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Memórias de uma Manicure

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Memórias de uma Manicure

21 jan - 2023 • 19:00 > 21 jan - 2023 • 19:00

Evento encerrado

Memórias de uma Manicure

21 jan - 2023 • 19:00 > 21 jan - 2023 • 19:00

Evento encerrado

Descrição do evento

Espetáculo teatral “Memórias de uma Manicure”, uma dramédia sobre os temas sororidade e empreendedorismo feminino, em cartaz no Centro Cultural da Justiça Federal, na Cinelândia (Rio de Janeiro), de 19 de janeiro a 12 de fevereiro de 2023.


Com texto de Cecília Ripoll e direção de René Guerra, o espetáculo da Bonecas Quebradas Teatro se inspirou na história de “Zulmira, a manicure assassina” para criar uma trama de humor, suspense e crítica social. Tudo começou durante a pandemia, quando as atrizes Carla Soares e Luciana Mitkiewicz, idealizadoras do projeto, entrevistaram mais de 30 manicures de todas as regiões brasileiras. A partir dos discursos da maioria delas enaltecendo a meritocracia e o empreendedorismo, decidiram criar um espetáculo que levantasse questões sobre o desejo, a descoberta do poder pessoal e os limites da sororidade. 


A peça se baseia em uma história verídica, a de Zulmira, ocorrida em 1958. A manicure Zulmira, vítima de maus tratos e ameaças constantes, mata o ex-companheiro. A partir daí, a autora Cecília Ripoll criou a trama que acompanha duas manicures: Marlene e Carmem. Marlene trabalha em um salão, cujo dono, S. Pacheco, viaja de férias para Mangaratiba. Ela detesta trabalhar lá, mas não tem opção. Seu único desejo é ganhar o grande prêmio dos Esmaltes Unhazita para poder criar sua própria marca de esmaltes. Na ausência do patrão, chega uma nova manicure auxiliar, Carmem. Com o passar do tempo, elas se tornam amigas e confidentes. Marlene começa a beber e volta a sonhar. O patrão não volta e é dado como desaparecido. Um certo dia, conferindo o cupom dos Esmaltes Unhazita no jornal para saber se ganhou o prêmio, depara-se com uma foto idêntica a de Carmem em um anúncio de "Procura-se". O texto diz: “Procura-se Zulmira, a manicure assassina – só mata de unhas feitas". A recompensa é a mesma do prêmio. Ela terá, então, que decidir se entrega a colega ou não, escolhendo entre o sonhado empreendimento ou a nova vida que descobriu ser possível ao lado da amiga.


Utilizando-se do melodrama para fazer uma crítica social, como o cineasta Douglas Sirk fazia nos anos 50, o diretor René Guerra lança mão de imagens do Rio Antigo, propagandas da época, trilha sonora só de boleros e um gestual que se inspira nas mocinhas do melodrama, na comédia noir e nas femme fatales da época de ouro de Hollywood. Isso porque, antigamente, as manicures que frequentavam os salões de beleza do Centro e Zona Sul tinham que ter uma aparência um tanto similar a das clientes. Eram uma espécie de bibelô francês, já que o Rio buscava copiar Paris. Então, as manicures eram, por assim dizer, cópia da cópia.

Ficha técnica:

Texto: Cecília Ripoll

Direção: René Guerra

Elenco e idealização: Carla Soares e Luciana Mitkiewicz

Dramaturgismo: Gabriele Rosa

Cenário e figurinos: Rocio Moure

Iluminação: Ana Luzia de Simoni

Desenho de som e trilha audiovisual: Bernardo Gebara

Visagismo: Marcos Freire

Design gráfico: Flávio de Souza

Produção executiva: Wagner Uchoa

Assessoria de imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)

Realização: Bonecas Quebradas Produções Artísticas

Patrocínio: Eletrobras S.A. (projeto incentivado via Lei de Incentivo Federal)

Apoio Institucional: Centro Cultural Justiça Federal

Apoio cultural: Sinpro Rio


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Local

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Bonecas Quebradas Teatro

Há mais de 15 anos criando e desenvolvendo projetos originais em teatro feminista, a Bonecas Quebradas tem em seu portfólio, como principais trabalhos: O Chá (2007-2008), As Polacas - Flores do Lodo (2011-2013), Bonecas Quebradas (2014-2016) e Desmontando Bonecas Quebradas (2017-2019).

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