Nosso projeto já foi lançado. Assista na íntegra:

Curta documentário evidencia a importância do acolhimento familiar de pessoas LGBTQIA+

Produzido em Rio Preto, filme apresenta depoimentos que mostram como mães desconstruíram os próprios medos e preconceitos para acolher filhos LGBTQIA+

Com o objetivo de celebrar a diversidade e destacar a importância do acolhimento familiar de pessoas LGBTQIA+, o curta documentário "Reconstrução do Amor, Desconstrução do Medo" será lançado em Rio Preto em junho, Mês da Diversidade. A produção é marcada por depoimentos que mostram como familiares superaram medos e limitações pessoais para acolher filhos que se identificam como parte da comunidade LGBTQIA+.

O curta-metragem explora desde a descoberta da sexualidade ou identidade de gênero dos filhos até o processo de desconstrução de preconceitos dos pais, culminando no apoio ativo dos familiares à causa LGBTQIA+.

Gabriel Vital, jornalista de Rio Preto e diretor do filme, destaca a importância de falar sobre esse acolhimento: “Espero que outros pais e mães que hoje estão vivendo esse processo de compreensão, de desconstrução, encontrem apoio nesses depoimentos e entendam que o mais importante é permitir que o amor supere o preconceito”.

A produção é co-assinada pela jornalista Júlia de Britto, responsável por conduzir parte das entrevistas do documentário.

O filme, que tem aproximadamente 40 minutos, foi produzido com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio do edital de primeira obra audiovisual da Secretaria Municipal de Cultura de Rio Preto, com apoio do Ministério da Cultura.

O evento de lançamento será no dia 24 de junho, na Casa de Cultura Dinorath do Valle, em sessão gratuita. Como as vagas são limitadas, é preciso fazer inscrição. 

Após a estreia, o curta documentário ficará disponível no YouTube e terá ainda exibições extras em diferentes locais da cidade. Datas, horários e endereços serão divulgados na página oficial do projeto no Instagram: @reconstrucaodoamor.doc.

Para garantir a acessibilidade para pessoas surdas, o filme recebeu interpretação na Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Depoimentos

Entre os depoimentos está o da atriz Giselle Tigre, lembrada por protagonizar um icônico beijo lésbico com Luciana Vendramini na novela “Amor e Revolução”, do SBT, em 2011, conta que sofreu na pele o preconceito ao interpretar a personagem e lembra como foi descobrir, anos mais tarde, que seu filho, Marcelo Tabris, é um homem trans. “Ele não escolheu ser, ele é. E ele tem meu total apoio”.

Jôse Ferracini, psicóloga e coordenadora do coletivo Mães pela Diversidade em Rio Preto, também participa do documentário. Mãe de Ariel, pessoa não-binária, ela lembra como foi seu processo de descoberta e acolhimento, revela o medo da violência, mas também sua determinação em ser uma aliada ativa da causa LGBTQIA+.

Já Nair Xavier, mãe da advogada Gabriela Carolina, relembra como teve de superar antigas convicções para acolher sua filha lésbica: “Ainda estou aprendendo, mas sinto que já desconstruí muita coisa”.

Miriam de Biasi, auditora fiscal aposentada, e seu marido, o médico Alberto Ramalho, compartilham a experiência de ter uma filha transexual: Alice. O casal também fala do trabalho no apoio a outros pais e mães por meio da ONG Mães pela Diversidade.

Serviço

Reconstrução do Amor, Desconstrução do Medo. Dia 24 de junho, às 19h30, na Casa de Cultura Dinorath do Valle, localizada na rua Roberto Símonsen, 120, ao lado do Teatro Municipal Humberto Sinibaldi Neto, em Rio Preto. Entrada gratuita. Classificação livre. Instagram: @reconstrucaodoamor.doc