O Espetáculo Intima Noite Escura – As Deusas Negras do Submundo traz à tona as principais
questões negadas, negligenciadas e criminalizadas pela cultura patriarcal, com resíduos da era medieval potencializada pela sociedade moderna altamente consumista, acelerada, fria e virtual.
A primeira apresentação idealizada para o dia 24 de maio às 19h de 2025, será uma pré- estreia
do espetáculo, podendo ter cerca de 30 a 40 minutos de apresentação e cerca 30 a 20 minutos de roda de conversa e interação com o público.
As Deusas Negras são arquétipos mitológicos de diversos povos da história antiga que tinham a
mulher como centro da vida e a lua como símbolo do feminino, em que a fase da lua negra, a lua escura era vista, acolhida e venerada como uma fase divina: a lua negra representava a dor,
o sofrimento, os sentimentos de abandono, o envelhecimento, o obscuro, a dor e a morte. Não
a morte como um fim, mas a morte como o começo do nascimento.
Com a invasão de povos que tinham os Deuses solares e patriarcais como centro aos povos de
cultura matriarcal, as faces das deusas negras foram vistas como deusas pagas, sujas,
criminalizadas e perigosas.
Tudo que é obscuro, inexplicável de forma racional e cíclico foi condenado, o que contribuiu muito para as maiores mazelas sociais que temos até hoje: racismo, negação das religiões que reverenciam a natureza, a psique e o corpo feminino, a relação com o entendimento de que a vida é cíclica, violência contra a natureza, o
envelhecimento, a visão holística e os saberes espirituais, a morte e os sentimentos de
frustração, tristeza, solidão e abandono.
O Espetáculo Intima Noite Escura – As Deusas Negras do Submundo convida ao público a
também olhar a sua face negra, escura, não vista, calada e reprimida, apontando possíveis caminhos para o acolhimento de suas mortes, suas dores, lutos, e todas as suas questões suprimidas por uma cultura em que é proibido envelhecer, sofrer e frustrar, logo é proibido ver na noite a luz do dia.
As Deusas tríplices Hécate, Moiras, Erínias, Nix e outras mais como Kali, Lilith, Medusa, Nêmesis,
Hesperides, Persefone, Fada Má, Bruxa malvada entre outras aparecem para apontar o caminho
de amar cada uma das suas partes feridas, esquecidas, enrijecidas e rejeitadas de forma inteira, tratando o dualismo, desconexão e alienação, morrendo e nascendo.
O espetáculo com idealização, direção, adaptação e concepção da diretora, atriz e jornalista, Ariane Viegas conta com textos autorais mais os textos autorais e interpretação das artistas:
Beatriz Santos, atriz e bacharel em letras Português e Grego, Pesquisadora de mitos gregos e teóloga; da atriz, pscicóloga psicanalista Chris Charis Santos, pesquisadora e dançarina de dança do ventre e dança cigana, do ator e terapeuta holístico Bruno Gaspar e do Felipe Manno ator e empresário átipico.
Os textos são inspirados no livro Mistérios da Lua Negra, Lilith, Kali, Hécate e a cura dos
Arquétipos femininos sombrios no mundo moderno da astróloga especialista em mitologia,
Demetra George, e no livro Lua Vermelha da artista e professora de terapias alternativas,
Miranda Gray.
Na pré-estreia conta com a participação do ator Roger Monssores e com texto de Dell Delambre, Ser Ser Humano.
O Espetáculo inclui um ator atípico, e também traz a diversidade com a participação de atores
convidados do Bando Cultural Favelados da Rocinha, dirigidos por Richard Castelo Branco, ator, diretor, dançarino de dança afro e criador do projeto Bando Cultural Favelados da Rocinha.
Contato:
Ariane Viegas – 21 98204 9337 - @arianeviegasoficial