Leitura dirigida do livro Mulheres que correm com os lobos, de Clarissa Pínkola

Quantas mulheres cabem numa só mulher? Quantas vozes ancestrais se calam dentro de nós enquanto tentamos falar uma língua que nos foi imposta? Essa língua da feminilidade que dociliza e domestica a nossa selvageria; os saberes sociais que castram os saberes intuitivos.

Numa sociedade caucasocisheteropatriarcal de cultura cristã, as mulheres são presas: há sempre um predador ou um carcereiro. A leitura desse livro de Clarissa é farol que nos guiará floresta adentro de nós mesmas.

Ao longo dos encontros, vamos afiando os dentes, amolando as garras, eriçando os pêlos, soltando o uivo, treinando o faro: é hora de dar as mãos à Mulher Selvagem que caminha com a gente mesmo quando não a vemos, de despertar a Loba que ouve e uiva dentro de nós.

Estamos atentas, juntas, em alcatéia. Correndo dos lobos e uivando com a lobas! Vem desbravar essa floresta da intuição!

Do que se trata o livro?

Os lobos foram pintados com um pincel negro nos contos de fada e até hoje assustam meninas indefesas. Mas nem sempre eles foram vistos como criaturas terríveis e violentas. Na Grécia antiga e em Roma, o animal era o consorte de Artemis, a caçadora, e carinhosamente amamentava os heróis. A analista junguiana Clarissa Pinkola Estés acredita que na nossa sociedade as mulheres vêm sendo tratadas de uma forma semelhante. Ao investigar o esmagamento da natureza instintiva feminina, Clarissa descobriu a chave da sensação de impotência da mulher moderna. Seu livro, Mulheres que correm com os lobos, ficou durante um ano na lista de mais vendidos nos Estados Unidos. Abordando 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, Estés mostra como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos, num processo que punia todas aquelas que se rebelavam. Segundo a analista, a exemplo das florestas virgens e dos animais silvestres, os instintos foram devastados e os ciclos naturais femininos transformados à força em ritmos artificiais para agradar aos outros. Mas sua energia vital, segundo ela, pode ser restaurada por escavações psíquico-arqueológicas' nas ruínas do mundo subterrâneo. Até o ponto em que, emergindo das grossas camadas de condicionamento cultural, apareça a corajosa loba que vive em cada mulher. Clássico dos estudos sobre o sagrado feminino e o feminismo, o livro é o primeiro de uma série de longsellers da Rocco a ganhar edição com novo projeto gráfico e capa dura.  

Como funcionaremos?

O livro Mulheres que correm com os lobos é composto por 15 capítulos, portanto, serão 15 vídeos explicando e elucidando cada capítulo, seguidos de 15 lives para discutirmos juntas as reflexões oriundas d cada capítulo.

O grupo acontecerá todo no instagram privado que criamos especialmente para esse projeto. Mediante inscrição, aceitaremos cada uma de vocês lá no instagram! Os vídeos ficarão salvos no IGTV e as lives acontecerão lá no perfil do grupo e também ficarão salvas sob o formato de IGTV. Assim você não perde nada, fica tudo salvo lá!

Programação:

O primeiro vídeo sai dia 28/05 e o último em 10/09, portanto são 16 semanas de conteúdo. Vai ser assim:

28.05 La loba

Capítulo 1: O uivo: a ressurreição da Mulher Selvagem

04/06 O Barba-azul

Capítulo 2: A tocaia ao intruso: o princípio da iniciação

11/06 Vasalisa

Capítulo 3: Farejando os fatos: o resgate da intuição como iniciação

18/06 Manawee

Capítulo 4: O parceiro: a união com o outro

25/06 A mulher-esqueleto

Capítulo 5: A caçada: quando o coração é um caçador solitário

02/07 O patinho feio

Capítulo 6: A procura da nossa turma: a sensação da integração como uma bênção

09/07 La mariposa

Capítulo 7: O corpo jubiloso: a carne selvagem

16/07 A mulher braba

Capítulo 8: A preservação do Self: a identificação de armadilhas, arapucas e iscas envenenadas

23/07 Pele de fica, pele da alma

Capítulo 9: A volta ao lar:o retorno ao próprio Self

30/07 La llorona

Capítulo 10: As águas claras: o sustento da vida criativa

06/08 As deusas sujas

Capítulo 11: O cio: a recuperação de uma sexualidade sagrada

13/08 O urso, as árvores, os descansos

Capítulo 12: A demarcação do território: os limites da raiva e do perdão

20/08 A mulher dos cabelos de ouro

Capítulo 13: Marcas de combate: a participação no clã das cicatrizes

27/08 A donzela sem mãos

Capítulo 14: La Selva Subterrânea:a iniciação na floresta subterrânea

03/09 Profundezas

Capítulo 15: Agir como sombra: canto hondo, o canto profundo

10/09: Live Bônus: por uma psicologia feminista