22 jun - 2024 • 18:30 > 23 jun - 2024 • 17:00
22 jun - 2024 • 18:30 > 23 jun - 2024 • 17:00
Um ator, Ariel Borghi, interpreta dois poetas: Guillaume Apollinaire e André Breton. Através de sua vida e de seus poemas, os dois poetas surrealistas manifestam sua posição diante da guerra. A Carta do tarô ARCANO 17, trazida à cena por Breton, simboliza e propõe a renovação da vida humana.
No confinamento a que nos reduziu a pandemia, a poesia retornou ao nosso ambiente de vida e de trabalho. Ariel, que sempre trouxe consigo os poetas, sobretudo os surrealistas, tais como Rimbaud, Mallarmé, Lautréamont, Apollinaire e Breton, voltou a citá-los no contexto do vazio e da incerteza que a pandemia trouxe ao mundo. E começamos, por iniciativa dele, a leitura dos poemas Caligramas de Apollinaire, e do Arcano 17 de Breton.
À pandemia seguiu-se não a esperada pacificação e solidariedade que esperávamos, mas a onda de beligerância que transformou em ambiente de conflito e guerras surpreendentes as relações das nações e dos seres humanos.
A gratuidade de tais acontecimentos, levando à guerra questões passíveis de soluções melhores, assemelhava-se ao momento vivido pelos poetas criadores do Surrealismo, na I Guerra Apollinaire, e Breton na I e II Guerras. Caligramas são na verdade diários da I Guerra, escritos por um Guillaume Apollinaire combatente, na linha de frente, e o Arcano 17 é o poema em prosa em que André Breton, auto exilado no Canadá, em 1944, refuga todas as razões que motivaram a carnificina das duas guerras mundiais.
Claramente o Surrealismo tenta resgatar o ser humano da obrigação da morte sem razão, a serviço de interesses ou para se defender deles. A carta do Renascimento Arcano 17 é uma carta de recomeço, de aprofundar-se na possibilidade que existe dentro de nós de outra construção mais bela e inteligente para a vida.
Assim nasceu o espetáculo Arcano 17 – Os Surrealistas e a Guerra.
Em cena os dois poetas, vividos por um ator. Ambos se conheceram em vida, Breton sendo admirador e seguidor de Apollinaire nos primeiros passos da grande liberdade intelectual deste.
Apollinaire (1880-1918) lutou na I Guerra, como dever patriótico à sua amada França. Breton (1896-1966) criticou a guerra desde sempre, e escreveu contra ela tudo que pôde.
A peça descreve esses movimentos dos poetas, Apollinaire vivendo em cena, através de seus poemas, o que ocorreu em sua vida. Breton observando em contraponto o desenrolar da história de Apollinaire, de um outro lugar e tempo, em que as ilusões sobre qualquer legitimidade da guerra tinham sido há muito superadas. Esse encontro dos dois poetas é ficcional, criado pelos autores Ariel Borghi e Esther Góes, para sintetizar o olhar dos poetas surrealistas sobre a guerra, e a ação poética a que se dedicaram em prol da felicidade humana.
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