O I Fórum Nacional sobre Esquizofrenia - FONAE, nasceu da ideia de comemorar os 30 anos de existência do Laboratório de Percepção Visual da Universidade Federal de Pernambuco, LabVis-UFPE, cujo foco da pesquisa desde 2002 vem sendo desenvolver testes sensoriais com métodos psicofísicos para a prevenção da psicose e transtornos neuropsiquiátricos decorrentes. O I FONAE ocorreu nos dias 9-11 de maio de 2018 e foi apoiado com recursos da International Brain Research Organization, IBRO, pelo CNPQ e pela FACEPE. Já durante o evento houve uma demanda dos participantes convidados por sua segunda edição que seria em 2020 junto a FALAN 2020 e foi abruptamente interrompida pela pandemia do SARS-COV2.
O II FONAE ocorrerá nos dias 21 a 23 de maio de 2025 em comemoração ao o DIA MUNDIAL DA PESSOA COM ESQUIZOFRENIA e será híbrido por demanda de alguns dos pesquisadores participantes convidados, porém sua ênfase será no presencial.
Com o tema principal "Psychoses: from early sensory symptoms to detection, treatment and prognosis" ou "Psicoses: dos alertas sensoriais à detecção, tratamento e prognóstico", a segunda edição presencial do FONAE ocorrerá no campus da Universidade Federal de Pernambuco reunindo pesquisadores brasileiros e estrangeiros com apresentações em português e inglês. O objetivo do evento é promover o intercâmbio de ideias e a divulgação das pesquisas de âmbito internacional realizadas, ou em andamento, nacionais ou estrangeiras, entre pesquisadores, profissionais especializados atuantes na clínica, alunos de pós-graduação e de graduação e público em geral, ou seja, todos os atores sociais envolvidos na detecção, tratamento e prevenção dos distúrbios neuropsiquiátricos sob todos os aspectos e abordagens de investigação.
Dentre as ações mais relevantes voltadas para inovação e desenvolvimento tecnológico está a de reunir pesquisadores, pós-graduandos, representantes do governo, da sociedade civil organizada e da indústria para promover as condições necessárias e eventualmente contribuir efetivamente para produção e disponibilização de antipsicóticos atípicos de terceira geração (como Aripiprazol e Ziprasidona) nos serviços públicos de atendimento imediato aos transtornos neuropsiquiátricos como nos Centros de Atenção Psicossocial, CAPs, e ambulatórios psiquiátricos dos hospitais públicos.
Esperamos também fomentar o interesse dos participantes em desenvolver intercâmbios nacionais e internacionais assim como a cooperação entre programas de pós-graduação no país e no exterior para contribuir no ensino presencial e remoto disseminando a produção científica de qualidade. Destacamos que o resultado esperado do II FONAE será a manutenção do foco na prevenção da psicose por todos os atores sociais envolvidos neste processo.
Serão apresentados dados, informações e pesquisas realizadas junto aos serviços de atendimento e acompanhamento ambulatorial de Primeiro Episódio Psicótico (PEP) da UNIFESP e do AMPEP da UFPE. Serão discutidos os acessos ao SUS e ao sistema de apoio aos pacientes com transtornos psiquiátricos e seus familiares. Em paralelo, serão apresentadas pesquisas de ponta realizadas na UNICAMP sobre a proteômica da esquizofrenia, assim como pesquisas realizadas na UFPR que relatam a vulnerabilidade das populações que habitam os arredores das comunidades ao desenvolvimento de transtornos mentais e de primeiro episódio psicótico.
Por outro lado, haverá a participação de pesquisador do Rochester University Medical Center, Rochester, NY, USA, que trabalha ativamente na pesquisa da esquizofrenia com foco nas alterações da retina e na visão em geral. É esperada forte interação do Laboratório de Percepção Visual da Universidade Federal de Pernambuco, LabVis-UFPE, com pesquisadores do grupo de Rochester, sobretudo na temática da prevenção da psicose baseada na detecção de sintomas sensoriais. Será apresentada uma proposta de pesquisa que permita protocolos de medicação para sintomas sensoriais precoces da psicose que são atualmente inexistentes até mesmo nos manuais de diagnóstico e tratamentos médicos em vigor no Sistema Único de Saúde, SUS.
Participarão também pesquisadores noruegueses que atuam em diversos enfoques de detecção precoce e tratamento da esquizofrenia. A participação destes pesquisadores é fruto de um intercâmbio dos departamentos de psicologia da Universidade de Oslo e da Universidade Federal de Pernambuco financiado pela Universidade de Oslo, Oslo, Noruega.