"ELO" – Um espetáculo de dança inspirado nas conexões do forró, que narra as diferentes realidades ao longo de sua trajetória.

Tangará Companhia de Dança apresenta "ELO", um espetáculo inovador que se inspira nas múltiplas conexões do forró com diferentes realidades na sua trajetória. Com uma duração de 1 hora e 10 minutos, a performance convida o público a uma jornada migratória da cultura brasileira, com destaque para a pesquisa e a livre interpretação sobre os diálogos entre dança e música, a origem e evolução, o tradicional e o moderno, o norte e sul, o popular e o erudito, o rural e o urbano, carnaval e São João, do baile para a cena - do Brasil para o mundo.

Sob a direção de Guilherme Rienzo, em parceria coreográfica com Isabella Bianco, o espetáculo mergulha em uma pesquisa de linguagem e estética hibrida e singular acerca das diferentes vertentes do forró dança, como o pé-de-serra, o forró eletrônico, o piseiro, o forró roots, e propõe mais outra camada de elos entre as danças populares brasileiras como arrasta-pé, baião, cavalo marinho, ciranda, coco, frevo, jongo, lundu, maxixe, pau-de-fita (jardineira ou trança), quadrilha nordestina, samba, xaxado e xote com expressões, movimentos e técnicas da dança contemporânea e dança de salão. 

Um dos elementos simbólicos que costuram a cena é a pipa — brinquedo, corpo e metáfora. Presente como objeto cênico e conceito coreográfico, ela representa a leveza, o voo, a reinvenção e a migração de sentidos (mudam de contexto, atravessam fronteiras culturais, históricas ou estéticas — e ganham novos sentidos ao longo do caminho). A pipa conecta céu e chão, passado e presente, erudição e ludicidade. É ela que inspira a construção de um corpo-pipa, que dança atravessado por ventos culturais, por fios invisíveis de memória e por movimentos que cruzam fronteiras estéticas e sociais.

A trilha sonora original e instrumental, assinada pelo Maestro Rafael Vicolle desbrava e expande a potência da célula rítmica binária de origem afrobrasileira do forró, com suas ricas subdivisões, síncopes e melodias ao relacionar as tradições populares dos cantos de trabalho, embolada, coco, lundu, maxixe, marcha (rancheira), samba, frevo, baião, xaxado, arrasta-pé,  xote,  com inspirações da erudição dos instrumentos de câmara, do jazz brasileiro, do  movimento armorial, da tropicália, forró universitário e eletrônico;  cuja pesquisa do diálogo entre timbres e os corpos contribuem no comunicação da narrativa, linguagem e estética com o público.    

Este projeto foi realizado com o apoio da 4ª EDIÇÃO DO FOMENTO AO FORRÓ - Secretaria Municipal de Cultura

Ficha técnica