ARBÓREAS é no plural. 3 mulheres da mesma família e apaixonadas pelo movimento vivendo, juntas, a experiência desafiadora de estar em cena. Um terreno novo onde, com coragem e entrega, elaboram um enredo a partir de questões pessoais, mas também pertencentes à própria saga familiar, enredando corpos, memórias, percepções e escavando feridas, dores individuais e coletivas. Bruxas, magas, feiticeiras das próprias histórias e caminhos, alquimizando suas vivências e curas por meio dos rituais de suas danças e do afeto sedimentado pelos laços inquebrantáveis que atam suas existências femininas.

Esse espetáculo de dança teatro aduba-se de lembranças e relatos que se imiscuem e se enredam na intimidade de vidas paralelas e simultâneas, na organicidade das semelhanças inegáveis, na frondosidade dos cabelos. Bruna é Márcia, que é Clara, que é Bruna, que é Clara, que é Márcia, que é Bruna. Os cabelos denunciam. Os rostos da Clara e da Bruna, que serão o da Márcia, denunciam. As rugas e os cabelos brancos da Márcia dizem às duas “vem por aqui”, insinuando um ponto de chegada, um rosto de chegada, um corpo de chegada, uma força de chegada, repetições, padrões de chegada. ARBÓREAS se enreda em um enredo de misturar, emaranhar, confundir, embaralhar relatos em cena, gerar apropriações de histórias, empréstimos de fatos, de dores, de prazeres, por meio de um jogo lúdico de vozes, falas, frases condutoras desse jogo de espelhos.

A fusão entre dança e teatro constrói um jogo de espelhos que expande as narrativas individuais para um imaginário coletivo, conectando-se com o público de forma profunda e reflexiva.

Além da apresentação, Arbóreas promove um encontro com o público ao final do espetáculo, abrindo espaço para trocas e reflexões. 

Venha viver essa experiência única, onde a arte se torna ponte para o diálogo e o empoderamento feminino.