Rhakany Aruani e Kerexu apresentarão os grafismos Guarani de maneira a explicar a identidade do povo, suas diferenças e suas particularidades para estabelecer simbologias próprias, que permitem reconhecer os sujeitos, sua etnia, gênero, faixa etária ou grupo, a partir dos formatos gráficos. Durante a atividade, os participantes poderão reproduzir alguns grafismos em papel e, para os que quiserem, também poderá ser aplicado diretamente na pele.
A arte Guarani se caracteriza por uma expressiva variedade de desenhos geométricos, aplicados em diferentes tipos de suporte, como na pintura corporal, nos tecidos, nas cestarias, nas esculturas em madeiras e na decoração das cerâmicas.
Sobre Rhakany Aruani
Indígena da etnia Tupi-Guarani, nasceu no interior do Estado de São Paulo, na Terra Indígena Araribá, e mora desde os sete anos de idade na Tekoa Pyau, na Terra Indígena Jaraguá. Adora crianças, gosta de cantar e dançar e jogar futebol. É uma mulher muito feliz e gosta sempre de alegrar o dia das pessoas. Atualmente, integra a equipe do Núcleo de Transformação e Saberes do Museu das Culturas Indígenas (NUTRAS-MCI) como Mestre de Saberes.
Sobre Kerexu
Guarani Mbya, nascida na Terra Indígena Krukutu, é moradora da Tekoa Pyau, na Terra Indígena Jaraguá. Artesã, produz e comercializa diversos itens de artesanato, como objetos para uso pessoal e comunitário, em feiras agroecológicas. É enteada de Olívio Jekupé, escritor do povo Guarani, autor de diversas obras de literatura nativa; e irmã de Werá Jeguaka Mirim, rapper, escritor e ativista brasileiro.
Sobre o Povo Guarani
A palavra “Guarani”, em sua própria língua, significa guerreiro. Uma das mais representativas etnias indígenas das Américas, que tem, como território tradicional, uma ampla região da América do Sul: Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e a porção centro-meridional do território brasileiro. Sua ampla população se encontra dividida em diversos subgrupos étnicos; sendo os mais significativos, em termos populacionais, os Kaiowá, os Mbya, os Nhandeva, os Avá-guarani, os Guarayo, os Izozeño e os Tapieté. Cada um destes subgrupos apresenta especificidades dialetais, culturais e cosmológicas, diferenciando, assim, sua “forma de ser” Guarani das demais.
Em janeiro de 2025, o MCI realizará uma série de atividades e jogos educativos, brincadeiras indígenas e oficinas, voltadas ao compartilhamento de experiências de famílias plurais. As ações são para visitantes de todas as idades.