30 abr - 2025 • 20:00 > 30 abr - 2025 • 21:10
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Grátis
Contribuições até 30/04/2025
R$ 30,00
em até 6x R$ 5,63
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Contribuições até 30/04/2025
FLORESTAR
NENHUM LUGAR É FORA
Há uma floresta. Ou talvez seja melhor dizer: tudo é floresta. Um emaranhado de coisas vivas e mortas, de ritmos que não obedecem à pressa, de restos de dinossauros transformados em plástico, de sementes à espera. Florestar como presença, como memória, como possibilidade de ruína e encantamento, em um mundo em colapso. Um mundo onde a comida é pedaço de paisagem, onde a digestão começa fora da boca, onde buraco é lugar de escuta, e o vazio, lugar de fabulação. Nenhum lugar é fora. Não há distinção entre natural e artificial, nascente de rio, gases tóxicos, raízes e embalagens não biodegradáveis. O que há é um campo contaminado, onde cada ação é também um ato de coabitação.
É um feitiço multiespécie, uma tentativa de reflorestar a percepção. Corpo que vibra em conjunto com os resíduos, com sons magnéticos, com bichos de poliéster. Natureza morta, natureza viva. Uma assembleia polifônica em que os seres se relacionam de diversas formas, em complementaridade, destruição e cooperação.
Encantar, aqui, é um modo de sobre-viver. É cuidar com radicalidade daquilo que não se pode controlar. A dança não nega o colapso, mas se move com ele. Com o incômodo, com a incerteza, com a textura áspera de um real que não é mais o verde profundo.
A peça é floresta e também é ruína. É paisagem e digestão. É corpo, mistura e delírio. Não há hierarquia entre cada agente. Há camadas de tempo que se sobrepõem – passado melancólico, presente distópico, futuro a imaginar. Há uma floresta que se desfaz em sua própria ficção.
Nesse emaranhado, um mistério, boca, buraco, oco. Um espaço colaborativo onde o tempo de florestar — lento, circular — age num esforço de se contrapor à velocidade da catástrofe. A dança insiste ali, onde tudo parece ruína, para dizer que a vida continua, como perturbação e afinação, em aproximações inesperadas, reivindicando a nossa capacidade de inventar e, fazer brotar outras visões, de olhos fechados.
Ficha Técnica
Direção: Mariana Sucupira e Maristela Estrela (Núcleo Cinematográfico de Dança) // Criação e dança: Larissa Alexandre, Mariana Sucupira, Maristela Estrela e Mayk Santos // Música ao vivo: Érica Navarro e Rayra Costa // Desenho de luz: André Boll // Operação de luz: Victor Isidro // Cenografia: Renan Marcondes e NCD // Figurino: Maristela Estrela // Confecção onça e guará: Matias Ivan Arce // Confecção dos infláveis: Frederico Ravioli // Operação de vídeo: Tarcila Rigo Andrade // Produção: Lívia Império - Naru Produções // Apoio: Espaço Viver, FUNARTE - Ministério da Cultura
Este projeto foi contemplado pela 36° Edição do Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo - Secretaria Municipal de Cultura
Serviço
de 18 a 30 de Abril
quartas, sextas e sábados às 20h (exceto 25/04, às 18h30)
domingos às 18h00
Cancelamentos de pedidos serão aceitos até 7 dias após a compra, desde que a solicitação seja enviada até 48 horas antes do início do evento.
Saiba mais sobre o cancelamentoVocê poderá editar o participante de um ingresso apenas uma vez. Essa opção ficará disponível até 24 horas antes do início do evento.
Saiba como editar participantesAlameda Nothmann, 1058 Campos Elíseos
São Paulo, SP
Núcleo Cinematográfico de Dança
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