São Bernardo do Campo, SP
Núcleo Coletivo das Artes Produções Ltda - Me
O Núcleo Coletivo das Artes inicialmente nasceu com a proposta de disseminar arte e cultura através da arte educação, sobretudo a partir do teatro com o objetivo de propor vivências que visam o autoconhecimento e consequentemente evolução das relações interpessoais e enriquecimento das dinâmicas em prol do coletivo. Observando, compreendendo e considerando a evolução do cenário artístico/cultural contemporâneo e visando a importância da interdisciplinaridade, nos vemos obrigados a englobar outras vertentes da arte fomentando a comunicação e o entretenimento através da música, dança, performance, audiovisual etc..
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