A CRÔNICA VIVA E ABSTRATA DO TEMPO:OFICINA DE INTERPRETAÇÃO TEATRAL- SHAKESPEARE: TRAGÉDIA E COMÉDIA COM CELSO JR.

Oficina prática de interpretação teatral para atores e atrizes, usando cenas e monólogos das tragédias e comédias do dramaturgo inglês William Shakespeare.

Um dos maiores dramaturgos de todos os tempos, William Shakespeare se notabilizou a partir da escrita de tragédias, comédias e peças históricas. É autor de algumas das peças mais conhecidas da dramaturgia ocidental: as tragédias “Romeu e Julieta”, “Hamlet”, “Otelo”, “Macbeth" e também as comédias “Noite de reis”, “Sonho de uma noite de verão”, “As alegres comadres de Windsor”, “Comédia dos erros”, entre outras. Suas personagens evocam as emoções mais intensas da alma humana e trazem reflexões importantes para o exercício da interpretação teatral, em cenas e monólogos que abordam temas como o amor, a traição, a morte, e também o engano, o ciúme, a paixão.

Através de exercícios práticos de corpo, voz e interpretação, serão abordados conteúdos presentes na dramaturgia shakespeariana: amor e ódio, ação e reflexão, atração e repulsa, sonho e realidade.

A abordagem corporal busca investigar as potencialidades do corpo de intérpretes, usando o ritmo corporal como elemento expressivo. Na pesquisa da voz, serão investigadas as possibilidades expressivas do verso shakespeariano, as diferenças de ritmo entre a voz em prosa e em versos. Em relação à interpretação, o que se busca é ampliar as capacidades interpretativas, a partir de estímulos provocados pela dramaturgia de Shakespeare e suas proposições desafiantes, em relação a intriga, personagem, linguagem, tempo, espaço e ação. Trazendo a forma para uma expressão poética contemporânea, buscando atualizar o universo de Shakespeare para os tempos atuais e suas relações com dilemas e desafios urgentes: racismos, definições de gênero, lugares de fala.

“Trate bem os atores, pois eles são a crônica viva e abstrata do tempo.” (“Hamlet”, ato II)

CELSO JR. - MINI-BIO

Celso Jr. é professor de teatro, ator e diretor teatral com mais de 30 anos de carreira e mais de 80 espetáculos produzidos. Entre seus trabalhos mais expressivos como ator estão “Otelo”, de Shakespeare, com direção de Carmem Paternostro (1995), “A megera domada” de Shakespeare, sob direção de Teresa Costalima (1998), “Budro”, de Bosco Brasil, direção de Tom Carneiro (2004), “Hamlet”, de Shakespeare, direção de Harildo Déda (2005), “Esperando Godot”, de Samuel Beckett, com direção de Marcio Meirelles (2014), “Por que Hécuba”, de Matei Visniec, dir. Marcio Meirelles (2018) e “A visita da velha senhora”, de Dürrenmatt, sob direção de Gil Vicente Tavares (2024).Dirigiu “Quem matou Maria Helena?”, de Claudio Simões (1994), “Pluft, o fantasminha”, de Maria Clara Machado (2002), “Sonho de uma noite de verão”, de Shakespeare (2015), “A persistência das últimas coisas”, de Juan Ignacio Crespo (2017), “A última virgem”, de Nelson Rodrigues (2018) e “O beijo no asfalto”, também de Nelson Rodrigues (2021).É professor do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (CECULT/UFRB). É Doutor em Artes Cênicas pela UFBA.